Elo Sagrado (MPreg)

Capítulo Catorze

Levi Prescott:

Minha mão brilhou, e em segundos, uma faca surgiu, minha avó avançou com sua espada, enquanto eu também partia para o ataque. Os primeiros movimentos foram um borrão dos grunhidos da raposa gigantesca, os gritinhos esganiçados de pai Jacob que puxava André para longe, além de Thackery que puxou os pais para longe da sala, o rosto aterrorizado de meu pai Gabriel em cima da minha direção.

Não era uma raposa muito poderosa, percebi tardiamente, embora o alívio tivesse durado pouco. O corpo era aproximadamente do tamanho de um cavalo comum, com uma cabeça distintamente lupina. No entanto, tudo mudou quando a criatura foi jogada contra a parede, e um chifre curvado, semelhante ao de um cervo, surgiu em sua cabeça. Sua pelagem se expandiu, e as garras, agora pretas como adagas, e as presas amareladas indicavam o perigo iminente.

Olhei para a situação com cautela, segurando minha arma. Embora pudesse usar meus poderes e intervir no momento certo, a falta de controle total sobre eles não deixava espaço para erros. Meu coração batia desesperadamente em meus ouvidos, consciente do perigo iminente.

De alguma forma, acabei diante da minha família e dos outros com a faca em mãos, e minha avó ficou ao meu lado com a espada apontando para a criatura, esperando o próximo passo. Não me permiti vacilar, mesmo quando a criatura se apoiou sobre as pernas traseiras e gritou com a boca cheia de presas:

- Revelasse irmão de Natsuls.

Senti um frio percorrer minha espinha ao ouvir aquelas palavras. A criatura estava farejando o ar. Ela realmente era um dos inimigos daquele idiota, mas devo dizer que deve ser um que ele fez nos últimos anos desde que me tornei mundano.

Balancei a cabeça, não tinha tempo para pensar nisso agora. Procurei por um jeito de matar aquela coisa, então olhei para o pescoço grande da besta... aquilo parecia um bom lar para minha faca.

Minha avó, firme ao meu lado, ergueu a espada, e eu segurei firmemente a faca.

Ousei olhar por cima do ombro. Meu pai Jacob estava abraçando André, ambos estavam agachados, diante deles, meu pai Gabriel. Spike e Cilas estavam na forma Draco deles, e posso dizer que até Darwin estava com uma arma na direção da fera. Thackery havia sumido para algum lugar.

Estupidamente, dei outro passo na direção da criatura, e minha avó me segurou pelo ombro, fazendo o mesmo, mantendo-se entre nós. No meu caso, estava lutando contra a tremedeira em minha mão e tentando invocar meus poderes de algum lugar.

- Revelasse, sinto seu cheiro de longe! - rugiu a besta novamente, os pelos eriçados. - Será satisfatório matá-lo e levar seu corpo para meu mestre, que irá mostrar para aquela raposa platinada idiota. A ameaça da besta reverberou no ar, e uma tensão pesada tomou conta do ambiente. Eu podia sentir a preocupação nos olhares de minha família e dos aliados. Mesmo com a faca e a espada em mãos, enfrentar uma criatura daquele porte parecia uma tarefa assustadora.

Minha avó não recuou, mantendo-se firme. Eu respirei fundo, tentando controlar a ansiedade. Então a criatura avançou na nossa direção com velocidade surpreendente. Com agilidade, desviei do primeiro ataque, mas ela era rápida e tentou me cercar novamente.

Minha avó girou nos próprios pés, e a espada se ergueu cortando as garras da criatura, que pareceu não se importar com o sangue derramado.

A criatura rugiu de dor, mas sua ferocidade não diminuiu. Eu sabia que precisava agir rápido. Com a faca em mãos, avancei para desferir um golpe certeiro, mirando o pescoço da besta. No entanto, ela se esquivou com uma agilidade surpreendente, e minha avó se manteve entre nós, pronta para qualquer contra-ataque.

A batalha era intensa, com movimentos rápidos e garras afiadas ameaçando nossas vidas. Spike e Cilas, agora na forma de Dracos, se juntaram à luta, lançando rajadas de fogo na direção da criatura. Thackery apareceu repentinamente, empunhando uma lança, e se uniu à nossa defesa.