Capítulo 1

Mulai dari awal
                                    

Depois da escola fomos numa loja de óculos e lentes de contato, eu tinha uma prescrição de um oftalmologista para poder comprar lentes então não foi muito difícil, logo em seguida nos despedimos com um abraço e segui para minha casa.
Assim que chego em casa sinto o cheiro de almoço que minha mãe estava preparando, eu amava quando ela cozinhava assim, era muito raro, ela vive trabalhando para nos manter já que é mãe solo desde quando eu tinha 2 anos de idade.
– Oi mãe, cheguei.
– Como foi na escola? – ela me perguntou enquanto secava as mãos no seu avental.
Penso no que tinha acontecido mas espanto os pensamentos.
– Ah, foi normal... Tô indo pro quarto agora.
– tá bom, já já te chamo pra comer.
Subo as escadas para o meu quarto e quando vou tirar a mochila, a alça rasga.
– Mas que droga viu.
Deixo a mochila na cama e vou tomar um banho quente, pelo menos era o que eu esperava, mas aquele chuveiro resolveu que eu tomaria um belo banho gelado.
– Que ótimo hein, maravilha! Obrigado Rose Miller.
Volto para o meu quarto com a toalha na cabeça envolta dos meus cabelos procurando algo para me vestir enquanto estou de toalha, quando meu celular começa a tocar Spiderman de Ramones, eu deslizo o dedo arrastando o ícone de bolinha branca com um mini telefone verde pro lado direto.
– Oi Mily, vai ver o pôr do sol no lago hoje?
Esse é o Daniel... Meu amigo, claro que tenho um crush nele, mas acho melhor considerá-lo apenas como amigo.
Muito empolgada eu concordo com a cabeça (como se ele tivesse vendo).
– Claro.
– Te encontro lá então.
– Ok – desligo e dou pulinhos de alegria, sério que tipo de mágica ele fez pra mexer tanto assim comigo desde o fundamental?
Ouço minha mãe gritar da cozinha:
– Emily, o almoço está pronto!
– já vou!
Visto a primeira roupa que vejo pela frente que seria uma calça jeans simples e uma regata, dou uma penteada no cabelo, nada muito diferente e desço para a cozinha.

Minha mãe começa dizendo enquanto se servia colocando arroz em seu prato:
– Eu estava pensando na gente... Sei lá assistir um filme hoje a noite.
Eu sorri em concordância.
– Claro, boa ideia.
Se tem uma pessoa que eu amo muito nessa vida é minha mãe, e por ela eu daria a minha vida.
– ah que bom, eu tava vendo alguns filmes... – daí ela começa a falar sem parar, parece que ela está muito empolgada, eu sei, pois não é todo dia que passamos muito tempo juntas assim, ela só quer aproveitar isso, sinceramente achei fofo.
Depois de almoçar vou lavar a louça enquanto minha mãe vai limpar a mesa e fazemos isso conversando e rindo sobre coisas aleatórias. Ao entardecer vou ao lago, como sempre faço todas as tardes, mas dessa vez eu esperava ver Daniel, só coloco uma blusa de moletom roxo... Eu não estava indo num encontro nem nada do tipo pra colocar aquele vestidinho branco que parecia me chamar por telepatia, disse para minha mãe que estaria em casa antes das 18hrs como de costume e sai pela porta (pela janela que não foi né, pelo amor de Deus).                        

Cheguei me sentando ao lado dele naquela ponte de frente para o lago, era uma vista linda…
– Oi…
– Achei que não viria mais – ele sorri, droga aquele sorriso me desestabilizava muito, sério.
– é lindo não é? – olho para o horizonte além daquela floresta.
– é sim...
– você acredita no que dizem sobre... – indico meu olhar inclinando a cabeça para direção da floresta
– a floresta mal assombrada?
– sim...
– ah, eu prefiro não acreditar, acho que não passa de boato, claro que eu posso estar errado mas sei lá, esse povo é meio doido das ideias né – ele solta uma risada.
– eu acredito... – confessei.
– é sério?
– olha só pra ela toda assustadora, Deus me livre – me arrepio e Daniel ri.
– acha mesmo que almas vivem ali?
Olho pra ele com indiferença.
– acho sim, algum problema?
– temos aqui uma cagona.
– eu não sou cagona, só acho estranho.
– tudo bem ter medo Emily, eu tô aqui para te proteger – ele me olha, ah aqueles olhos azuis cor de piscina... Meu Deus.
Então falei rindo:
– você não consegue nem se proteger sozinho seu idiota –
Nós caímos na risada e continuamos observando aquele lindo pôr do sol.           

