É claro que, como muitos outros primeiros encontros, tudo começou de maneira estranha. Mas eles logo voltaram ao ritmo habitual enquanto caminhavam até onde Hyunwoo havia decidido que valia a pena mostrar a ela.

— Não é muito. — ele encolheu os ombros quando eles pareciam estar se aproximando. — E me chame de dramático demais, mas pode ser meu lugar favorito no mundo. Mas não estive em muitos lugares, então não há muita competição pelo lugar.

— Mesmo que você esteja sendo dramático demais, se esse sentimento é seu lugar favorito, então estou ansioso para vê-lo. — Miyeon respondeu. Então eles chegaram e inferno - a garota Hwang tinha certeza de que aquele era seu lugar favorito também.

Hyunwoo não estava mentindo quando disse que não era muito - mas o que havia ali era como um tesouro escondido. Parecia ser uma combinação de livro, música e loja de coisas em geral. Estantes de livros cobriam as paredes, uma exibição de toca-discos, vinis sobre vinis e o que parecia excitar mais Miyeon - vários gatos.

Era uma loja aconchegante, e Hyunwoo explicou que era administrada por uma família que sua mãe conhecia e que ele frequentava lá desde que era mais novo. Foi de onde ele tirou todos os seus livros, e ele gostava de gatos, o que só aumentava a qualidade.

E se não houvesse vida fora da loja, Miyeon poderia muito bem ter vivido seus dias na loja. Mas depois do que pareceu uma eternidade relaxante, sentados um ao lado do outro em um dos pequenos sofás escondidos no canto, livros nas mãos, joelhos roçando e de vez em quando iniciando uma conversa tranquila, os dois pareceram perceber o quão famintos estavam.

Quase quinze minutos depois, depois que Miyeon comprou o livro que estava lendo e se despediu de tantos gatos quanto pôde, Hyunwoo estava direcionando os dois para um café próximo. — Vou pegar seu pedido para você, tem uma mesa perto da janela. — Hyunwoo começou, indo em direção ao balcão antes de fazer uma pausa e se voltar para ela. — É claro que estou presumindo que você ainda gosta daquela bebida de morango?

— Morango e matcha latte, sim. — Miyeon confirmou, um sorriso aparecendo em seu rosto enquanto ela caminhava até a mesa, acomodando-se nela. Ele se lembrou da bebida dela - não era necessariamente difícil, considerando o quanto ele havia provocado ela sobre isso - mas só de pensar nisso a fez sentir um formigamento por dentro.

Enquanto esperava, ela não pôde evitar deixar seu foco se desviar da vista do lado de fora da janela, um trecho de duas garotas não muito distantes chamando sua atenção. — Não, eles são da Move Entertainment - eles acabaram de estrear. Ninguém esperava que eles estreassem com uma música como essa. — uma delas disse, com uma espécie de exasperação em seu tom.

A curiosidade muitas vezes foi o que matou o gato e, no caso de Miyeon, foi uma morte muito mais dolorosa do que ela esperava. A garota mal havia terminado de contar às amigas sobre o grupo quando Miyeon pegou seu telefone, alguns toques rápidos direcionando-a para onde ela precisava estar.

E quando o vídeo começou a ser reproduzido, ela quase deixou cair o telefone. Quase instantaneamente, seu queixo caiu e lágrimas encheram seus olhos, uma mão trêmula se ergueu para cobrir sua boca. Era a música de Seyeon. A música de Seyeon e Leo.

Foi por isso que Heekyung ligou para ela. Ela ligou para ela porque descobriu sobre a música - e se nem ela nem Seojun tivessem dado qualquer informação sobre Leo, eles claramente não teriam contatado a família de Seyeon. Deus, essa estúpida empresa de entretenimento simplesmente não pararia de foder com eles, não é?

— Miyeon? — a voz de Hyunwoo encheu seus ouvidos enquanto ele se sentava à sua frente. — O que foi? Aconteceu alguma coisa enquanto eu... — ele se interrompeu, vendo o olhar dela fixado em seu telefone. Ele o extraiu cuidadosamente, os olhos pousando na tela. — Oh... — ele parou, lendo o nome da empresa e reconhecendo-o claramente.

— A música de Seyeon. Eles roubaram a música de Seyeon. Essa é a música dele e de Leo, por que eles estão cantando? — Miyeon respirou fundo, pergunta após pergunta deixando seus lábios e desculpas encheram seus olhos enquanto ela se virava para ele. — Eu tenho... Eu tenho que ligar para as pessoas - Seojun... Suho. Eles deveriam saber, se é que já não sabem.

— Não, eu entendo completamente. — Hyunwoo recostou-se, observando com cautela em seus olhos enquanto Miyeon começava a tentar ligar para os dois. Ele não estava totalmente inseguro sobre o que fazer na situação, mas estava claro que era um grande problema. Que a morte de Seyeon não foi apenas o que a mídia mostrou.

— Porra. — as mãos da garota tremiam quando ela apertou o contato outra vez. — Ele não está atendendo - por que diabos eles não estão atendendo. Suho também não está... Eles sempre atendem, por que não estão atendendo?

— Miyeon - Miyeon. — Hyunwoo se inclinou para frente, puxando o telefone de sua mão e colocando-o sobre a mesa, envolvendo as mãos trêmulas nas suas. — Vai ficar tudo bem, eles provavelmente estão apenas...

Mas ele foi interrompido mais uma vez, não por si mesmo, mas pela vibração do telefone da garota Hwang, a tela piscando quando um contato apareceu. Quase instantaneamente, Miyeon estendeu a mão para pegá-lo, uma carranca cruzando suas feições.

— Gowoon? Você não saberia onde Seo... — mas o nome morreu em sua garganta e em apenas alguns momentos, um pânico crescendo nela, semelhante ao que surgiu ao ouvir as notícias sobre Seyeon. Tremendo ainda mais do que antes, com a voz cheia de emoção, Miyeon olhou para seu par. — Sinto muito por interromper nosso encontro... — ela fungou e engoliu a sensação pegajosa que subiu em sua garganta. — Mas algumas coisas... Aconteceram... E eu realmente preciso ir.

— Claro. — Hyunwoo observou enquanto ela se levantava, colocando a bolsa no ombro. — Se houver algo que eu possa fazer para ajudar, me ligue, ok?

— Você é muito legal comigo. — Miyeon enxugou os olhos, sem se importar com as manchas de maquiagem ali. — Eu prometo que vou compensar você.

Mas sem mais nada a dizer, Miyeon saiu correndo do café, o olhar de Hyunwoo observando enquanto ela chamava um táxi apressadamente, com sorte por conseguir um tão rapidamente e foi embora.

Ele não tinha ideia do que estava acontecendo, mas o horror absoluto que encheu os olhos de Miyeon quase o assustou. Ela parecia tão apavorada com o que estava sendo dito, e Hyunwoo não poderia ajudá-la com isso.

Ele não sabia como. E ele não sabia como as paredes do outrora estável mundo de Miyeon estavam ameaçando implodir sobre si mesmas.

 E ele não sabia como as paredes do outrora estável mundo de Miyeon estavam ameaçando implodir sobre si mesmas

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