A Trindade Heroica

fugindo do acampamento

Kim e Rapha seguiram Victor que não percebeu estar sendo seguido, quando Rapha tocou no ombro dele, logo ele deu um grito assustado. Rapha tapou a boca do garoto para que os sátiros vigilantes não os vissem ali.

Rapha- pra onde você vai?

Victor- eu só quero ir falar com minha mãe

Kim- não podemos sair sem a permissão de Quiron

Victor- eu preciso ir, é muito importante

Rapha- você vai morrer sem treinamento, qualquer monstro que aparecer te mata na hora

Victor- eu sei me virar

Rapha- aham, tipo agora quando você quase infartou só de eu encostar no seu ombro?

Victor- é diferente, eu não esperava por isso

Kim- ah porque os monstros vão parar pra se apresentar "olá Victor, tô aqui pra te matar ok?"

Victor- eu ainda preciso ir, e o Quiron não vai deixar

Rapha- então está decidido, vamos com você

Victor- eu não chamei vocês

Rapha- suas opções são, aceitar, ou chamamos o Quiron, ou posso te induzir a nos deixar ir, ou também posso te induzir a se entregar pro Quiron

Victor- ta bom, já entendi

Kim- então, qual é o plano?

Rapha-deixa comigo

Então Rapha induziu alguns sátiros a fingir que não viram os três passarem por ali e emprestar uma carruagem das que são usadas para buscar semideuses.
Os três saíram em direção a casa de Victor.

Kim- o que é tão urgente que precisa falar pessoalmente com sua mãe?

Victor- o Igor veio conversar comigo sobre a mensagem de Nike que eu recebi, que na verdade era pra ele e aí ele, então talvez minha mãe saiba quem é o meu pai, ou minha outra mãe divina

Rapha- que confusão, e o ela nunca disse nada?

Victor- Não! Por isso que eu preciso ir até ela


Kim e Rapha olhavam para o semblante desesperado de Victor, eles não faziam ideia do que dizer então se mantiveram em silêncio pelo resto do caminho

Chegando na casa de Victor, ele fica parado alguns minutos na porta, pensando em como perguntar a sua mãe sobre tudo aquilo. No acampamento, Quiron havia explicado que os pais mortais ficavam cientes de onde estavam, então sua mãe sabia que ele era um semideus.
Ele entrou em casa e sua mãe estava na cozinha preparando o almoço.

Vera- Victor, o que está fazendo aqui?

Victor- você sabe quem é meu pai ou mãe divino?

Kim- eita ele mandou na lata!

Rapha- Kim!!! nos desculpem, nós vamos esperar na área

Vera- filho eu... sinto muito mas não sei, eu estava numa praia e um homem moreno começou a me chavecar, ele estava impressionado o bordado que eu fazia e em como ele gostava de artesanato

Victor- artesanato, será que eu sou filho de Hefesto

Vera- eu não sei, achei que você fosse descobrir no acampamento por que...

Ela parecia fazer força para se lembrar de algo, os dois ficaram em silêncio por um tempo, Victor se sentou e sua mãe lhe deu um pouco de suco e biscoitos.
Kim e Rapha esperavam na área e então Vera  começou a explicar a história, que conheceu o pai de de Victor em um dia e pela manhã seguinte ela já estava grávida, ela sabia quem era o deus mas, sofreu um acidente numa escada e ficou em coma algumas semanas e perdeu a memoria, por sorte ela não perdeu a gravidez, mas nunca mais conseguiu se lembrar das conversas que teve com o homem misterioso. Anos depois Quiron os encontrou e o avisou que um  sátiro levaria o garoto quando ele tivesse 13 anos.

Victor ainda estava em choque, ele saiu dali frustrado por sua mãe não ter a resposta que ele queria e seus amigos correram atrás dele.

Kim- amigo espera, pra onde você vai?

Victor- vamos voltar pro acampamento

Rapha- eu falo com ele

Rapha se aproximou e abraçou o garoto, que desabou em lágrimas. Ele começou a contar tudo o que sua mãe lhe disse, então Rapha emanou uma aura confortável que acalmou Victor.
Ele voltou para casa para se desculpar com sua mãe por ter sido grosseiro, e agora tinha que voltar ao acampamento.

Eles subiram na carruagem e torceram para nada dar errado.

Kim- mas então sua mãe não sabe qual deus é o seu pai?

Victor- não, ela não faz nem ideia, pois perdeu toda a memoria daquele homem

Rapha- gente, não querendo preocupar vocês mas tem um pássaro muito grande vindo na nossa direção

Todos olharam e quando o bicho chegou perto, empurrou a carruagem que perdeu o equilíbrio e começou a cair.
Era uma fúria.
A carruagem caiu em um bosque cerca de 1 quilômetro perto do acampamento, eles rolaram no chão e logo a fúria estava de volta.

Victor tirou uma adaga da mochila e ficou em posição esperando um novo ataque.
A fúria voou em direção a Victor e o empurrou para longe.