- Você o quê, Alberto Hinoto? - Aninha pergunta incrédula. - Você disse que já tinha feito sua mala, o que ficou fazendo enquanto eu tomava banho?
- Eu aprendi uma manobra nova no ioiô, quer ver? - ele pergunta animado e a namorada revira os olhos e o puxa pela orelha. - Ai, ai, ai, calma ai.
- Boa noite, gente. - ela fala e arrasta ele até as escadas.
- Também vamos dormir. - Júlio fala e Simone assente. - Até amanhã, pessoal.
- Boa noite, galera. - Simone sorri e sobe com o namorado.
- Clau, me perdoa. - Diana fala ao ver a amiga acariciando o pulso. - Eu me assustei e... Eu não queria te machucar, me desculpa.
- Está tudo bem, Di. - ela força um sorriso para amiga ao ver os olhos da mesma marejados. - Eu não deveria ter me aproximado daquele jeito.
Dinho, Samuel e Sérgio trocam olhares, mas permanecem em silêncio.
- Trouxemos os lanches de vocês. - Valéria fala estendendo a sacolinha branca para a cunhada.
- Obrigada. - Diana dá um beijo na bochecha da mesma.
- Vou subir para tomar um banho e ir terminar de arrumar minha mala, boa noite para vocês e até amanhã. - Valéria manda um beijo no ar para os amigos e segue até as escadas, subindo as mesmas.
Diana segue para a cozinha e os quatro restantes seguem até ela, ela suspira frustrada ao os ver. Ela poderia enganar qualquer um, menos eles, Sérgio, Cláudia, Dinho e Samuel a conheciam como a palma de suas mãos.
- O que aconteceu? - Samuel pergunta e ela tira os lanches da sacolinha e os coloca para esquentar.
- Eu tive um pesadelo. - ela fala abrindo o armário e pegando um prato. - Não quis assustar vocês, me desculpem.
- Não precisa pedir desculpa. - Dinho se aproxima da irmã e a abraça. - Mas você está bem?
- Estou. - ela força um sorriso e o microondas apita. - Foi só um pesadelo.
- Certo, vou descansar. - ele beija a testa de Diana. - Qualquer coisa me chama. - ele fala, mas não para ela e sim para Samuel que apenas responde com um aceno de cabeça. - Boa noite, cabeçudos.
- Vamos subir também. - Cláudia avisa e a amiga assente, ela e Sérgio trocam olhares com Samuel e Diana fica confusa.
- O que está acontecendo? - ela pergunta assim que o cunhado e a amiga saem da cozinha.
- Como assim? - Samuel pergunta confuso.
Seus amigos sempre foram muito protetores com ela pelo fato da mesma ser a mais nova do grupo, mas essa preocupação nos últimos dois dias estava ultrapassando o limite da normalidade, os olhares que eles trocavam a cada ato e gesto que Diana fazia, deixava a mesma confusa e ela sentia um nervoso no peito por não entender o motivo.
- Nada. - ela responde e engole em seco, a mesma abre o microondas e tira os lanches, os colocando no prato que havia pegado. Ela se senta a beira da mesa e Samuel abre a geladeira, pega um refrigerante, dois copos e se senta ao seu lado. - Amor, se estivesse acontecendo algo você me diria, não é?
A pergunta de Diana pegou Samuel de surpresa e ele sentiu um aperto no coração ao mentir para ela.
- Claro que sim. - ele força um sorriso e ela assente. - Com o que sonhou?
- Eu não sei explicar, foram uns flashes meio doidos. - ela fala abrindo o refrigerante e servindo os dois copos. - Eu via uma mão atingindo meu rosto, mas eu não conseguia ver a pessoa, só um anel estranho.
- Anel?
- É, um anel prata de tigre. - ela dá uma mordida em seu hot dog. - Acho que mordi o lugar do corte enquanto dormia e tive esse sonho estranho.
Samuel segura o rosto dela com delicadeza e limpa o canto de sua boca, ele desliza seu dedo pelo corte recém cicatrizado. O mesmo se inclina e sela seus lábios com os dela de forma lenta e precisa, ao se separarem, olha em seus olhos e ela sorri.
- Eu te amo, Diana. - ele fala de forma séria e ela assente.
- Eu sei. - ela acaricia o rosto dele. - Eu também te amo.
Ele assente e pega seu lanche, assim que ele desvia o olhar o sorriso de Diana se desfaz e a mesma sensação de confusão preenche seu coração.
O que aconteceu?
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Ontem de madrugada tivemos a confirmação do falecimento de Nena Reoli, mãe dos nossos meninos. Aos que ficam ela deixa saudade, porque a partida é sempre triste para quem fica e não pode ir junto, mas seria injusto não querermos que um dia ela fosse encontrar seus meninos, até porque eles também deveriam estar morrendo de saudades.
Não tive oportunidade de a conhecer, mas sei que ela era um ser humano extremamente iluminado! Como? Simples, dona Nena e seu marido criaram três filhos incríveis, exemplos de seres humanos e nós só damos e ensinamos aos próximos o que temos no coração e dona Nena tinha um coração muito lindo.
A família eu desejo que Deus os abençoe e conforte seus corações, aos fãs também desejo forças, pois perdemos mais um pedacinho dos nossos meninos.
Apesar da tristeza que fica aqui desse lado, saibam que ela finalmente foi matar a saudade de seus meninos e tenho certeza que eles a recepcionaram muito bem.
Descanse em paz, tia Nena.
Sentiremos a sua falta.
Capítulo escrito: 25.02.2024
Capítulo postado: 25.02.2024
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Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)
Teen FictionO que fazer quando se é apaixonada por um dos melhores amigos de infância? Diana Alves nunca imaginou que viveria aquela cena, perdida e lutando contra as próprias inseguranças e medos, ela se sentia incapaz ao pensar em conquistar o rapaz. Mas o d...