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Park Sunghoon sempre gostou das quartas-feiras.
Desde que ele se entende como ser humano e não como um extraterrestre de cabeça cinza e corpo extraterrestramente magro, que faz sons de quem chama um cachorro e acaba sendo morto por uma pistola de energia duvidosa que faz piu-piu-piu, ou então, com um bastão de madeira no meio da testa.
Sempre.
Não só porque é o dia da semana em que pode acordar um pouco mais tarde. Nem mesmo porque é quando sai da escola após o almoço — que ele não perde por absolutamente nada — e tem a tarde toda vaga para aproveitar alguns jogos antigos com Jay e Sunoo em sua casa até oito horas da noite, simbolicamente, como se não tivessem mais nada para fazer.
Ou, até mesmo, correr pelas calçadas do bairro como três crianças e roubar algumas frutas no terreno do vizinho que ameaça bater neles com um cabo de vassoura, e perto de uma pista de skate abandonada, reclamarem de como ainda não estão maduras ou de como não estão nem um pouco doces.
Ele apenas gosta.
Chega a comparar quartas-feiras com a cor laranja, uma tangerina, seis da tarde com um pôr-do-sol bonito e muita paz. Quarta-feira é um dia animado, ao mesmo tempo que sossegado, e não que os outros não sejam, mas é quando acontece as melhores coisas do mundo todo e se tornam histórias para contar na roda de amigos.
E também, fica no meio da semana.
Perto do sábado, ainda longe da próxima segunda.
Piririm-piririm-piririm, ninguém está ligando para o Park, é seu despertador que toca na cômoda ao lado de sua cama sem parar porque são oito horas da manhã. Suas aulas começam às nove.
Resmungando, ele estica o braço e tateia o móvel, agarrando o aparelho e apertando na tela com o polegar inúmeras vezes e cada segundo mais forte, ainda de olhos fechados. Sunghoon tenta fazer o som cessar, no entanto, ele sabe que quanto mais demorar a desligar e, eventualmente, abrir os olhos, mais perturbado ficará com isso. Sendo assim, ele se dá por vencido — e não que tenha muitas escolhas, em todas há uma derrota — abrindo os lumes e desligando o despertador.
Sunghoon suspira longamente, observando o teto branco ainda com as orbes embaçadas por alguns minutos antes de esticar os braços para cima e abrir as pernas, como se fosse uma estrela do mar e berrar o mais forte que consegue.
É a sua forma de dizer para o mundo que está acordado.
Logo em seguida, no andar debaixo, ele escuta o som da televisão aumentar gradativamente e sua mãe xingando sobre como as mulheres dos vídeos de pilates que ela acompanha não são nem um pouco esportivas e durinhas, pode até imaginar a mais velha negando com a cabeça e se empinando, como se pudesse mostrar suas curvas e físico bonito — palavras dela sempre que se gaba.
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Aulas de Francês | HeeJakeHoon
FanfictionPark Sunghoon estava certo dele mesmo quando resolveu que se dedicaria um pouco mais nas aulas de francês, suas notas estavam muito baixas e, certamente, reprovaria por causa dessa matéria. A faculdade na capital que esperasse mais um ano sua chegad...