The cure

Two

A morena não sabia o que a incomodava mais, as frestas de luz que entravam na barraca acertando bem nos seus olhos, ou a pequena comoção do lado de fora da barraca.

A menina olha para o lado percebendo que seu amigo não estava lá, a mais nova prende seu cabelo em um rabo de cavalo auto e decide sair da barraca. Ela sai da barraca e percebe o grupo de adultos em volta do rádio, curiosa, ela se aproxima pra entender oque estava acontecendo

—desligou.—diz o homem chamado Shane, Blair não ia com a cara dele, sentia o estômago revirar apenas de olhar para seu rosto.

Os adultos soltam um suspiro de decepção, Lori derrepente começa a discutir com Shane, ela queria colocar placas avisando que o acampamento não era seguro, Shane não queria deixar.

Ambos saem andando em direção as árvores, onde outras barracas estavam localizadas, o filho da Lori, Carl, que Blair lembrava de já ter escutado sua mãe o chamando assim, tenta ir atrás deles mas uma das meninas do acampamento segura ele. A garota olha para os lados e encontra quem ela estava procurando.

—Noah!—a garota se aproxima do loiro que saia do meio das árvores. —onde você se meteu?—a garota pergunta vendo o garoto com as roupas mais surradas que o normal

—eu acabei caindo, tentei subir em uma árvore pra pegar uma maçã— o garoto coça a nuca timidamente

Blair suspira e apenas balança a cabeça. —que tal irmos brincar? Podíamos ir no lago.— o garoto estava entediado

A garota olha aí seu redor, não tinham mais nada para fazer mesmo. As duas crianças caminham entre as árvores e chegando no lago eles veem a Carol, uma mulher de cabelos brancos e raspados, ela era simpática ao contrário do marido, que era um ogro com todos, principalmente com ela

Ao seu lado estava sua filha, Sophia, uma pequena garota de cabelos curtos e loiros.—que tal chamarmos ela pra brincar?—a morena da a ideia e o loiro apenas concorda

—Shophia?— a menina toma um pequeno susto ao ser chamada, estava concentrada demais brincando com seu ursinho.—quer brincar com a gente?

A loira olha para sua mãe como se pedisse permissão, sua mãe acena em concordância com a cabeça, a menina levanta timidamente e começa a seguir as duas crianças

Eles se sentam na ponta do lago, Noah da a ideia de fazerem casas de lama, as duas meninas trocam olhares não gostando da ideia de cara, mas depois concordam

Eles continuam com a brincadeira normalmente, até Noah sentir uma coisa molhada em seu rosto, Blair havia tacado lama nele, assim os três começam uma guerra de lama

Eles ficaram assim por horas até Carol ir chamar Sophia e ficar de boca aberta quando viu as três crianças completamente sujas de lama, ela mandou os três pegarem roupas novas e irem se lavar.

Noah já tinha terminado seu banho faz tempo, estava apenas esperando Blair para que fossem comer.

Blair on

Foi bom tomar um banho depois da guerra de lama, seria melhor ainda se fosse na minha casa...

—Não!—balanço minha cabeça para dispersar esses pensamentos, tenho que ser grata, tenho Noah, E meus irmãos comigo, vivos, é só disso que preciso

—Agora sim da pra ficar no mesmo ambiente que você! Estava sentindo seu fedor a km daqui!—Noah fala quando eu chego perto da árvore em que ele estava escorado, e eu calmamente levanto meu dedo do meio pra ele

—vou falar pro Daryl.— ele levanta as sobrancelhas com uma certa superioridade.—ele que me falou para fazer isso–falo e Noah pensa por um momento e concorda logo em seguida

Começamos a andar em direção ao acampamento, derrepente ouvimos um barulho ficar cada vez mais alto come se estivesse se aproximando, parecia ser o alarme de um carro

Eu e Noah nós olhamos e em seguida saímos correndo em direção ao acampamento. Quando chegamos lá todo o pessoal estava descendo de um caminhão

—encontramos um cara, ele é policial! Igual a você, Shane.—Morales fala abraçado com a mulher dele, Derrepente a expressão de Shane muda e ele fica pálido

Olho em direção ao polícial.—Pai!—derrepente Carl passa correndo por mim e abraça o homem, a Lori também vai em direção do homem, é uma cena bonita de se ver, uma família de reencontrando

Todos se reunem perto um do outro, me afasto e ando em direção ao caminhão, Merle deve estar lá dentro, no mínimo deve estar irritado por alguma coisa e decidiu ficar sozinho no caminhão

Passo pelo caminhão e vejo os bancos da frente vazios, vou para o final do caminhão e nada, não tem ninguém, Merle não estava lá, Sempre que Merle saia a primeira coisa que ele fazia era ir me ver

Corro para os adultos e entro no meio da rodinha que estava formada.—Cadê meu irmão? Onde o Merle tá?—pergunto ofegante, sinto minhas mãos tremerem.

O Policial que se chama Rick encara Morales e o T-dog.—Que droga! Falem logo onde meu irmão está!—Rick solta um suspiro cansado, ele se abaixa e fica da minha altura.—É Blair, né? Então, Blair.. seu irmão era um perigo para todos nós..

—o que você quer dizer? Vocês abandonaram meu irmão?— Sinto meu sangue ferver.—Foi necessário, eu o prendi no telhado, ele era perigo, machucou os outros!

Empurro as mãos de Rick do meu ombro.—você não podia fazer isso!— ele tenta se explicar.—Eu sei que está chateada, Blair! Mas ele não nos deu escolha!

—você é um monstro!—começo a distribuir tapas nele até ser pegada no colo e afastada dele.—você deveria ter morrido! Você que deveria ter ficado naquele telhado!

As lágrimas rolavam descontroladamente por minhas bochechas, agora sem forças não luto mais para me soltar, vejo que quem me pegou no colo foi o asiático.—ele podia ser um babaca mas ainda era meu irmão, ele era minha família!— falo chorando nos braços do asiático, o abraço fortemente e o mesmo retribui

Olho para trás e encaro o mais Velho.
—espero que aqueles zumbis te peguem! Não, melhor! Que o Daryl acabe com você!—falo, aquele homem havia deixado uma pessoa da minha família pra morrer

Saio do colo do asiático e corro para a barraca, assim que entro me escondo de baixo da coberta, logo minhas lágrimas começam a rolar novamente, minha respiração começa a ficar ofegante, levanto minha mão e vejo ela tremer estericamente

Sinto uma mão cobrir a minha, Noah. Ele me abraçou, e assim desabei no braço do loiro