- Capítulo 3 -

106 10 33
                                    

Pov Percy

Como não tinha cumprido o que tinha dito a Nico, no momento estou levando-o ao trabalho para depois voltar ao hospital.

- Ei, ainda dá tempo de voltar atrás. Eu posso ir ao trabalho a pé. – ele diz, tirando os olhos da janela e os pousando em mim

- Não, cara. Eu vou fazer o que eu falei que faria – digo atento na rua para não acontecer mais nada

- Você é muito teimoso, puta que pariu.

- Me fale algo que eu não sei.

Seguimos o resto do caminho em silêncio, somente com a rádio do carro e o batuque dos meus dedos ao ritmo da música no volante. Chegando no trabalho de Nico, estaciono o carro e desço junto com ele.

- Aonde você vai? – perguntou, me observando enquanto saio do carro.

- Comer alguma coisa. Estou com fome e quero aliviar minha tensão.

- Hm, ok. Eu pago. E nem tente negar, tá bom? Ou eu mato você.

- Tá bom, defunto.

- Caralho, não é só porque eu ignoro suas mensagens – ele para pôr um momento – digo, que eu não olho minhas mensagens, não quer dizer que eu esteja me fazendo de morto.

- Peraí! Você ignora as minhas mensagens?

- Eu? Quem falou isso? – diz se fazendo de desentendido

- Você falou!

- Então eu desfalo. Vamos entrar? – fala, com cara de inocente

- Cara, sua cara não é de alguém que é inocente. Então você forçando-a, só faz você ficar mais esquisito do que já é. – zombo

- Ei! Eu não sou esquisito! – diz com tom de indignação

- Nico, já conversamos sobre você parar com essas mentiras

- E nós já conversamos sobre o quanto você é idiota

- Epa, disso eu não lembro não.

- Exatamente, porque não aconteceu. Que nem essa conversa que você falou. E outra, eu não preciso conversar sobre o quão idiota você é. Isso já está na minha cabeça desde que eu te conheci. – e me puxou para dentro do estabelecimento.

- Na moral, podia ter hambúrguer azul.

- Não inventa, porra. Já está ótimo o "Mc" no início de todos os nomes.

- Pois é. Mas ainda acho que deveria ter um hambúrguer azul. – ele bufou e foi trabalhar, me deixando em frente a uma máquina para fazer o pedido.

Peço um McFlurry de Oreo só para ver se congela meu cérebro e eu esqueço por um tempo tudo o que aconteceu. Assim que anunciaram que meu pedido estava pronto, me levantei da mesa e o busquei.

Não funcionou exatamente como eu queria. A parte de esquecer o que tinha rolado, funcionou. Agora o jeito que isso ia acontecer, não. Foi mas para "Nossa, isso aqui está muito bom" e só me foquei no sorvete.

Cerca de 30 minutos se passaram e eu percebi que a operação de Annabeth já deveria ter acabado. Busquei Nico e me despedi dele, assim, voltando ao carro e indo em direção à cafeteria da minha mãe, para dar um oi e buscar os doces para dar como pedido de desculpas a loira. Eu sei que cupcakes azuis não vão resolver o que eu causei àquela garota. Porém, um belo pedido de desculpas e cupcakes azuis feitos pela minha mãe devem resolver pelo menos um terço do que eu fiz.

Chego na cafeteria da minha mãe e vou direto me encontrar com ela. Encontro-a na cozinha, com a caixa de cupcakes ao lado e terminando de fazer mais doces para exposição.

Street Of Love - PercabethOnde as histórias ganham vida. Descobre agora