3 homens e um assassino

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𝔞𝔩𝔶𝔰𝔰𝔬𝔫 𝔭𝔬𝔳'𝔰

Raven se amedrontou e foi pra sua casa, eu a apoiei e concordei, não a queria em risco, nem eu ficaria tão próxima de mim, eu queria o afastar disso também.

Depois de um banho de banheira tão sem humor sai do banheiro e vesti uma calça folgada e um moletom, sentei na cama e encolhi meu corpo abraçando meus joelhos e comecei a olhar pro nada fixo.

-O que foi? - Tom se senta ao meu lado passando o braço pelo meu pescoço.

Subo em cima do seu colo e o abraço, bem forte, lágrimas caíram dos meus olhos e meu coração estava acelerado.

-Eu estou com medo Tom, eu tô desesperada. - falo um pouco com a cabeça funda na curvatura do seu ombro. - Estão vindo, por que estão vindo? o que eu fiz pra alguém? - grito e barulhos chorosos altos ecoam.

-Eu não sei dizer pequena, você não sabe o quanto esta me doendo estar te segurando aqui e ouvir você chorar, eu prefiro estar levando uma dor no peito do que te ver passar por isso. Eu tô tentando, juro que estou, te proteger virou minha prioridade. - ele diz entrando com as mãos quentes pra dentro do moletom alisando minhas costas.

-Sei que não é hora de se remoer mais, eu tô apavorada. - minha respiração estava falhada, minhas bochechas encharcadas junto a blusa de Tom - eu fico com medo de tudo que eu tô fazendo, até quando eu estou no andar de cima e você no de baixo, até um barulho que eu mesma faço me estremece.

Meu corpo tremia enquanto eu estava abraçada ao homem que eu amava.

Eu assitia filmes de mulheres que eram perseguidas por sereal killers e como elas se davam bem sempre, por que elas tomavam coragem de enfrentar o inimigo ou o homem que estava com ela a salvava.

Sinceramente eu não sei, sentindo o corpo do calor de Tom ficamos em silêncio, minha respiração foi ficando mais normal e fui parando de soluçar aos poucos. Não tinha vontade de sair de cima de Tom, sentir o seu cheiro me dava sono e incendiava o meu corpo, eu precisava tê-lo.

Eu o odiava, odiava por ter me enforcado até eu desmaiar, por já me fazer sofrer, por já me xingar, por já quase me prostituir. Mas eu o apaguei.

Apaguei Killer da minha mente a tempos, aquilo ali era o passado de Tom cravado em um corpo vivo, o passado pode não ser algo não corporio e visível como uma fumaça e nem um inseto controlador de mentes, mas ele faz um corpo como marionete.

Killer era cego, cego pelas pessoas que o fizeram sofrer no passado, cego pelo ódio que estava como uma bala presa em sua cabeça e coração pra ele, era apenas um órgão que bombava o sangue para o corpo, a parte sobre corações ter sentimentos era piada para ele.

Como se ele fosse um robô, não sentia emoções, com os outros.

Tinha excessões, com três rapazes.

O irmão gêmeos de Tom, o que ele mataria e viveria, Tom me disse que se um dia Bill morrer ele pensaria muito em sua vida, disse que morrer é para os fracos, e os fortes, vivem com a dor eterna da perda. Mas para o Bill era diferente, ele preferia se tornar o fraco do que respirar e Bill não está respirando.

Disse que com uma forte dor, se fosse pra escolher entre nós dois, ele me mandaria embora. " Você é a Star, a mulher que brilha como estrela nos meus olhos sem vida, mas você não é minha alma gêmea, e sim o Bill.", nesse dia eu chorei e o abracei.

Gustav, o de cabelos claros era o motivo que Tom acreditava em raios de luz na escuridão, ver ele rondando em computadores fazia o próprio Killer sorrir e se orgulhar.

Georg fazia ele gargalhar, fazia todos nós. Quando ele levou um tiro numa missão, vi Tom ficar apreensivo e gritar com os médicos se ele não ficasse bem. Eu via que ele era o motivo que Killer acreditava em parceria, em confiança.

Eles faziam uma pedra se tornar um diamante, os admirava por isso.

Era a perfeita sincronia, faziam o lobo se tornar garoto.

o grupo era formado por, 3 homens e um assassino.

-Nada vai acontecer com você, ja te disse isso milhões de vezes, entenda de uma vez, não suporto mais repetir. - Ele arranhava minhas costas e acariciava elas.

Minhas lágrimas foram secando por conta própria, levantei minha cabeça pra encara -lo e ele já me olhava.

-O que foi? - perguntei baixo e com os olhos cansados de sono, ele não me respondeu, apenas me beijou.

Ele pediu passagem com a língua e eu cedi segurando seu pescoço, me ajeitei em seu colo.

No final do beijo nos deitamos, pus minha cabeça em seu peito e abracei seu tronco, as mãos de Tom ainda estavam na pele quente das minhas costas.

Adormeci em estantes, o choro da sono em todos.

I Need a Gangster Where stories live. Discover now