Em seus braços - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)

*34*

*Samuel

Júlio finalmente havia chegado e aí a festa começou de verdade, o som já estava no máximo e o pessoal dançando e pulando de forma animada.

- Obrigada. - Paula se joga nos braços do irmão ainda com o pacote do vestido em mãos. - Como você sabia que eu queria esse?

- Você me falou umas quinze vezes. - ele responde a abraçando. - E elas me ajudaram. - ele aponta para Júlio e Diana.

- Obrigada, meninas. - ela sorri animada. - Eu já vou usar ele agora. - ela segue para o quarto com duas amigas.

- Como pode ela crescer tão rápido? - Júlio suspira frustrado e Dinho da um tapinha nas costas.

- Relaxa, deixa pra se lamentar quando ela arrumar um namorado com um nariz de vinte e cinco centímetros e não te dar mais bola. - ele fala e Diana revira os olhos.

- Não faz nem vinte e quatro horas que eles assumiram o romance e o Dinho já está se lamentando, pelo amor de Deus. - Cláudia fala dando risada.

- Então vocês dois são namorados? - Aninha pergunta olhando para Diana.

Diana me olha confusa e eu sorrio para a mesma e seguro sua mão.

- Estamos juntos. - respondo e ela assente.

- Presente para os "adultos" da festa. - Paula se aproxima, dessa vez já com o vestido novo. - Toma. - ela estende uma garrafa de tequila para Júlio. - Alguém teve a brilhante ideia de me dar de aniversário, mas eu não bebo.

- Menina responsável, coisa linda de se ver. - Dinho pega a garrafa da mão do Júlio. - Continue assim viu? Coisa linda do tio. - ele abre a garrafa e coloca um pouco da tequila no copo com refrigerante, Paula da risada e se afasta.

- Eu também quero. - Diana estende o copo e o irmão a encara com a sobrancelha arqueada.

- Você não tinha dito que nunca mais iria beber? - ele questiona e ela dá de ombros.

- Você também disse e tá aí com o copo cheio. - ela responde e ele assente.

- Ponto para você.

...

Já eram quase nove horas da noite e a música ainda continuava rolando, no final das contas nós nem tocamos nada.

Bento e Aninha dançavam juntos e eu não consigo evitar uma risada quando começa a tocar Pintura Íntima.

- Essa música está nos perseguindo. - Diana fala rindo e eu assinto e puxo a mesma para o centro da sala, onde estavam dançando.

- Dessa vez não vamos acabar no sofá, não é? - pergunto e ela dá risada.

- Infelizmente não. - ela fala me abraçando.

- FAZER AMOR DE MADRUGADA. - Dinho e Júlio cantavam animados e abraçados. - AMOR COM JEITO DE VIRADA.

- O que é amor com jeito de virada? - Diana pergunta e Cláudia que estava dançando com Sérgio ao nosso lado se vira e encara a mesma.

- É quando estamos deitados de lado e... - ela para de falar quando Sérgio tampa a sua boca e eu dou risada. - Não deixa eu falar nada também. - ela resmunga quando meu irmão a solta.

- Eu não sei quem é pior, se é a Diana com a ingenuidade dela ou se é você que é detalhista demais. - ele fala e ela sorri. - Deixa que a menina descobre isso depois. - ele fala me encarando e eu reviro os olhos.