CAPÍTULO 9: Inevitável

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Inevitável: aquilo que não pode ser impedido

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Inevitável: aquilo que não pode ser impedido.
Vida, sentimentos, drama, amor e morte, o inevitável é de fato inevitável, o "E se"... Não existe.
Os seres humanos são as verdadeiras personificações do ser e do sentir, o tempo inteiro atravessamos nossos próprios sentidos e limites, às vezes não percebemos, mas em algum momento da vida, seremos forçados a olhar o que está além do nosso alcance, só assim para não enlouquecer e por fim, aceitar o inevitável.

...

Quatro dias seguiram em cuidados extremos, Amelie estava em casa e não aguentava mais aquelas pessoas em cima dela. Desde o incidente, Rose Miller foi se hospedar em outro hotel, mas não abandonou a cidade, a mulher só sairia com o seu filho, parece que alguém não iria embora nem tão cedo.
As melhores enfermeiras da Lie, eram a Lily e o Tommy, que também fazia seu trabalho com um estetoscópio rosa e cheio de glitter, feito de papelão pela Sarah, a mais nova decretou que ninguém cuidaria da sua irmã mais velha se não tivesse os objetos adequados para isso, e ninguém iria contra os argumentos da garota de cabelos rebeldes.

...

O sol invadiu uma fresta que tinha nas cortinas na janela, os olhos do cantor ficaram semicerrados, a luz poderia o cegar, virou para o outro lado e viu a silhueta borrada do corpo de Amelie escorada na porta.

- Bom dia - sorriu sem mostrar os dentes para a cara de sono do rapaz.

- Bom dia... Você não devia estar na cama? - virou seu corpo afundando o rosto no travesseiro.

- E você deveria estar fora dela. Eu ainda estou viva, e não pretendo ficar deitada até que o cara lá de cima resolva me levar.

- Suas piadas são horríveis.

- Se eu não falar o que penso, minha imunidade baixa e eu morro mais cedo do que vou de fato - ela deu risada e saiu antes que ele jogasse a almofada que estava em suas mãos. - Estou te esperando! E toma um banho!

Em pouco tempo, tornaram-se espíritos ideais, de estranhos, para amigos e inimigos de vez em quando, o tempo sempre envia a cura a tempo, e Amelie era a dele.

- A água estava gelada - falou enquanto ainda se arrepiava. - Eu quero - apontou com os olhos pra mão dela, que segurava um bolo estranho.

- Lembra da primeira vez que comeu a sobremesa do Bruno?

- Claro, fiquei com ânsia só de olhar, mas tava bom, muito bom.
- Minha comida é tão feia assim?

- Desculpa filho... Mas ela é aparentemente péssima.

- Bom dia pra você também, mãe.

A conversa se estendeu por algumas horas, e depois do almoço, a dupla excêntrica se dirigiu a varanda da pousada, o festival de música estava batendo na porta e nenhuma melodia havia sido planejada.

- Eu escrevi só isso - Lie o entregou uma folha que estava surrada de tinta rosa, devem imaginar de quem foi a obra.

- Parece que escreveu para mim sem ao menos me conhecer - riu pela semelhança nas palavras escritas com uma caneta falha.

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