Quando Suho e Seojun tiveram a chance de voltar para suas casas, os três organizaram uma viagem em grupo ao túmulo de Seyeon. Algo que nenhum deles poderia ter imaginado fazer juntos, Miyeon acreditou genuinamente por um tempo que o relacionamento de Suho e Seojun só iria piorar.

Mas aqui estavam todos eles, vestidos de preto por baixo dos casacos de inverno, Suho com uma muleta debaixo do braço, Miyeon colocando o maior buquê de flores que conseguiu encontrar, antes de se endireitar e ler a carta que Seyeon havia deixado entre as teclas do piano de Suho.

Foi endereçado a todos os três, agradecendo-lhes com palavras tão sinceras que os levou às lágrimas, Suho sendo um pouco mais estóico, pois o absorveu quando o encontrou.

Lágrimas silenciosas rolaram pelos rostos de Seojun e Miyeon, a garota se movendo para abraçar o menino Han enquanto ele chorava, Suho dando tapinhas nas costas dele. Pareceu quase instintivo quando ele se virou para ela, a testa equilibrando-se em seus ombros e os braços circulando em torno de seu torso, a mão movendo-se para cima e para baixo suavemente.

— Aqui. — Miyeon puxou sua bolsa para poder abri-la enquanto eles se sentavam no banco em frente ao túmulo. Os dois garotos observaram enquanto ela tirava várias coisas, Seojun gemeu ao ver a caixa amarela. — Ei, não comece a reclamar, eu trouxe chocolate para você.

— Tão atenciosa. — eu gemido morreu na garganta de Seojun quando ele o aceitou, os três recostados em seus assentos enquanto bebiam, refletindo sobre a pequena tradição que havia retornado a eles assim como as cartas.

— Miyeon... — Suho começou de repente, e a garota na ponta do banco se inclinou para frente para vê-lo. — Seojun, você é melhor em coisas assim.

— Não. — Seojun tomou outro gole de leite, recusando-se a assumir o controle. — E não fique tão preocupada, Miyeon. Não é nada ruim, eu prometo. — os dois decidiram ignorar o que havia acontecido no hospital e, embora Miyeon não tivesse certeza se Suho sabia ou não, ele estava fazendo exatamente o mesmo.

— Tá bom. — o menino Lee resmungou, largando sua caixa amarela de leite. — Quando Seojun, Seyeon e eu compramos nossas pulseiras pela primeira vez, não compramos uma para você porque Seyeon escolheu a de coração para você no estande. Mas alguém pensou que seria melhor se todos nós tivéssemos uma combinação.

— É óbvio que sou eu. — Seojun pigarreou e sentou-se. — E prometa que não vai chorar de novo. — ele começou, esperando que Miyeon assentisse. — Você significou muito para Seyeon... E você significa muito para nós também.

Seojun prontamente se encolheu, claramente odiando ter que ser tão aberto sobre seus sentimentos na frente de Suho - ele nunca pareceu ter o mesmo problema com a garota Hwang. — Apenas dê a ela a caixa. — Seojun tossiu, tomando outro gole.

— Consegui entrar em contato com a mulher que fez as pulseiras e comprei uma para você. É um pouco menor, então cabe melhor no seu pulso. — Suho tirou uma pequena caixa de seu casaco e entregou-a a Miyeon no colo de Seojun.

Abrindo a tampa cinza, Miyeon sentiu seus olhos se encherem de lágrimas enquanto a pulseira muito familiar olhava para ela. Abandonando o leite, Seojun se apressou em limpar qualquer resíduo e ajudou a garota com o fecho - para a diversão de Suho ao lado dele.

— Você sabe o que Seyeon disse no dia em que compramos isso? — Seojun ergueu o pulso e olhou incisivamente para a segunda pulseira no pulso de Miyeon – aquela que Seyeon havia escolhido para ela.

— Ele esperava que nossa amizade durasse para sempre. — Suho preencheu.

— Eu disse a ele para parar de ser infantil. — Seojun riu, mas a dor era evidente em seus olhos. — Naquela época, eu considerava isso um dado adquirido. Então pensei que estaríamos sempre juntos. Eu, vocês e Seyeon. Mas quem diria que ele morreria tão rapidamente.

— Eu sei. — o menino Lee respondeu. — Realmente não durou muito.

— Não por muito tempo. — Miyeon fungou, restos de lágrimas ameaçavam se tornar muito mais proeminentes. Ela os forçou a recuar, não querendo que Seojun ficasse chateado com isso.

— Eu não estava lá para ajudá-lo quando ele estava passando por momentos difíceis. — se o garoto Han tivesse notado, ele não estava dizendo nada sobre isso. — E eu me arrependo muito. Mas ele não está mais por perto, então descontei tudo em vocês dois... Porque isso me fez sentir melhor. Eu estava tão envolvido com o quanto estava magoado, que não sabia vocês estavam sofrendo por dentro também. Sinto muito. — ele olhou para as duas pessoas ao lado dele, soltando um suspiro trêmulo e sentiu Miyeon dar um tapinha gentil em seu joelho.

Não demorou muito para que os três voltassem para o ponto de ônibus, se acomodando ali e esperando em uma harmonia bastante estranha. Eles estavam tão acostumados com o ambiente bastante tenso e hostil entre os dois meninos que parecia estranho que houvesse paz.

Uma conversa logo envolveu perguntar sobre como o pai de Suho estava lidando com isso, e Seojun e Miyeon descobriram que Suho não sabia. — Eu costumava ter ciúmes de vocês dois por terem pais ricos. — o menino Han zombou, balançando a cabeça.

— Por que você estava com ciúmes? — Suho perguntou. — Você tem uma mãe.

— Você está tentando competir com quem tem uma vida mais triste? — muito mais do seu tom habitual, Seojun desafiou o garoto. — Sua família é rica. — Miyeon balançou a cabeça enquanto os meninos começaram a brigar inúteis, distraídos pelo som de um veículo se aproximando.

— Meu Deus, quem jogou esse cigarro. — Seojun exclamou enquanto a van passava, parando e um homem se inclinando para fora da janela.

— Você está falando comigo? — ele perguntou, a porta se abrindo e o homem saindo, aproximando-se do grupo.

E em seu habitual modo de confronto, Seojun se levantou, com as mãos nos bolsos. — Você acabou de jogar esse cigarro em nós? Que tipo de gangster você é?

— Olhe para esse garoto. — o homem respondeu e Miyeon sentiu uma sensação de aperto em seu estômago. — Ele acabou de nos chamar de gangsters. — e por trás do homem veio um coro de perguntas repetidas e um grupo de homens saiu da van. — Você está com eles? — o homem cuspiu, olhando para Miyeon.

— Hm? Eu, não. Estou aqui visitando minha mãe - não tenho ideia de quem são essas pessoas. — Miyeon assumiu uma expressão de inocência, Seojun e Suho olhando para ela enquanto ela mudava a manga para cobrir a pulseira combinando. Mas decidindo que era melhor para ela não se envolver, nenhum dos dois comentou o assunto.

Seojun deu um passo à frente e Suho o puxou de volta. Mas não demorou muito até que os dois garotos fugissem, Miyeon se sentia péssima por mentir, mas ela realmente não estava tentando se meter em problemas com homens adultos. Depois de ser sequestrada pelo grupo de garotos com quem Seojun teve problemas, a garota Hwang estava evitando todas as situações que pudessem levá-la a algo assim novamente.

Os homens perseguiram os dois meninos, parados momentaneamente por Seojun jogando a muleta de Suho neles e levantando o menino Lee de costas, continuando a correr enquanto os homens se recuperavam.

— Deus, vocês fedem! — a garota exclamou ao se aproximar dos dois meninos, estendendo a muleta de Suho para ele. Ela o recuperou depois que os homens voltaram para suas vans e desapareceram, encontrando Seojun e Suho cobertos de esterco.

E então a visita deles ao túmulo de Seyeon acabou com os dois garotos cheirando mal e precisando tomar um banho, os três pegando carona na traseira de um carregador de feno para voltar ao ônibus.

Mas nenhum deles se importou muito.

Mas nenhum deles se importou muito

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