Mᴇᴍᴏʀɪᴇs ᴏf ᴜs || Dɪᴇɢᴏ Hᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇs

capítulo um

Lianna Hargreeves, Chigago - 10:45 da manhã

     Lianna sentia as pontas dos dedos ficarem geladas enquanto a moça, chamada Marlene, terminava de arrumar o vestido branco em seu corpo. Aquele era o décimo que ela experimentava só naquele dia e faria ser o último ou morreria sufocada no meio de tantas rendas e babados. A maioria das garotas sonham com o dia do seu casamento, vestido perfeito...o amor da sua vida te esperando no altar, te olhando como se você fosse a mulher mais linda do mundo. Lianna sonhava com aquilo, mas algo estava trazendo muitas duvidas sobre o que queria para o futuro. Ela esfrega os dedos, esperando que sua pele volte a temperatura normal.

— Está com frio, querida? - Marlene pergunta com um sorriso gigante no rosto, fazendo com que eu veja todos os seus dentes, mesmo os do fundo.

— Não, só um pouco nervosa. - a loira força um sorriso.

— É normal ficar nervosa, toda noiva fica. - a mulher faz um gesto banal.

"Ainda mais uma que não tem o vestido, faltando apenas 2 semanas para o casamento." - Lianna consegue ouvir seus pensamentos.

— Acho que está na hora de mostrar para a minha amiga. - ela junta a saia do vestido em meus braços, um pouco aborrecida com os pensamentos da mulher e segue o caminho para a outra sala, onde Kath, sua cunhada e melhor amiga, a esperava entornando todas as taças de champanhe possíveis.

     Lianna evitava o máximo entrar na mente das pessoas a sua volta, mas quando ficava distraída isso era quase impossível. Os pensamentos dos outros fluem e se misturavam com os seus.
     Quando era mais nova e vivia com os irmãos e irmãs isso era motivo de muitas brigas. Geralmente era na cabeça de Luther que ela entrava, parecia mais fácil do que na dos outros, e ouvia o que não devia, não conseguia e soltava algum comentário. Eles brigavam feio e Diego acabava a defendendo. Ele sempre a defendia, até mesmo quando ela era a errada.

     Claro que ele dava um sermão nela quando estavam sozinhos.

    E quando a briga era entre eles dois, bom, era mais silencioso. Ignorar era o jeito de atingir um ao outro.

      Lianna não sabia porque estava pensando no passado, há semanas ela sonhava com suas memórias, estando acordada ou não. Principalmente com memórias dele.

— Meu Deus! - Kat abaixa a taça assim que vê a cunhada e limpa um pouco de champanhe que escorreu pelo queixo. - Definitivamente é esse! - ela abandonou a bebida e correu até a mulher.

— Você falou a mesma coisa do vestido anterior. - Lia zombou e aceitou sua ajuda para subir na plataforma na frente do espelho.