Capítulo 16

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Assim que percebi que os passos e os gritos de Fernando estavam cada vez mais longe de mim,tentei sair o mais rápido possível daquele lugar.

Mas não consegui nem me
mexer  direito por conta do tiro que havia acertado a minha perna.

Mai- Droga,como é que eu vou sair daqui com esse tiro na perna? O que eu vou fazer?

Lembrei que eu ainda estava com a minha bolsa, aquele cara é tão burro que nem pra tirar a minha bolsa de mim ele serve.

Comecei a abrir a bolsa e vasculha tudo o que estava nela e encontrei o meu cachecol,comecei a enrolar ele na parte aonde o tiro atingiu e a estancar o sangue que estava saindo.

Fernando realmente quer destruir a minha vida, ele não aceita de forma alguma que eu não quero ele,não quero passar a minha vida com ele e que eu não amo ele. Ele é extremamente possessivo e ciumento.

Ele já fez de tudo,além de me bater,de me abusar,me obrigar ah ter relações com ele e agora,de me dar um tiro. Quando isso vai parar? Quando eu finalmente vou poder ser feliz?

Amarei o cachecol na minha perna e levantei,comecei a andar floresta a dentro,fazendo o mínimo de barulho possível.

Andei por horas dentro daquela floresta, já estava no fim da tarde até que eu comecei a escutar um barulho de água. Comecei a seguir o barulho,pois a minha sede e minha fome eram grandes.

Segui o barulho da queda d'água até encontrar um riacho e nele estava um casal de idosos fazendo sua pescaria. Tentei chegar o mais perto possível deles para poder pedir ajuda.

Mai- Boa tarde,será que vocês poderiam me ajudar?- falei em quase um sussurro porém eles escutaram perfeitamente e vieram na minha direção.

Snhr- Boa tarde menina. Como podemos te ajudar?

Mai- Eu...eu estou com fome e com muita sede, será que podem me dar um pouco de água e comida?

Snhra- Claro que sim, venha me acompanhe até em casa.

Segui a senhorinha até a sua humilde casa. A casa era no meio da floresta,não tão longe do riacho,ela me deu  roupas e mantas  bem quentes para eu poder me agasalha.

Mai- Muito obrigada,muito obrigada mesmo. Aí!- gemi de dor

Snhra- O que aconteceu minha filha?

Mai- Nada,só estou com uma machucado na minha perna,nada de mais.

A moça desconfiada foi conferir,ela se abaixou e olhou a minha perna,estava com um  buraco por conta da bala que atingiu.

Snhra- O que aconteceu pra sua perna ficar assim?- Ela perguntou completamente preocupada,contei toda a minha história pra ela e me apresentei pois ainda não havia dito o meu nome. 

Snhra- Meu Deus! Você veio parar aqui dessa forma, sequestrada?

Mai- Sim.

Snhra-  Esse machucado está doendo,não é?- concordei com a cabeça- vou buscar algumas coisas lá dentro para poder fazer um curativo nisso aí.

Em quanto isso,na casa da Maiara

Mara- Que estranho,a Maiara nao voltou até agora da biblioteca.- Olhei para o relógio e vi que já eram quase sete da noite.- Ja chega,eu vou na biblioteca.

Mocó- Eu vou com você amor,essa hora a cidade fica um pouco perigosa- concordei com a cabeça, peguei a minha bolsa e fomos até a biblioteca que a Maiara ama ir.

Quando cheguei lá fui direto no balcão falar com a Fátima, a senhora que fica na recepção da biblioteca.

Mara- Boa noite dona Fátima.

Fat- Boa noite Maraisa,o que deseja?

Mara- Então dona Fátima,a Maiara falou que iria vir aqui na biblioteca ler uns livros e até agora não voltou para casa.

Fat- Já tem algumas horas que ela passou por aqui. Pensei que ela tinha ido para casa- dona Fátima falou isso em um tom preocupado.

Mara- Não,ela não foi para casa.

Comecei a me tremer de nervoso,aonde a minha irmã poderia está? Será que ela que está bem? Será que ela comeu? O que pode ter acontecido com a minha irmã?

Não restava mais dúvidas,Maiara havia desaparecido e o primeiro suspeita de ter possivelmente sequestrado a minha irmã,era o Fernando.

Na Floresta

Snhra- Prontinho Maiara,o curativo está pronto.

Mai- Muito obrigada,dona...

Luc- Lúcia,meu nome é Lúcia.

Mai- Muito obrigada dona Lúcia pela ajuda. Se não for pedir muito,será que eu poderia passar só essa noite aqui? Até eu conseguir ir embora?

Luc- Fique o quanto precisa,e por mim você ficaria até esse machucado melhorar. Amanhã irei te levar para o hospital mais próximo daqui,não é perto da cidade porém todos do vilarejo vão lá.

Comecei a agradecer Lúcia por ter me ajudado,a mesma me levou até um quarto aonde passarei a noite.

Na hora de deitar,coloquei a minha cabeça no travesseiro e lembrei de tudo o que aconteceu hoje. Graças a Deus consegui fugir daquele galpão antes que algo pior pudesse acontecer,como ao invés de levar um tiro na perna levar na cabeça e nem sobreviver,mas estou bem e é isso que importa.

Fiquei com esses pensamentos até eu cair no sono.
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Oiii,trouxe esse capítulo pra vcs!! Espero que tenham gostado. E aí? O que acham que vai acontecer no próximo capítulo? Deixem ideias aí nos comentários,bjsss 😘

( Estou pensando em fazer um dark romance da Maiara e do Matheus ou da Maraisa e do Fernando,o que acham? Comentem aí !)


O amor quase  proibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora