𝙇𝙊𝙑𝙀 𝙈𝙀 | Ser um meio sangue não era nada fácil, e após descobrir que é um, a vida de Percy jackson vira de cabeça para baixo.
Agora, tinha a missão de recuperar o que foi roubado e provar não ser o que pensavam que era. E ao ter seus caminhos...
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Percy Jackson
Juntei minhas mãos pegando um pouco de água lavando meu rosto com a água gelada, levantando meu olhar ao espelho a minha frente e olhando o meu reflexo.
Solto um suspiro um pouco cansado e saio do banheiro fechando a porta atrás de mim, caminho até a cozinha vendo minha mãe de costas espetando alguns marshmallows. Caminho até a mesma e toco seu ombro aparecendo no lado oposto. Minha mãe olha para mim com um sorriso.
— Achei os marshmallows bons, aqueles que não queimam fácil — minha mãe diz olhando pra mim com um sorriso enquanto continuava os espetando nos palitos.
Sempre fazíamos isso, assavamos os marshmallows a noite enquanto minha mãe contava algumas histórias, eu sempre os queimava.
— Acho que nunca foi culpa do marshmallow a minha falta de atenção — eu disse.
Minha mãe olhou para mim e se encostou esperando que eu dissesse algo. Ela me conhecia melhor do que ninguém, ela sabia que eu tinha algo pra contar.
— Mãe, eu tenho algo pra te contar — eu comecei.
Nos sentamos no sofá, minha mãe esperava em silêncio que eu começasse a falar.
— Eu sempre me senti estranho, e eu me acostumei com o mundo ao meu redor sendo estranho pra mim, como um quebra cabeça, só que com as peças erradas — disse enquanto esfregava minhas mãos.
Sempre foi assim, e isso me fez me acostumar com o mundo sendo estranho. Parecia um quebra cabeça com as pressas erradas, e eu sentia que era uma. Aquela peça estranha que não conseguia se encaixar.
— Eu tento prestar atenção, eu tento mesmo, mas eu sonho muito acordado — digo finalizando com um suspiro.
— Eu tento evitar, mas ultimamente não tá parecendo mais que eu tô sonhando acordado, tá parecendo cada vez mais real.. e hoje no museu — eu disse.
Cada vez tudo parecia mais real, não parecia que eu estava sonhando ou que fosse apenas minha imaginação. Parecia real e no fundo eu podia sentir que era, mais era impossível de ser. A única coisa que faria sentido a tudo aquilo era que tinha algo errado comigo, algo que agora podia estar tomando um rumo maior e grave.
— Você viu alguma coisa? — minha mãe perguntou olhando pra mim com um olhar curioso. — Alguma coisa que parecia real pra você mas que ninguém mais conseguia ver — minha mãe concluiu.
Eu acenei que sim com a cabeça, me dando um pouco de alívio ao saber que minha mãe estava entendendo mais do que eu esperava, e isso era o que eu mais precisava naquele momento.
— E o que ela disse pra você? — minha mãe perguntou.
No momento que eu ia responder, eu percebi algo.
— Ela? — eu perguntei franzindo o senso.
— Como sabia que era ela? — eu perguntei levando meu olhar a minha mãe que ficou em silêncio e suspirou.
