cap 2

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Anastacia Bloom🥀

Depois de um dia inteiro de aulas entediantes, me encontro em um parada de ônibus que facilmente seria a cena de um crime. Meus pais preferem que eu estude em uma escola integral para não ter que lidar comigo.

Apenas eu e um gatinho preto na parada, todos os outros alunos já pegaram seus respectivos ônibus, acredito que o meu não passe mais, todos os dias às 18:10 eu pego e já são 19:30 eu deveria sair dessa parada e ir procurar um táxi ou um telefone para ligar.

Carros e mais carros passando, alguns idiotas assobiando ou dizendo coisas obscenas, o medo já toma conta de mim.

Nesse horário a maioria dos estabelecimentos estão fechados, a minha única opção era uma casa noturna um pouco mais a frente da parada, a música se ouvia de longe, era isso ou ser sequestrada ou sabe lá Deus estando sozinha nesse local.

Caminho um pouco e logo chego naquele ambiente o cheiro de substâncias pairava aquele lugar, uma fila enorme para entrar naquele antro. Homens tatuados, mulheres seminuas, MEU DEUS!!!

me aproximo de um segurança robusto, o mesmo me olha com um olhar malicioso.
—o que uma novinha como você? Faz em um lugar como esse linda?—

—Eu preciso fazer uma ligação para meus pais— falo firme tentando não mostrar o medo que estou tendo agora.

—entre, acredito que no balcão onde fica as bebidas tenha um telefone, fale com a garçonete.—

Ele abre a porta inserindo sua digital, entro naquele lugar, casais praticamente fazendo sexo sem se importar, mulheres dançando em um palco no meio da boate, as luzes roxas, vermelhas e azuis alcançavam meu campo de visão.

Caminho até o balcão da boate, alguns caras sentados, um homem todo de preto me chama atenção com uma tatuagem em seu pescoço que diz "trust no one" vou até o mesmo na esperança de conseguir um telefone para ligar pro meus pais.

—Oi Desculpa incomodar, você pode me arrumar um telefone para fazer uma ligação?— falo próxima ao homem.

O mesmo se vira para mim nossos olhos se encontram e posso dizer, que homem atraente!! Ele analisa todo meu corpo como se pudesse ver por baixo do uniforme escolar. Estou queimando de vergonha.

—E por que eu faria isso? —

Sinto seu tom rude.

—talvez porque eu seja menor de idade e esteja nessa boate, na qual eu só entrei para conseguir fazer uma ligação para meus pais?— digo firme tentando não aparentar o medo que estou.

—não deveria ter entrado aqui baby—

O homem a minha frente segura em meus braços e sai me puxando com força, eu grito mas é em vão.

—se continuar com esses gritos sem motivos, eu vou fazer você ter um! —Esbraveja.

E nesse momento meu coração pulsava mais que o normal, nunca cheguei a pensar em como seria minha primeira vez, mas com certeza não imaginaria que seria em uma boate sendo abusada. Maldita hora que sai daquela parada, enquanto ele me puxava para o que eu suponho uma sala fechada ou quarto, tento me soltar dele, por um segundo avisto um jarro de vidro e jogo no mesmo fazendo com que cai, não desmaiado mas consegui fazer com que me soltasse, não tinha tempo para pensar apenas corri e corri, desci as escadas da boate em passos firmes e cheguei até a porta, o mesmo segurança robusto facilitou minha saída, apenas perguntou se consegui fazer a tal ligação, confirmei e continuei correndo, eu tinha que me esconder vai que esse doido volta atrás de mim, assim que já ia chegando perto da parada vi um ônibus chegando, esse não passaria perto da minha casa mas eu teria que caminhar só 3 quarteirões para chegar, era isso ou amanhã virar notícia em jornal.



Continua...

𝔱𝔯𝔲𝔰𝔱 𝔫𝔬 𝔬𝔫𝔢Where stories live. Discover now