𝐱𝐱𝐯. ❝ 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒎𝒐𝒓𝒕𝒂𝒍

Start from the beginning
                                    

— Isso é bem legal na verdade. – disse, surpresa pela história ser realmente interessante

— Sua bisavó era o símbolo do chalé, aquela era sua cama, ninguém nunca mais dormiu lá depois dela. – a menina apontou para uma beliche vazia, algumas flores estavam sobre ela, desenhos em rosa cobriam ela inteira, uma adaga ficava ao lado das margaridas. — Se cansar de ficar sozinha no seu chalé, já tem um lugar pra onde vir. – Silena sorriu de forma simpática

— Obrigada. – fiz o mesmo de volta

Me senti tão tranquila depois de tanto tempo na missão, que cheguei a achar estranho, verificando se meu anel continuava na minha mão, ser enfeitiçada não seria algo legal.

Não sabia como isso funcionava, mas, se precisasse chutar, diria que tinha algumas outras amigas agora.

— Cuidado com esse corte, se não cicatrizar, a enfermaria dos filhos de Apollo é do lado do chalé de Ares. – outra garota me alertou, finalizando um curativo sobre a ferida

E então, me lembrei.

Minha vida continuava uma loucura, Clarisse me odiava tanto quanto sua irmã Talisa, Cronos estava retornando, meu pai continuava me ignorando e tentando matar todos outros, Poseidon continuava tentando me matar repetidas vezes e Percy...

— Obrigada, pessoal. – agradeci a ajuda, pegando novamente minha mochila, que estava posta ao meus pés. — Eu preciso ir, tenho que...

Antes que me levantasse, vi ele.

Diria que meu coração parou.

O garoto me observava a porta do chalé, não se atrevendo a entrar. Não fazia idéia do tempo que estava parado ali, mas parecia calmo quanto a me esperar por horas.

— Percy.

O menino sorriu ao notar que o vi, o mesmo sorriso bobo que havia recebido outras vezes, os dentes brancos casualmente aparecendo.

Logo que ele acenou, os cachos loiros cobriram seus olhos por um breve segundo antes que ele os arrumasse, deixando em destaque seus olhos azuis, cada vez mais claros.

— É meio injusto você aparecer aqui e eu do lado dos estábulos. – o garoto reclamou, de forma engraçada

Ele tinha um resquício de terra na bochecha, dei uma leve risada ao notar, o formato dos cachos meio bagunçados e amassados indicava o que ele havia dito.

— A vida é injusta, Peixinho Dourado. – fui na direção dele, saindo do chalé com as minhas coisas

— Pode crer, Estressadinha. – ele deu um sorriso torto, suas bochechas de perto denunciando as sardinhas do loiro

Cheguei a seu lado, começando uma caminhada sem muito rumo, mas direcionada até onde Annabeth estava, que o garoto parecia saber onde.

— Algo me diz que você escutou a conversa toda calado, não foi? – disse, quase certa da resposta

— Não é querendo falar nada, mas o meu chalé é bem mais legal. – não contive uma risada com sua bobeira

— Não importa, o meu com toda certeza é melhor. – impliquei de volta, o menino revirando os olhos em provocação

— Achei que era zoeira com a minha cara aquela coisa de falar grego, mas eu escutei algumas coisa quando você tava conversando com... ela. – ele evitou dizer o nome da minha tataravó, como costumamos fazer com o Sr.D

— Eu tenho habilidades de sobra, grego é só uma delas. Inclusive, nομίζω προ-προγιαγιά μου έχει δίκιο για σένα, ίσως είμαστε φίλοι. – admiti a ele, sabendo que o garoto não entenderia nada

𝗛𝗘𝗔𝗩𝗘𝗡 𝗔𝗡𝗗 𝗦𝗘𝗔, percy jacksonWhere stories live. Discover now