Yes Sir - Yeongyu

Capítulo 4: Eu não consigo evitar

Notas da Chelly

Oi oi, estrelinhas 😊🫶🏻
Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Obrigada a todos que estão acompanhando YS, fico muito feliz em saber o que vocês estão achando, então compartilhem toda a teoria e surtos comigo 🥺❤️
Sem mais delongas, boa leitura 💕✨

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Calor, fumaça e um misto de dor e aflição incompatível a qualquer outra coisa que a jovem Ryujin havia vivido. Contorcendo-se sobre o colchão duro e imundo, ela suava e derramava lágrimas ao reviver em sonho a sua maior perda. Ver a sua casa queimando, ouvir o grito da mãe como última lembrança, a fez despertar do terrível pesadelo, sentando-se de uma vez só.

Tudo aquilo que a cercava era tão frívolo, a nobreza em si era totalmente ridícula, nada parecia verdadeiro, a alta sociedade não passava de uma farsa, uma peça teatral muito bem manipulada pelos princípios do palácio. Faz semanas que ela e seu irmão chegaram naquele reino e, até então, nada! Só um monte de blá-blá-blá e mais um monte de mexericos a respeito da vida alheia... sempre as mesmas conversas vazias sobre títulos, riquezas e pretendentes... Ah, e também tinham os vestidos, argh! Caso pudessem vê-la agora, poderiam presenciar a senhorita Shin ameaçar arrancar seus olhos, só para não presenciar mais um "chá de damas."

Onde estava Beomgyu? Desde o baile de duas semanas atrás, não houve notícias do seu gêmeo e, francamente, se não fosse para descobrir quem foi o responsável pela morte dos seus pais, ela nem estaria ali. De preferência estaria em um navio rumo ao desconhecido, fora da gaiola que a aprisionava. Entretanto, como as coisas nunca são fáceis, — principalmente para as mulheres — bastou amanhecer e ela já estava em meio às galinhas e, não ela não está se referindo à ave, mas sim da megera mãe e suas nobres — e desocupadas — amigas. Ryujin não aguentava mais ouvir a baronesa falando sobre aquele bendito noivado, parecia tão óbvio o desconforto estampando no rosto da filha e, ainda assim, a conversa se prolongava apenas para falar do tal noivo que era descrito como homem dos sonhos de qualquer mulher... mulher, eu não sei dizer mas de um homem em específico...

Beomgyu só deveria ter ido ordenhar a vaca, o cozinheiro do castelo precisava de muito leite para fazer manteiga e queijo fresco, porém em meio à missão, correndo pelo extenso castelo, ele acabou se deparando com o seu senhor, exercitando-se sem camisa, deixando que seus músculos refletissem através do suor. A primeira reação do jovenzinho foi arregalar os olhos, mas conforme o nobre mudava de exercício mas admirável ele se tornava, toda aquela definição não deveria estar exposta e, ainda que fosse errado admirá-lo, sentir todo o seu corpo esquentar, a cabeça girar, a garganta de repente se tornar seca e, ah...

— Olá, jovenzinho.

Dando um pulinho para trás, Beomgyu quase derramou todo o leite do balde de metal, sem história para boi dormir, seu pobre coração quase saltou pela boca quando viu aquele rosto desconhecido se inclinando diante dele. Respira... um, dois, três... segurando o peito esquerdo, Beomgyu voltou à si, direcionando um olhar nada amigável para o homem esguio de fios escuros e compridos na altura dos ombros.

— Hum? — Indagou com as sobrancelhas, formando um biquinho nos lábios — O quê é essa expressão furiosa? — desenhou com o dedo indicador erguido ao ar, como se isso fosse o suficiente para refletir a reação do outro — Não fui eu quem estava pensando coisas sujas com o respeitado Conde de Belfast.