17. Daddy issues (p.1)

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Consegui sair da sala disfarçadamente quando eles chegaram para não ter que cumprimenta-la, eu jamais tocaria na mão daquela idiota que não sabia que Pedro estava predestinado a mim.

Como ela ousou entrar na minha casa? Ela nem foi convidada!

Me escondi durante a festa inteira, observava de longe eles me procurando e vomitei no banheiro quando o vi beijá-la. Me deu asco e nojo, ele enfiou a língua na boca dela na frente de todos mundo!

Subi para o meu quarto e vomitei no banheiro, pensei em me deitar e fingir que dormia, mas resolvi que hoje era o momento de mexer nas coisas da minha mãe. Coisa que eu nunca tinha feito.

Fui direto na gaveta de calcinhas e sutiã, ela tinha muitas lingeries de renda e elegantes, enquanto eu só usava coisas sem graça e aqueles top de criança para segurar os seios que eu mal tinha. Me dava vergonha, algumas garotas da escola tinha peitos grandes e bicos enormes formados.

Peguei um sutiã da minha mãe e corri para o meu quarto. Era um sutiã de bojo, eu consegui ajustar as alças para caber em mim. Tirei minha blusa e meu top sem graça e coloquei o sutiã preto e rosa, de renda, fiz igual as garotas da escola e puxei os seios pra cima, para ficarem visíveis na minha blusa mais apertada que eu tinha no guarda-roupa.

Por incrível que pareça, deu certo, fiquei peitos maiores por causa do bojo, estava sorrindo para o espelho do quarto quando ouvi as batidas na porta. A música tinha parado, então imaginei que a festa tinha acabado e que poderia ser meus pais.

Mas descartei essa possibilidade, eles não se importavam comigo o suficiente. Então abri a porta e dei de cara com Pedro, somente ele. Ele estava com alguns fios branco nascendo na barba e na cabeça, e estava mais musculoso também, ele gostava de gastar seu tempo livre na academia.

— Maria, você... — Pedro perdeu um pouco da voz quando viu meu decote, mas rapidamente subiu os olhos para os meus. — Ah, oi, você está aí!

— Estou. — Ergui uma sobrancelha. Ele parecia um pouco sem graça e hesitante, então eu o puxei pela mão pra dentro do meu quarto.

Quantas vezes Pedro já não tinha entrado aqui, mas hoje era diferente, havia uma tensão no ar, eu sentia e tinha certeza que ele também.

— Estou muito triste! — Sempre soube manipular meus pais para ter o que queria, já que eles não queriam me ouvir falando sem parar, e depois foi Pedro, ele gostava de fazer tudo por mim, como se eu fosse sua sobrinha. Assim ele tinha me dito uma vez, que seu irmão se recusava a lhe dar uma sobrinha e que ele queria muito uma.

— O que aconteceu? — Se mostrou preocupado, como o velho Pedro.

— Disse que ia me buscar na escola ontem pra gente ir pra sua casa e não foi! — Menti, mas ele nunca se lembrava das coisas que me prometia, pois eram muitas, e a maioria ele cumpria.

E eu amava passar um tempo em sua casa, era linda e tinha uma piscina maior do que a nossa. E ele tinha decorado um quarto só para mim, também tomávamos café juntos na mesa e ele sempre me levava para almoçar fora.

— Eu disse? Ah, eu sinto muito, realmente não me lembrava. — Como sempre, Pedro me abraçou pelos ombros e eu a sua cintura, colocando o rosto em seu peito. — Prometo te buscar na segunda-feira, se eu conseguir sair do trabalho cedo.

— O que ganho se você esquecer de novo?

— O que quiser.

Eu já disse que ele faz questão de me mimar?

— Mesmo?

— Quando é que não dou o que a dondoca quer?

— Então podemos ir no cinema?! Saiu um filme muito legal que eu queria ver.

Tempo de DesejoWhere stories live. Discover now