𝟎𝟏 ͟͞= 𝖙𝖍𝖊 𝖇𝖊𝖌𝖎𝖓𝖓𝖎𝖓𝖌 𝖔𝖋 𝖙𝖍𝖊 𝖗𝖆𝖎𝖓 𝖔𝖋 𝖇𝖑𝖔𝖔𝖉

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minha mente é como uma
doença mortal, eu sou maior
que meu corpo, eusou mais
fria que esta casa, eu sou
mais cruel que meus demônios
eu sou maior que estes ossos
e todas as crianças gritaram
por favor, pare, você está
me assustando

— control, halsey ㅤㅤ
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O odor do líquido carmesim que escorre pelo chão se infiltrando em cada rachadura do cimento queimado, alcança meu nariz, eu suspiro o ar satisfeita, apreciando cada detalhe do cenário mórbido enquanto o corpo estendido no chão termina de se despe...

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O odor do líquido carmesim que escorre pelo chão se infiltrando em cada rachadura do cimento queimado, alcança meu nariz, eu suspiro o ar satisfeita, apreciando cada detalhe do cenário mórbido enquanto o corpo estendido no chão termina de se despedir da vida. Seus olhos escuros ficaram opacos de vez e o brilho que uma vez existiu lá, agora é apenas uma lembrança.

Chuto o defunto para que ele fique de lado, me agachando em suas costas arranco sua carteira do bolso da sua calça marrom, o tecido caro agora está encharcado pelo seu sangue, suas roupas não são nada menos que elitistas o que torna tudo ainda mais irônico, afinal o ricaço que sempre achou que estava acima de qualquer pessoa no mundo, agora está morto nos pés de uma mulher, em um lugar de difícil acesso, dentro um armazém em ruínas numa tarde quente de outono, aqui ele é apenas mais uma das minhas dezenas de vítimas, o seu dinheiro, muito que valioso em seu mundo, no meu, é apenas um apetrecho que não foi capaz de protegê-lo do seu trágico fim.

Grandes contas bancárias vem com pequenos cérebros.

Analiso o conteúdo da pequena bolsa de couro, descarto as notas e me preocupo com os seus documentos, descobrindo sua data de aniversário, o nome de seus pais e algumas outras informações pessoais. Minha atenção é atraída para o vibrar de um celular, reviro o corpo desprovido da vida até achar o aparelho, o nome que brilha na tela é "Aimée", eu atendo mesmo sem pretensão alguma de responder o que quer essa mulher tenha a dizer.

— Pai? Cadê você? Já era pra você ter vindo me buscar na casa da Zhaira, você está a quinze minutos atrasados. Por que não responde minhas mensagens? — A garota, com voz juvenil, dispara sem parar como um rádio descontrolado e irritante pra caralho.— Pai? Por que você não está falando? Pai?...Grrr. — Assim ela desliga a chamada com toda a birra do mundo, pude sentir a sua raiva crescendo a cada segundo que não obtinha uma resposta, acredito que assim como o seu pai, ela não está acostumada a ser ignorada, a ter alguém a tratando com insignificância.

Coloco o aparelho no bolso após desligá-lo e garantir que não existe nenhum rastreador embutido nele. Tirando as duas adegas limpas da minha cintura, às seguro cada uma em uma mão, viro o corpo para mim novamente e finco as lâminas nos olhos do homem morto com força o bastante para atravessar o globo ocular, quando sinto que estão bem firmes eu as tiro violentamente para fora, arrancando as orbes da cabeça, deixando apenas dois buracos sangrentos e nojentos no rosto dele.

Em um saco plástico depósito as lâminas usadas sem limpá-las, e coloco dentro da minha bolsa de couro preto, jogando a no ombro enquanto caminho em direção a saída, sem me preocupar com o que vai acontecer em seguida com o defunto, pois se ele for encontrado, vão saber quem foi a responsável pelo seu assassinato e a minha fama não permite que polícia seja acionada ao menos que o delatador esteja desejando fazer parte da minha coleção de olhos.

𝗢 𝗔𝗧𝗥𝗔𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗖𝗔𝗢𝗦 𝗗𝗔 𝗧𝗘𝗠𝗣𝗘𝗦𝗧𝗔𝗗𝗘 ,, dark romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora