Zuko Sozinho

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Com o dinheiro que Iroh deu para eles foi fácil se manter por algumas semanas sem precisar parar, mas tudo naquela vida tinha algum fim, e o dinheiro foi o mais rápido. Precisaram parar em uma vila do Reino da Terra, era pequena e pacata.

Zyan parou e começou a afinar seu instrumento, enquanto Kai se alongava, as pessoas gostavam de show, então daria um para eles. As notas eram familiares, um poema antigo sobre a semente e a terra. Kai se recordava dos dias que passava de festival em festival decorando músicas e se divertindo, sua voz ecoava, e não foi diferente do que ela sentia, passou tanto tempo com os piratas que achou que teria se esquecido de como é sentir a pulsação da música em suas veias. Seus pés giravam e sua voz era como cristal, fácil de quebrar mas completamente cativante.

- Cinco moedas? Cinco moedas?! - ela está completamente furiosa - Estou suando e ganhamos cinco moedas?

Zyan parece não prestar atenção no problema, muito mais entretido no jeito que a pele morena dela parece brilhar no sol e constratar com seus olhos de ônix, além das duas tranças até o pé que usava, fazia-a parecer divina.

- Você estava maravilhosa.

Quando Kai nota ele perplexo seu interior esquenta, Zyan parece tão genuíno que é desarmador.

- Obrigada.

Os dois pegam o pouco que tem e vão até o mercado, a frente deles um garoto de chapéu e roupas pretas, o que Kai achou um absurdo porque estava muito quente.

Dois garotinhos estavam no canto da construção com sorrisos travessos e jogam um ovo em soldados do reino da terra, eles fogem rindo, mas os soldados se viram com fúria.

- Quem fez isso? - um deles pergunta com a arma na mão.

Antes que Kai ou Zyan possam responder o garoto a frente ultrapassa eles. Seu rosto é pálido, tirando uma grande cicatriz que pega um quarto do seu rosto, seus olhos são tom de ônix e ele olha para Kai com conhecimento em seus olhos, mas a ignora.

- Fez o que?

- O ovo! Só pode ter sido um de vocês.

Zuko olha para o par e então se vira sem expressão.

- Eu não vi ninguém com um ovo.

Zyan agarra a mão de Kai de forma protetora, colocando-a atrás dele. Kai apenas observa a tensão no ar.

- Ora, seu... - todos os soldados se levantam e se pegam nas armas, a maioria com foices ou martelos na mão.

Zuko puxa duas lâminas e aponta para eles, o gesto é assustador o bastante para fazer eles desistirem.

Então Zyan se coloca em frente da fila do mercado, pedindo comida, mas Kai não tira os olhos de Zuko, nem mesmo quando um garotinho vai até ele parabenizá-lo por se impor contra os soldados do mal. Zyan nota e com o saco de comida se vira furioso.

- Posso saber o que ele tem de especial?

- Eu acho que ele é o sobrinho do Mushi. - diz, o corpo já em direção ao caminho que ele fez com seu cavalo-ave.

- Você acha?

- Confia em mim. Eu já menti pra você?

Várias vezes, mais do que ela podia contar, mas não era como se ele fosse descobrir.

- Não.

Kai sorri com a consciência de que aquilo faria Zyan fazer o que ela quisesse.

Os dois seguem Zuko, o garotinho, que antes jogou o ovo nos soldados, agora levava-o até sua casa, uma pequena e singela casa com um curral cheio de porcos-galinha. Kai e Zyan se mantém longe dos olhos dos outros, atrás de um pequeno poço.

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