Voltei pra casa antes das 18hrs como havia dito pra minha mãe, bom na verdade cheguei faltando apenas 2 minutos para as 18hrs mas ainda tava valendo.
– mãe?
– Tô no banho!
– ok vou arrumar o sofá pra gente!
– Tá bom, já tô saindo aqui!
– sem pressa!
Coloco as almofadas juntas, pego uma coberta grande o suficiente para nós duas e ligo a TV, depois deixo meu celular no modo “não perturbe”, não queria que nada atrapalhasse nossa noite.
– já escolheu o filme? - minha mãe aparece de roupão de cetim rosa com um coque, mas algumas mechas de cabelo castanho caiam pelo seu rosto... Meus queridos leitores, que mulher linda.
– ainda não, achei que você quisesse escolher.
– Então vamos escolher juntas, vou me trocar e já volto – ela vai pro quarto e mais ou menos 5 minutinhos depois ela volta com seu pijama de gatinho e sua pantufa… De gatinho também.
– mãe fala sério – dei uma risada sincera.
Ela vai pra cozinha dizendo:
– vai vestir o seu também.
– Tá bom – voltei alguns minutos depois do banho tomado com meu pijama de unicórnio, meu Deus aquilo era muito brega.
– a pipoca está no fogo – ela senta no sofá – que tal... Titanic?
– mãe já vi esse filme mais de mil vezes... Sério mesmo?
– o que sugere então, senhorita.
– Algum filme de terror? – ela me encara – por favor… – implorei juntando as duas mãos fazendo beicinho.
– ok, mas só hoje heim.
– 𝘺𝘦𝘴! – começo a fungar pelo nariz tentando identificar melhor aquele cheiro que parecia de algo queimando – que cheiro é esse?
– Ai MEU DEUS A PIPOCA! – ela se levanta quase caindo e vai pra cozinha desligar o fogo tentando salvar a pipoca... Tentativa fracassada, ou quase.
Ela aparece segurando a panela com ajuda de panos de prato.
– queimou muito?
Eu abano a fumaça com a mão tentando ver.
– não sei, será que dá pra comer ainda?
– se tirar as queimadas acho que sim – nós rimos e sentamos no sofá, assim que pego no controle para colocar o filme... A LUZ APAGA, TUDO SE APAGA...
– ah não, queda de energia logo agora – minha mãe se levanta pra pegar a lanterna.
Justo no dia que minha mãe e eu decidimos passar um tempo juntas isso acontece... Se eu tivesse um desejo, desejaria estapear a cara de Rose Miller por essa maldição ridícula.
– e agora? – perguntei enquanto minha mãe voltava com a lanterna ligada.
– ah... Eu não sei.
– Odeio Rose Miller com todas minhas forças, eu juro.
– Ah filha... Foi por acaso.
– a senhora me desculpe mas eu não acredito, primeiro a pipoca e agora isso, é culpa dela mãe! Sem contar que a minha alça da mochila rasgou hoje, ela tá novinha! E a água do chuveiro que esfriou?
– Emily... Nem tudo é por causa da maldição.
– então qual a explicação pra isso? Acasos não existem mãe, isso só acontece por causa dessa maldição ridícula, se fossemos normais nada disso estaria acontecendo agora, tenho certeza!
– Emily, isso não é verdade.
– É verdade sim! E minha vida não seria uma droga naquela maldita escola eu tenho certeza, a Cynthia só me provoca por causa disso.
– Cynthia? – minha mãe não sabia sobre Cynthia, nem sobre nada – quem é Cynthia?
Me levantei me arrependendo de ter falado sem pensar.
– ninguém importante.
– Emily, você sempre me diz que está tudo bem na escola quando eu pergunto... Você mentiu pra mim esse tempo todo?

OLHOS VIOLETAS| A marca da Maldição Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang