– há muito tempo atrás...havia um homem, seu nome era John Miller, ele era um camponês bem humilde e respeitado pelo povo camponês, John tinha uma filha, sua filha era Rose Miller uma mulher linda...ruiva... simpática e sempre muito alegre, sua mãe havia falecido quando ela ainda tinha 3 anos de idade por uma doença desconhecida na época, Rose cresceu sob os cuidados do pai, o qual nunca lhe deixou faltar nada e sempre foi um ótimo pai... – ele se serve com mais bebida – Rose trabalhava com seu pai nos campos e cuidava da humilde casa que tinham, mas Rose não era um mulher comum, oh não, ela era uma Fada...diz a lenda que a cada 20 anos mulheres que dão a luz a uma menina em noite de lua minguante tem a criança abençoada pelos céus e deuses da floresta para se tornar uma fada, e esse foi o caso de Rose Miller... – Ele suspira e me encara – Rose era uma fada mas ninguém sabia disso pois se soubessem matariam ela.
– Ela tinha poderes?
– Sim, Rose possuía três poderes, poder da cura, poder de reviver plantas e telecinese, os poderes das fadas podem variar entre si, alguns são comuns entre elas.
– elas já nascem podendo usar os poderes?
– não, estes só começam a despertar a partir dos 5 anos.
– caraca! Isso é muito foda – jack me encara – foi mal, me empolguei.
– John sabia dos poderes de Rose, e como um bom pai que ele era, nunca contou a ninguém sobre as habilidades de sua filha, assim ela só demonstrava esses poderes quando estava dentro de sua casa com porta e janelas fechadas, acredito que a telecinese era a explicação por ela terminar tão rápido as tarefas de casa – ele ri – um belo dia...ensolarado e quente, o príncipe Sebastian Montfort visita os camponeses do seu reino pois seu pai havia lhe ordenado que fosse, mesmo que ele não quisesse...

– Mas que droga! Já disse que não vou papai – gritava Sebastian irado.
– Estou lhe ordenando! Você como um futuro Rei de Montfort precisa conhecer e acompanhar o trabalho dos camponeses de perto! Isto é inadmissível!
– Estou farto desse povo pobre!
– não me interessa! Você vai e pronto Sebastian! AGORA!
aquela era a palavra final do Rei Damian.
Muito irritado, Sebastian sai da sala e pede para prepararem seu cavalo para que ele pudesse visitar os camponeses, quando pronto, ele partiu com seus soldados para os campos.

Rose colhia laranjas com sua cesta com os outros camponeses.

O príncipe Sebastian desce de seu cavalo e pede para que seus soldados cuidem dele enquanto somente um lhe acompanha, ele sem nenhum pingo de vontade observa os trabalhos dos camponeses e respira fundo calçando suas botas de couro preto.
– Olhe para mim Charles – ele olha para seu soldado – estou parecendo um camponês, que horror!
– é realmente lamentável senhor...
– vamos logo acabar com isso.
Ele forçava sorriso para alguns camponeses que lhe reverenciam enquanto andava pela terra onde os trabalhadores recolhiam frutas e verduras em suas cestas.

Rose cantarolava enquanto colhia as laranjas que aparentavam serem doces e terem muito suco, Sebastian parou quando ouviu a canção de Rose e começou a observá-la...Rose se vira e se depara com o príncipe a observando.
– Oh, me desculpe alteza.
Ela se curva rapidamente.
– não... não há problema algum, senhorita...?
– Rose...Rose Miller senhor...
– Rose quem lhe ensinou esta canção tão adorável, bela e agradável aos meus tímpanos?
– m-meu pai… – ela diz abaixando a cabeça – me desculpe não deveria estar conversando com alguém da realeza, voltarei ao meu trabalho, me desculpe.
Ela o reverencia mais uma vez e passa por ele.
– Rose! – Sebastian pensa em segui-la mas logo desiste dessa ideia, ele se vira para Charles seu soldado – quem é aquela camponesa?
– Rose Miller, filha de John Miller, um homem respeitado pelo povo camponês senhor.
– e sua mãe?
– sua mãe veio a falecer há muitos anos atrás de uma doença desconhecida.
– Entendo.
Sebastian volta a observar os trabalhadores mas Rose não saía de sua cabeça, aqueles cabelos ruivos...aquela pele rosada...seu rosto...seus olhos verdes...

Horas depois Sebastian volta para o castelo.
– Meu filho! Finalmente você chegou, como foi?
– Ah, Oi pai...eu gostei, sim eu adorei! Poderei fazer isso todos os dias!
Sebastian sai sorrindo da presença de seu pai deixando o mesmo muito confuso pela resposta.

Pela manhã Sebastian após tomar seu café decide ir numa floricultura do reino.
– Bom dia Alteza – a senhora atendente se reverencia – o que o traz aqui tão cedo?
– Bom dia Judite, eu...bom, eu quero flores mas não qualquer flor...
– ah entendi, são para uma jovem muito sortuda por sinal.
Ela sorri.
– ah sim, mas não sei de que tipo de flor ela gosta...
– não se preocupe vou fazer um arranjo lindíssimo, tenho certeza de que ela vai adorar.
Cerca de 3 minutos depois Judite volta com um arranjo de flores, margaridas com rosas vermelhas embrulhadas num papel pardo.
– Então?
– São lindas... muito obrigado Judite.
Ele pega o buquê sorrindo e paga Judite deixando a floricultura seguindo para o castelo.
– onde esteve Sebastian?
– bom dia pro senhor também.
– me diga.
– fui na floricultura.
Ele logo segue para o escritório com pressa.
– Sebastian?
– papai estou ocupado agora.
Ele fecha a porta do escritório pega um papel em branco uma pena e um potinho de tinta preta, ele mergulha a ponta da pena de ganso na tinta e começa a escrever:

“ Pensei em escrever um lindo poema, mas quando te vi me perdi nas ondas dos teus cabelos e nos teus olhos natureza, sua beleza me encantou e me deixou completamente sem lema, não acredito que sejas uma humana, és uma deusa.”

Terminou assinando “seu admirador secreto” e logo colocou a carta em um envelope de papel pardo e pôs entre as flores.
– Joaquim! Joaquim!
– me chamou, vossa alteza?
Chega o carteiro.
– Sim, entregue isso a filha de John Miller, o camponês.
– Sim senhor.
Joaquim pega o buquê junto com a carta.
– e que ninguém fique sabendo disso, me entendeu Joaquim?
– Sim senhor.
– Nem mesmo meu pai, fui claro?
– Sim senhor.
– seja discreto, agora vá!
– Sim senhor.
Joaquim se reverencia para deixar a presença do príncipe, e logo em seguida sai do escritório muito cauteloso para não se encontrar com o rei Damian.

OLHOS VIOLETAS| A marca da Maldição Onde histórias criam vida. Descubra agora