27 - Aquele quando eles saem para beber.

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Seren olha para mim e eu vejo o cansaço em suas expressões. Ela também está pensativa e eu espero que ela seja a primeira a iniciar uma conversa.

— Sua mãe quer me escolher. — fala sem a animação que eu esperei que ela tivesse com uma notícia dessas.

— E isso não é bom?

— Ela está me oferecendo mais do que eu esperava, na verdade. — suspira. — Disse que eu poderia me tornar uma artista efetiva do museu, que posso lançar minhas próximas coleções lá.

— E qual é a parte ruim disso? Achei que esse museu fosse o hall da fama pra você.

— Eu teria que morar em Nova York.

— E o que... — paro quando começo a entender. — Claro. — bufo aborrecido. — Ela quer que eu volte para Nova York e acha que você é a única coisa que me prende em Houston.

— Eu estava tão feliz até ela dizer "Vinnie e você podem morar comigo até acharem um apartamento". — desvia o olhar, mas consigo vê-los marejarem. — Não quero conseguir as coisas por outra razão que não seja unicamente o meu trabalho. Estou sendo idiota por pensar assim?

— Claro que não. — chego um pouco para o lado na rede e faço sinal para que ela sente comigo.

— Eu falei com a Nailea, ela acha que eu deveria agarrar todas as oportunidades, independente de onde elas venham. — se acomoda ao meu lado, seu corpo colado ao meu.

— Se você aceitar e chegar a ter uma grande exposição exclusiva no museu, vai sentir que é mérito seu?

Ela balança a cabeça negativamente e seus olhos brilham ainda mais quando mais lágrimas ameaçam se derramar. Uma delas escapa, rolando por seu rosto silenciosa. Não resisto e ergo o meu polegar para capturar a lágrima, passando meu dedo por sua pele enquanto observo os seus olhos que parecem pedir por amparo.

— Não faça nada que vai te fazer sentir menos merecedora do que você é. É claro que você merece chegar o mais longe possível com a sua arte, mas não precisa ter pressa e entrar em acordos duvidosos. Não é fácil conquistar as coisas de forma totalmente honesta nesse mundo, mas só você sabe o que faz quando deita a sua cabeça no travesseiro à noite e carrega o peso das suas próprias ações.

Seren não diz nada, mas me pega de surpresa ao passar seus braços por minha cintura e me abraçar, encostando a cabeça em meu peito. A envolvo com os meus braços e apoio meu queixo no topo de sua cabeça. Ela me aperta com bastante força, o que é incrível para alguém pequena que não faz nenhum exercício físico. Espero até que seja o bastante e ela se afaste de novo. Agora ela está sorrindo, e esse sorriso faz coisas comigo.

— Abraço de urso, uh? — arqueio a sobrancelha.

— O mais apertado. — diz com orgulho.

— E onde está a mamãe monstro? — pergunto com bom humor, arrancando uma risadinha dela.

— Ela queria fazer compras no shopping e eu disse que estava cansada demais pra isso. Fiz mal? Ela nunca veio à cidade.

— Infelizmente, ela sabe pedir um Uber e vai voltar.

— Você é cruel. — ri de novo, me empurrando de leve com o ombro.

— Que tal sairmos hoje à noite? — sugiro, mas decido reformular quando ela me olha surpresa. — Com os seus irmãos e a Avani. Vamos sair para beber, desestressar um pouco.

— Ah! — desvia o olhar.

Ela achou que eu a estava chamando para um encontro? E está desapontada por que eu corrigi? Interessante.

Room Haters ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα