O Banho

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     Baltazar ensinou Evangeline, ela teve a sua primeira aula de montaria. Depois da aula de montaria, Baltazar voltou a trabalhar na câmara de contagem de moedas, tentando acabar a sua última contagem no menor tempo possível, mas ele não conseguia parar de pensar em Evangeline, no seu rosto, no seu corpo, no seu cheiro! Teve certo momento na aula de montaria em que Evangeline sem querer foi agressiva com o cavalo Nevasca porque ela estava com medo, Nevasca sentiu o nervosismo dela e pulou enclinando-se para frente, fazendo com que Evangeline fosse lançada pra longe. A rainha não se machucou quando foi lançada pelo cavalo porque o corpo dela se chocou contra o corpo de Baltazar e ambos caíram no chão. Resumindo, Evangeline caiu em cima de Baltazar.
     Naquele momento, quando ambos abriram os olhos e se deram conta do acidente, perceberam que estavam um olhando no olho do outro. Não disseram uma palavra durante seis segundos, apenas se olharam, Evangeline ficou maravilhada e muito excitada por estar vendo o rosto bonito de Baltazar bem de perto, e Baltazar ficou de pau duro naquele momento porque o corpo de Evangeline estava fazendo pressão naquela região do corpo dele. Evangeline sentiu o volume de Baltazar e por alguns segundos desejou libertar ele de suas vestes e consumar com ele como se fosse o último dia de vida dela, mas ela negou esse desejo em sua mente, não queria aceitar que estava com vontade de transar com outro homem além de seu marido.
     Aquele momento da aula de montaria era a lembrança que não deixava Baltazar se concentrar no seu trabalho, então ele decidiu tomar um banho pra relaxar, assim ele conseguiria esfriar a cabeça, organizar os pensamentos e esquecer o que aconteceu na aula de montaria. Tudo o que Baltazar queria no banho era esquecer que imaginou Evangeline nua e sentada no cavalo.
     Baltazar saiu da câmara de contagem e saiu para fora do castelo. O rio real não ficava muito longe do castelo, mas para chegar no rio era preciso andar em volta do castelo, pois o rio real ficava atrás do castelo. Quando Baltazar chegou na parte de trás do castelo, ele tirou suas roupas e entrou no grande rio. Depois de alguns curtos segundos, ele viu ondas de movimento no rio, ondas de movimento perto de seu peito e ficou com medo se perguntando quem ou o que estava se movimentando abaixo da água, e se fosse um animal venenoso? Muito pior. Era muito pior o que estava abaixo da água.
Evangeline emergiu da água e passou as palmas das suas mãos em seu próprio rosto para secar suas pálpebras e em seguida abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi Baltazar bem na sua frente. Ambos se assustaram por estarem naquela situação e com seus corpos nus.
     - Mi... Minha rainha, eu não sabia que a senhora estava tomando banho - Baltazar disse, mal conseguia organizar palavras em sua boca tendo como visão principal Evangeline nua dentro do rio real, e a água do rio cobrindo apenas do umbigo para baixo do corpo dela, ou seja, os seus seios se estavam à mostra. - Me perdoe.
     - Bal... Baltazar - Evangeline disse, cobrindo seus seios com as palmas de suas mãos. - Eu não sabia que você gostaria de se banhar no rio hoje, você não se banha no sábado.
     - Ah, sem problemas - Baltazar disse e virou-se de costas para voltar ao castelo. - Eu volto em outro momento.
     - ISSO, SAIA DAQUI! - Evangeline gritou sem nem mesmo perceber que gritou alto.
     Quando Baltazar saiu de dentro do rio, ele saiu de costas pra Evangeline, então ela não conseguiu ver o volume que crescia entre as pernas dele e esse era o maior medo de Evangeline naquele momento, ela tinha medo de ver Baltazar nu, não resistir e acabar cedendo aos seus desejos mais profundos. Uma mistura de emoções e anseios explodia dentro do peito de Evangeline, fazia muito tempo que ela não olhava para um homem nu e isso mexia com a cabeça dela. Ela não sabia como reagir de acordo com aquela situação, ela queria negar seus desejos mais profundos, estava muito excitada por finalmente perceber o quão bonito e atraente Baltazar era, ela se sentia uma mulher imoral implorando por um amante, mas não queria se sentir desse jeito. Ela queria ser uma esposa fiel, mesmo tendo um marido que não lhe dava a atenção que ela gostava.

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