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˖࣪ ❛ CAPÍTULO SETENTA E NOVE— 79 —

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˖࣪ ❛ CAPÍTULO SETENTA E NOVE
— 79 —

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FOI ESTRANHO. Miyeon sentou-se na frente de seu pai, pernas cruzadas e palmas das mãos apoiadas no colo. Sangwon estava sentado atrás de sua mesa, quase completamente ereto, inclinando-se para frente para colocar as mãos na mesa.

Ele a cumprimentou com um vigor hesitante, parecendo querer abraçá-la, mas não o fez, em vez disso, apertou a mão dela de maneira um tanto desajeitada e guiou-a até o assento designado com uma mão pairando sobre seu ombro.

Quase nada foi dito desde a saudação, e parecia que Sangwon estava esperando que sua filha iniciasse a conversa. Ela havia proclamado, na tentativa dele de abraçá-la, que ela estava ali por uma certa razão – a coisa que o Sr. Hwang estava esperando para descobrir.

— Eu quase me mudei. — Miyeon começou devagar, suas palavras calculadas. — Quando saí daquela casa e até agora, estava na casa de um amigo. Mas depois de tanto tempo que estou com ele, não me sinto mais confortável lá e me sinto como se estivesse me impondo.

— Eu vejo. — Sangwon respondeu. Ele parecia estar ansioso para fazer mais perguntas - era de sua natureza como pai; com qual amigo ela estava hospedada? Como ela estava? Ela tomou alguma decisão ou escolha que afetaria sua vida? Houve algum contato entre ela e sua mãe, que Sangwon não via desde que ela praticamente a expulsou de casa?

Miyeon assentiu, limpando a garganta e não começando a falar novamente enquanto Sangwon lhe servia um copo de água.

— Você comeu? — ele perguntou, palavras duras, mas cheias de preocupação parental. — Posso pedir a Daehee que vá ao refeitório e peça comida. Estaria aqui em meia hora. — Sangwon já estava pegando o telefone em sua mesa, mas sua mão caiu quando sua filha balançou a cabeça.

— Eu não estou... Não estou aqui para uma reunião de família. Estou aqui porque preciso de ajuda. Ajuda financeira. — Miyeon admitiu, e Sangwon sentou-se em sua cadeira, o queixo da garota Hwang inclinado para baixo enquanto ela evitava seu olhar.

— Por quê? Você se meteu em algum problema? A pessoa ou pessoas com quem você está hospedada estão querendo alugar? — Sangwon perguntou, expressando algumas de suas perguntas.

— Não - não, de jeito nenhum, Suho tem sido uma pessoa maravilhosa para se ficar. — Miyeon rapidamente negou seus pensamentos. — Decidi que gostaria de comprar ou alugar um apartamento.

Sangwon olhou para sua filha por um momento, piscando para ela com o queixo caído. Uma batida repentina interrompeu o silêncio, e o pai e a filha Hwang se viraram em direção à porta, vendo sua secretária, a Sra. Song, entrando com uma bandeja.

— Este não é um bom momento? — ela perguntou, sentindo claramente a vibração na sala e não gostando nem um pouco, parecendo estranha. — Sr. Hwang, peço desculpas por interromper, mas alguém do refeitório mencionou seu pedido anterior. — ela explicou, e Miyeon olhou para o pai, lembrando-se de sua oferta para descer até o refeitório.

— Obrigado, secretária Song, coloque-o aqui, por favor. E a partir de agora, certifique-se de que não haja mais interrupções. — Sangwon assentiu, olhando para a bandeja à sua frente enquanto a Sra. Song saía apressada.

Levantando a tampa do prato na bandeja, revelou um prato de tonkatsu. Miyeon não ficou muito surpresa - seu pai compartilhava o mesmo gosto que ela. Eles costumavam sair e comer juntos, sem nem se preocupar com acompanhamentos e tentando chegar em casa antes de Yujin - ela ainda atuava na indústria da moda naquela época.

— Coma um pouco. — Sangwon empurrou o prato para ela, abrindo uma gaveta e pegando um par de pauzinhos em um saco plástico. Miyeon hesitou antes de pegá-los e tomar um pouco do tonkatsu.

— Você está planejando ficar longe de casa? — Sangwon perguntou enquanto comia. — Sua mãe não mora mais lá, estou tentando descobrir a melhor maneira de proceder com o divórcio.

— Entendo... — Miyeon parou, deixando as palavras se estabelecerem. — Mesmo que seja esse o caso... Não posso mais ficar naquela casa. Se você se divorciar dela, ficarei mais do que feliz em ir vê-lo lá quando possível.

— Eu ficaria feliz se isso acontecesse. — Sangwon assentiu. — Ah, Miyeon, eu sei que é tarde demais agora, mas peço desculpas por trazer você de volta. Eu realmente pensei que era a coisa certa a fazer - o que não é desculpa nenhuma... Eu não tinha ideia de como ela era fisicamente violenta até que eu mesmo testemunhei. Sempre pensei que ela era apenas dura e superprotetora.

— Eu... Não aceito suas desculpas. — Miyeon engoliu em seco. — Mas obrigada - e como você testemunhou isso? Eu sei que apenas Seojun e Eunjoo estavam lá quando o último incidente aconteceu.

— Han Seojun? Você é amiga dele de novo? Bom... Você sempre pareceu feliz com ele. — Sangwon refletiu, as luzes fluorescentes batendo neles enquanto os olhos de Miyeon se arregalavam com suas palavras - ela sempre pensou que seu pai o odiava, mas estava começando a ver que talvez ele estivesse apenas concordando com o que sua vida dizia para uma vida mais fácil, ou porque ele foi manipulado para pensar assim. Kwon Yujin tinha jeito com as palavras. — Quanto à forma como descobri, bem, fiquei bastante desconfiado de algo que estava acontecendo em minha própria casa após a reunião com os investidores.

— Ah. E então você viu tudo acontecer. — Miyeon observou seu pai assentir. — Eu vejo...

— Sim, foi perturbador. — Sangwon engoliu em seco. — E o mínimo que posso fazer é ajudá-la com as finanças. Eu realmente sinto muito, Miyeon.

Ficou em silêncio novamente por alguns momentos, antes que o clique das teclas pudesse ser ouvido e Miyeon observasse Sangwon virar o monitor do computador. — Agora, você quer me mostrar esse apartamento que você está querendo? Talvez eu não consiga vê-lo pessoalmente, mas gostaria pelo menos de ver a versão online.

Miyeon concordou, felicidade borbulhando em seu estômago. Não apenas porque ela conseguiu que o pai concordasse em ajudá-la a comprar um apartamento, mas também porque o relacionamento deles estava começando a voltar ao que era antes.

Ela estava feliz com isso.

Ela estava feliz com isso

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