Yes Sir - Yeongyu

Capítulo 9: Olhos azuis como o oceano

Notas da Chelly
Olá 👋 como vocês estão? 🤗
Voltei com mais um capítulo dessa shortfic pra alegrar essa sexta-feira pós-carnaval, coloquei umas músicas pra ajudar a criar um clima 👀

Sem mais delongas, boa leitura! 💕✨

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Boatos sobre o fim dos tempos existem desde que o mundo é mundo, no entanto, eram em noites como aquela; onde o lobo uivava e o barulho do trovão ecoava em sincronia ao clarão do relâmpago que propagavam a teoria... Certo, certo..., confesso que devo trabalhar com fatos nos meus textos, por isso, digo que dessa vez a afobação tenha justificativa.

Inteiramente atordoado, cheio de caraminholas na cabeça, Choi Beomgyu cavalgava com um propósito, por acaso, ocasionou do criado ouvir uma conversa entre o conde e o filho do barão, eles falavam sobre uma fuga..., fuga essa que o deixou de cabelo em pé. Hyunjin — descobriu ser esse o nome do outro nobre — estava tramando junto a Yeonjun, ele estava pensando em fugir e levar a irmã junto, à véspera do casamento. A princípio o conde hesitou, disse que o outro estava biruta, pois aquilo era muita insanidade. Hyunjin então disse, que aquela, possivelmente, era a última chance. Entre o silêncio tortuoso e o barulho de copo sendo repousado sobre a mesa, inesperadamente, Yeonjun propôs que Hyunjin levasse a criada junto. Dito isso, Beomgyu não pensou nem duas vezes antes de selar seu cavalo, entrando em uma luta árdua com a tempestade brutal.

Estava certo que os gêmeos não estavam no melhor momento de sua relação fraternal, todavia, a ligação entre eles seria algo que teriam que carregar por toda vida. Ainda que estivessem brigados, Beomgyu nunca abandonaria Ryujin, ela era a sua irmã. Por isso, o jovem destemido enfrentou a tempestade, deu a volta pelo desfiladeiro e, sem medo, alcançou a casa dos Hwang, onde a sua irmã servia. Do lado de fora era possível ver a luz alaranjada iluminando lá dentro, ele então, amarrou o cavalo, em um lugar coberto sem perigo de desabar na cabeça do bicho e, colocou-se a caminhar, devagarinho, pisando em ovos. Beomgyu pisou com os calcanhares, sendo cuidadoso, ele teria que descobrir qual era o quarto em que sua irmã dormia... houve uma vez, em uma ocasião, um jantar na casa do conde, a senhorita Yeji disse que o quarto de Ryujin era grudado ao dela..., então ele tinha um norte, supondo que era uma senhorita entre dois irmãos, os quartos seriam em lados opostos da casa, todos no segundo andar — os nobres amavam escadas, esse era o motivo. — Rodou em volta do casarão, avistando a janela de luz apagada com cortinas esvoaçantes... hum... Ryujin sempre foi uma moleca avoada, seria certo pensar que a gêmea havia esquecido a janela aberta durante uma tempestade. Aproveitando a brecha Beomgyu se apegou em sua suposição, agarrando-se às vinhas que compunham as paredes externas do casarão. Escalando, sem olhar para baixo, dessa forma que ele conseguiu alcançar o topo, ainda que o caminho tenha sido difícil e suas mãos estivessem machucadas, valeu a pena, pois iria resgatar a sua frágil e pura irmãzinh-

Piscou os olhos só para ter certeza do que via, depois aferiu a temperatura com as costas da destra, comprovando que não estava com febre e que, eventualmente, não havia como estar delirando. A irmã estava no meio das pernas da senhorita, fazendo Deus lá sabe o que..., e Beomgyu estava roxo, sua alma havia ido viajar. Não sabia o que falar, nem sabia se deveria dizer alguma coisa.

— BEOMGYU?! — Ryunjin se recompôs, ajeitando suas vestes para que pudesse ir até o mesmo. Ela estava com um sorriso enorme no rosto e, o cabelo estava curto na altura do pescoço... ela estava linda. — O que está fazendo aqui? Você está todo molhado... — apertou as vestes do corpo paralisado, percebendo que havia feito uma poça d'água no piso. — Meu Deus, Beomgyu... você vai pegar um resfriado, precisa se aquecer, venha — segurou o gêmeo pela mão, o forçando a sentar-se de frente para a lareira.