Sentimentos expostos

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Olá! Eu resolvi escrever porque me rendi as duas e ao procurar fanfics para ler achei poucas e me perguntei o que gostaria de ler então comecei a escrever. Não tenho outro capítulo pronto, mas tenho ele desenhado na minha cabeça, então se houver boa recepção continuarei, senão apago e finjo que nunca estive aqui.

Relevem os possíveis erros, não tive tempo de corrigir.

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Faziam 80 dias que estava confinada naquela casa. Apenas 20 dias a separava da realização de um desejo. Quer dizer, esperava que os 20 dias fossem de fato 20 dias. A verdade é que poderia estar a horas de dizer adeus para seu sucesso profissional, a felicidade e o futuro dos seus filhos.

Mas se fosse ser sincera consigo mesma, diria que não seria de todo mal sair agora. Não a entendam mal, ela realmente estava focada em seu objetivo maior, não foi em vão os 80 dias que passou naquele lugar, mas naquela altura da competição, não sabia dizer se mais 20 dias valeriam a pena, quando tudo que queria era poder abraçar e beijar seus filhos, poder tomar um banho em seu banheiro, deitar em sua cama e chorar sem se preocupar se pareceria fraca para mais de 40 milhões de pessoas.

Fernanda estava exausta e a dualidade de sentimos que sempre fizeram parte da sua vida, parecia que no momento a faria enlouquecer.

Estava na academia, local que tornara seu refugio. Sozinha, sentada em um dos sofás, se concentrava para não chorar, mas a tarefa parecia mais difícil do que nunca.

Havia vivido tanta coisa nesses 80 dias que parecia que estava em uma espécie de realidade paralela onde o tempo era contabilizado de outra forma, afinal havia acontecido tantas coisas, e mesmo assim parecia que os dias não tinham fim, que o centésimo dia nunca chegaria.

Tinha medo de esquecer como eram as vozes dos seus filhos, do cheiro e do aconchego de tê-los nos seus braços. Fazia tanto tempo que estava ali que parecia que cada dia mais, sua memória se apagava. E agora, estava correndo o risco de ir embora depois de todo esse tempo sem nada garantido. Era como se tivesse desperdiçado 80 dias em um desejo impossível.

Tinha esperanças de ficar, havia conseguido das outras vezes, mas agora era diferente. Estava em um paredão com o favorito da edição. Com a pessoa que parecia já ter o prêmio de 3 milhões depositados em sua conta. Que havia eliminado rivais e aliados. Então como poderia achar que ficaria? Ela era real demais para ser adorada e protegida. Sabia que não tinha a mínima chance.

Mas o maior problema daquele paredão não era Davi, o problema é quem os acompanhavam na situação: Pitel.

Desde domingo a noite, tudo que parecia fazer era questionar e martirizar seus sentimentos. Obviamente que ficará chateada de estar em risco, mas quando Davi falara o nome de Pitel como seu contragolpe, era como se tudo girasse mais devagar. Havia tentado protegê-la, fez o possível para tirar o foco das fadas de sua alagoana, mas não conseguiu, e agora estava naquela situação que tentou evitar desde a segunda semana do programa. Sempre soube que sofreria caso aquilo acontecesse, mas não imaginava que seria naquela proporção.

Pitel era seu equilíbrio naquele lugar. Desde a primeira conversa tinha a sensação que havia encontrado sua pessoa. Alguém que apesar de tão nova, nunca a encarou como mais uma. Era como se a cacheada a pudesse entender com um simples olhar, conforta-lá com um simples sorriso. E depois de seus filhos, nunca tivera isso com ninguém. Vivia a 80 dias apaixonada pela mulher e até dois dias antes acreditava que era no sentido de amizade, mas desde que se deitara com a amiga naquele dia, não sabia mais dizer se estava enlouquecendo ou finalmente enxergado a verdade.

No limiar do amor Where stories live. Discover now