O Espírito do Lago

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Em uma das viagens deles a equipe teve que parar próxima a uma vila em condição precária, o Rio era lameado e fedorento. A cidade a cima dele era triste, com pessoas doentes e desnutridas. A alguns kilometros uma fábrica que lançava o lodo para todos o rio.

Era tudo tão triste e desolador.

- A gente deveria tentar fazer alguma coisa. - diz Katara enquanto eles tentam achar algum lugar que venda comida.

- Tipo? Me desculpa Katara, mas a missão é mais importante. Se nós derrotamos Ozai automaticamente salvamos eles. - Sokka diz aquilo com uma confiança ridícula.

- Como você pode dizer isso? Eles precisam da gente! Aang?

O monge parece tão perdido e dividido, queria cuidar das pessoas, mas não podia atrasar a missão. Tinham que chegar a tempo na ilha.

- Desculpa, Katara, mas o Sokka está certo.

- Kaili?

Ela passa os braços no ombro de Katara.

Queria poder ajudar eles também, mas eram apenas cinco contra uma poluição absurda e uma fábrica que nem humana era.

- Vamos comer, ninguém pensa direito de estômago vazio.

- Eu queria poder fazer alguma coisa.

Provavelmente as pessoas daquela vila eram outras criaturas, pois aquele peixe era assustador e parecia ter sido modificado por algum louco.

Katara, Toph e Kaili se juntam para purificar a água do rio e a tornar própria para consumo. Cozinham e tudo parece bom para irem no dia seguinte, até Katara ir fazer carinho em Appa.

- Eu acho que ele está doente.

Aang e Kaili se aproximam e tentam sentir Appa.

- Ele me parece bem. - Aang diz confuso. O bisão abre a boca e a sua língua sai roxa, não era um bom sinal. - Pode curar ele?

Katara se concentra e volta a olhar para Aang.

- Eu não consigo, parece estar muito profundo.

Teriam que ficar mais um tempo na aldeia.

Sokka, ao concluir o inevitável, começou a retirar os poucos fios de cabelo que restavam na sua cabeça.

- Isso vai nos atrasar em quatro dias! Vou ter que mudar todo o nosso itinerário!

Kaili decidiu fingir dormir durante a noite, se tinha uma coisa que fez durante a vida inteira foi sobreviver e sabia identificar, nem que pouco, sinais de doença ou envenenamento. E o que Appa tinha era uma barriga muito feliz e cheia de frutinhas.

Ao escutar um movimentar no chão esperou um pouco e se levantou, assustando Katara que buscava alimentos na floresta.

- Você realmente achou que ia enganar a rainha da mentira?

Katara parecia em choque e tapou a boca de Kaili.

- Não conta pra ninguém, por favor? Eu só quero ajudar.

Kaili retira a mão de Katara de sua boca.

- Primeiro, não faça isso de novo, e segundo, só se eu puder ajudar. Ver a cara de taxo do Sokka é sempre bem vindo.

As duas juntam comida e vão de casa em casa na calada da noite, voltam de madrugada para o acampamento e fingem que nada aconteceu pela manhã.

Eles tem quem voltar para o vilarejo, comprar mais peixe para o almoço, porque pelo jeito Appa ainda estava doente. Kaili estava orgulhosa de Katara, ao mesmo tempo que achava que ela poderia estar esfaqueado o próprio pé, mas o que ela era se não uma boa espectadora?

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