" só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido"
Para Ana Flávia, Gustavo é apenas um badboy estereotipado que irrita profundamente com seus comentários maliciosos e coberto de ironia.
E Gustavo sabe que a paciência de Ana Flávia é curta, e por isso...
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Eu caminhava pelos corredores da escola indo em direção a minha sala, sentindo meu coração bater forte no meu peito em ansiedade para ver Gustavo. Quando entrei na sala, fui direto para meu lugar e me sentei lá, esperando a aula começar.
Vi ele entrar pela porta e meu coração bateu cada vez mais forte. Ele olhou para mim e abriu um sorriso, fazendo meu rosto esquentar quando lembrei de nós no seu carro, dos seus dedos. Meu Deus, eu preciso esquecer disso se não eu vou pirar de nervosismo.
- Bom dia, morena. - disse se sentando ao meu lado.
Respirei fundo algumas vezes e fiquei feliz quando consegui me estabilizar, fazendo minhas bochechas pararem de pegar fogo.
- Bom dia. - disse sorrindo de volta.
O professor entrou na sala e começou a dar sua aula. Faltava pouco tempo para o intervalo chegar, e enquanto eu estava escrevendo as questões que o professor passava na lousa, senti uma mão na minha coxa. Era a mão de Gustavo.
O seu toque me fazia arrepiar e me lembrar das coisas boas que ele pode fazer.
- Bem que você podia ir lá em casa hoje. - escutei ele dizer próximo ao meu ouvido, fazendo minha pele se arrepiar com sua voz.
Olhei por cima dos cílios pra ele, me segurando para não soltar um suspiro e me jogar pra cima dele aqui mesmo, na sala.
- Não sei, seu pai e sua madrasta não gostam muito de mim. - eu disse.
- Eles não estão em casa, saíram para uma viagem de negócios. - ele disse apertando um pouco minha coxa, me fazendo não segurar o suspiro.
- Se eu conseguir enganar meus pais, eu vou. - eu disse e vi ele abrir um sorriso.
- Fala pra eles que vai dormir na casa de uma amiga. - disse e escutamos o sinal bater.
Gustavo retirou sua mão da minha coxa e se levantou, me fazendo sentir falta do seu toque. Me levantei também e fomos juntos para o intervalo. Nos separamos quando chegamos no pátio, pois eu fui me sentar com Rudi e Gabi, e Gustavo foi junto aos seus amigos do time de lacrosse.
- Meu deus, você e o Gustavo...? - disse Rudi quando me sentei na mesa e ele e Gabi estavam me encarando surpresos.
- Sim, eu e o Gustavo resolvemos nossos problemas. - eu disse abrindo um pequeno sorriso, vendo ele sentado com seus amigos.
Eu não tinha falado nada para Rudi e Gabi, e isso com certeza foi um choque para eles. Ainda está sendo para mim.
- Resolveram um com a língua na boca do outro. - Gabi disse rindo maliciosa e eu ri negando com a cabeça.
