Avatar - E A Lenda Do Eclipse

A Caçada

O trio já não aguentava mais, os pés já eram bolhas e os corpos estavam cheios de marcas do sol. Por sorte, em uma de suas aventuras, encontraram um mapa, velho e acabado, mas uma mapa que dizia que por perto teria uma vila. Lá poderiam descansar e ter uma boa noite de sono, diferente dos últimos dias, porém ao chegarem na vila perceberam que era um fantasma do que já fora.

As casas estavam queimadas e quebradas, já não havia uma única alma ali, além e parecia estar assim há um bom tempo.

- Nação do Fogo. - murmurou Zyan.

Kai conseguia ver as pessoas indo embora em pânico, pessoas perdendo suas famílias, crianças órfãs. Ela conhecia bem esse quadro.

Zuko desce do seu cavalo-ave e não esboça nenhuma expressão.

Se Kai era uma enganadora de marca maior Zuko não sabia olhar para o espelho.

- Isso é o melhor que vamos encontrar por agora. - Kai diz enquanto procura alguma construção em melhor condição.

Em uma das ruas encontram uma casa onde o teto está mais estável. Kai agradece por finalmente poder se sentar, ela não costuma usar sapatos, nunca gostou mesmo que  ideia fosse burra por poder acabar machucando seus pés, mas sentir a terra sob ela, poder se conectar com a natureza deixava-a mais conectada com o mundo ao seu redor, porém agora eles eram uma mistura de sujeira, cortes e queimaduras de tanto andar. Retirou alguns óleos que guardou e começou a colocar em seu pé, massageando.

- Tudo bem? - Zyan senta-se a sua frente, instrumento em mãos.

- Tudo. - está grata pela preocupação dele - Apenas cansada.

Zyan abre um pequeno sorriso malicioso.

- Quer que eu...

A porta da casa bate forte quando Zuko resolve dar uma volta, assustando os dois.

- Acho melhor eu terminar aqui e depois ver algo pra comer... mas obrigada. - sorri sincera.

A noite é calma, por algum motivo estranho, a lua está minguante e as estrelas brilham tanto.

A lua cresce sem medo
O sol nasce com a vela dos vales
Eu e você fomos feitos de gelo
Agora fugimos pelos mares

A voz de sua mãe ecoou pela sua mente, relembrando as noites em que os pesadelos a faziam ficar acordada e dorme com a voz fantasma dela.

O sol ainda está baixo. A melodia ainda ecoando em sua mente, queria se lembrar do resto mas sua mente a travava, porém ainda queria cantar. Pega o chapey de Zyan e resolve tentar.

Era uma harmonia calma e delicada, porém uma mistura de sensações, seus pais eram uma mistura e tanto. Seu pai amava escrever canções de amor para sua mãe, e ela amava cantá-las e Kai amava dançá-las, em volta de uma fogueira ou para um público era bom, era tão pura aquela sensação.

Quando volta é surpreendida por Zyan que a abraça, Zuko está em no canto afiando suas lâminas.

- Eu achei que algo tivesse acontecido com você.

De novo aquela sensação de vômito.

- Eu estou bem. - tentou olhar para Zyan como ele a via, mas nada surgia em seu peito além do vazio, então fingiu.

Uma linha azul é passa pela janela, assim como um baque é escutado. Os três se olham e resolvem ver o que é, mas Zuko é o que mais parece assustado.

Após atravessarem algumas ruas eles alcançam a luta.

É a princesa da Nação do Fogo, Azula, e o Avatar lutando. Ela ataca com fogo azul, quente e bizarramente frio. O Avatar contra-ataca com ar e água.