O irmão das minhas amigas.(Concluída)

Dezenove:

Depois do episódio, eu tive que fazer aulas de natação, até estar fera dentro da piscina. Era até vergonhoso uma pessoa do meu tamanho, não saber nadar. Onde eu tinha aulas, as crianças de dois anos, já sabiam. Humilhante.

—Não olha agora, mas o Jason está com os olhos fixos em nós dois.—Cold fala rindo, tentando disfarçar.—Ou melhor dizendo, com os olhos em você.

—Coisas da sua cabeça.

—Não é não. Há um clima entre vocês dois, e todo mundo aqui já percebeu. Pode admitir.

—Não há clima nenhum. Continuamos do mesmo jeito.

—Nem você acredita nisso, Bianca.

—E você e Clark?

—Não há nada entre nós dois. Foi só daquela vez. Eu estava bem necessitado.—Coça a nuca, parecendo até constrangido.

—Ela não parece alguém bacana. E parece me odiar.—Me encosto na borda da biscina. Cold fica ao meu lado, bem perto de mim.—Quase saiu no tapa comigo, naquela brincadeira outro dia. E por causa dele.

—Ela tem um espírito protagonista. Quer que tudo gire em torno dela. Se sentiu frustrada, quando Jason quis você, e não ela. Ignore. Ela odia quase todas as mulheres que são mais bonitas que ela.

—Insegura que fala.

—Não digo insegura. É falta de noção mesmo.—Rimos juntos.

—Me dê um pouco de impulso, por favor.—Peço.

Ficando a minha frente, Cold segura no lado da minha cintura e me ergue, me colocando sentada sobre a borda da piscina. Ele fica entre as minhas pernas, sorrindo pra mim.

Cold é bonito.
Não possui nenhuma tatuagem, possui músculos medianos, não deixando de ser gostoso. Os cabelos molhados, o deixa bem sexy.

—Bí, você quer?—Kete grita do outro lado, erguendo uma latinha do suquinho do mal, que eu amo.

—Claro.—Cold se afasta, e eu me levanto.

Ando rápido pela parte próxima a piscina, e por estar molhada, eu acabo escorregando e quase caio. Por muito pouco, eu não caio de cara e fico sem nenhum dente.

O braço forte de Jason, segura meu corpo. Por estar fazendo força, para sustentar meu peso, as veias do seu braço ficam saltadas, me dando um negócio por dentro. Julguem, eu acho sexy pra caramba.

—Obrigada.—Me afasto dele.—Essa foi por pouco.

—Deveria ter mais cuidado. Está tudo molhado.—Ele diz sério.—Apesar de ser antiderrapante, você e Cold molharam tudo, com a brincadeira de vocês.

—Você me pegou rápido. Estava me seguindo?

—Sim, estava te seguindo.

—E posso saber por qual motivo?

—Estava querendo falar com você.

—Podemos falar então.—Ando na frente dele.

—Você tem dois pés esquerdos, garota?—Kate me entrega a latinha.—Está bem?

—Eu escorreguei. Seu irmão me segurou a tempos. Ou uma hora dessas, eu estava sem nenhum dente na boca.

—Vira essa boca pra lá.

—Bora Bianca.—Jason me apressa.

Reviro os olhos, me vou até uns branquinhos de madeiro, perto de uns arbustos, e me sento. Ele para, e fica de braços cruzados na minha frente.

—Pode falar. E seja rápido.

—Você voltou a ficar com o Cold?

—E desde quando isso é da sua conta? Eu não devo explicações da minha vida a você.—Cruzo as minhas pernas.—Agora foi que eu vi.

—Só estou perguntando.

—E se eu estiver? O que você tem haver com isso?

—Assim, eu terei de investir ainda mais, e fazer você ver que sou melhor que ele.—Sorri, com cinismo.

—Eu mereço, ter você no meu pé.—Reviro os olhos.—Devo ter posto sal na santa ceia, não é possível. Me erra, cara. Me ignore, como você sabe fazer bem.

—Agora não é mais possível. Já provei teu beijo, e eu quero mais. Preciso de mais.

—Eu sei que sou irrestível.—Mordo a boca, e ele não perde o movimento.

Me levanto, e deixo meu corpo bem perto do dele. Sem perder tempo, Jason coloca uma das mãos na minha cintura, apertando. Desce um pouco, e a deixa sobre a minha bunda nua, de uma forma possessiva.

—Te deixei louquinho, e nem me esforcei.—Sussurro no ouvido dele. Passo a língua por sua orelha, e ele aperta minha bunda, em resposta.

—Não brinque com fogo.—Sinto o volume dele se formando.

—E se eu quiser me queimar?—Mais um aperto.

—Você está brincando comigo.—Agora ele puxa meu cabelo, deixando meu rosto reto. Um sorriso brinca no meu rosto.

—Estou.—Beijo e mordo o queixo dele.—Agora tire suas mãozinhas do meu corpo, que eu estou com fome.

—Em um momento, você não me escapa.—Chupa meu pescoço, e me solta. Eu me arrepiei, com a força que ele usou.—Gostosa.

Antes de virar as costas e sair, me deu um tapa forte e estalado na bunda, que me deixou alarmada.

Rubra, e um pouco ofegante, bebo a minha Coca, que havia ficado sobre o banco.

Preciso de mais um banho de piscina.