Slyred

- breasts or paint 2/2

Diane vecchi

A casa nova é grande, eu já esperava que ela fosse enorme, Madison não gosta de coisas simples. O que me impressiona é apenas as paredes serem todas brancas, chega a doer um pouco a vista a claridade da casa.

- Eu comprei tinta cinza e cortinas, vamos ter que instalar juntas, não quero arriscar trazer estranhos para casa - Madison pega a última caixa levando para dentro, eu estava usando um moletom que tampava meu rosto, eu não me preocupo mais em fugir, a única coisa que eu realmente quero é ficar com madison, e mais seguro com ela do que com meus "pais"

- Por mim tudo bem - Olho as caixas e começo a desempatar as coisas - Talvez seja melhor não correr o risco de alguém encontrar a gente mesmo - Mordo os lábios quando acho uma caixinha de antidepressivos, era de se esperar que a Saúde mental de madison não estivesse boa, os comprimidos estavam na metade e a dosagem não era tão baixa.

Continuo a mecher discretamente na caixa, que caixas de remédios de dor de cabeça, alguns de ansiedade, era praticamente uma farmácia, me assusto com mãos em minha cintura e um beijo em meu pescoço.

- Tá fazendo o que ? - A voz de madison ecoa em meu ouvido e ela pega a caixa de mim a abrindo, seu sorriso desaparece na hora - Não deveria estar mechendo nisso - Ela murmura e se levanta com a caixa na mão, madison sobe as escadas, acho que vai esconder os remédios.

Fico meio envergonhada por ter mechido nas coisas dela, eu sei o quão errado foi, resolvo subir até o quarto e vejo madison guardando os remédios em uma gaveta

- Foi mal, eu sou curiosa demais as vezes - Me aproximo de madison que dá uma risada leve para mim

- A culpa foi meio minha, eu deveria ter empacotado e colocado o nome - Madison continua guardando os remédios - Não é surpresa que eu tenha problemas, ninguém sequetra ou mata e não tem problemas psicológicos - Madison ri e se aproxima segurando meu rosto e beijando minha bochecha

- Ainda assim, prometo não ficar bisbilhotando as caixas - Sorrio e madison concorda com a cabeça - agora e melhor irmos pintar essa casa eu não tô aguentando a claridade

- A bonequinha não aguenta a claridade? Pra quem tinha um quarto todo rosa e impressionante escutar isso - Madison debocha e segura minha mão, fomos até a saida e descemos as escadas, madison abre os potes de tinta.

- Não foi bem uma escolha minha - Digo rindo e madison ri junto, ela pega as tintas e por incrível que pareça é um azul escuro - Não era cinza?

- Eu pensei em fazer uma arte por aqui, as outras paredes a gente deixa cinza, vai lá pintar as outras com o cinza - Madison me dá um pincel e pega outro começando a pintar a parede de azul escuro.

- Então tá, não sabia que você desenhava - Levo o outro balde de tinta cinza para o outro lado da porta

- Minha mãe era artista - Madison continua pintando - Assim que melissa morreu ela parou, melissa gostava de pintar também...papai dizia que era um dom que nós três compartilhamos - Ela revira os olhos - o único dom que ele tinha era o de sumir com a amante

- E muito interresante saber sobre - Eu paro quando madison fala sobre o pai - Você nunca me falou sobre ele, imagino que ele seja péssimo pelo visto

- Papai era um bom homem na vista das pessoas, só não foi um bom pai ou um bom marido - Madison continua pintando, ela fala sem demostrar tristeza - Eu acredito que tenha sido melhor ele ir embora, papai não nos agredia fisicamente, mas psicologicamente, sim.

- E sempre assim, todos veem apenas a beleza da família, mas ninguém consegue enchergar a situação que se passa por dentro daquela casa linda e enorme na qual vivemos - Dou um sorriso triste - Meu jardim era lindo, mas cheio de espinhos.