Eles estavam em um local deserto. James respirou fundo antes de cochichar:— É meu trabalho proteger você, então só dessa vez, fique quieta.
Antes que pudessem continuar, sombras emergiram da escuridão. Inimigos, silenciosos como a noite, avançavam. James preparou sua postura defensiva:
— Depois conversamos.
A troca de palavras foi abruptamente interrompida pelos primeiros ataques. No calor do momento, sentimentos não resolvidos ficaram suspensos no ar, obscurecidos pelo perigo. Ao enfrentarem os inimigos, Aurora e James perceberam que, por mais complicada que fosse a relação deles, a lealdade ainda os mantinha unidos contra qualquer ameaça.
Aurora ajudava como podia, agindo o mais silenciosamente possível para não chamar a atenção de James e o homem dava o sangue e o suor para mater sua donzela em perigo a salvo.
A tensão alcançou seu ápice quando eles se viram cercados, sem saída aparente.
— Isso não vai acabar bem — sussurrou James, recarregando sua arma com pressa.
— Eu ajudaria, sabe, se tivesse uma arma — Aurora respondeu, tacando o foda-se na sua anormalidade, precisava sair viva dali, ou pelo menos que um deles saísse vivo dali para proteger Megan.
— E desde quando você sabe atirar? — James perguntou, desacreditado.
— Aprendi com Megan, você era meu namorado, deveria saber disso.
Mais um tiro foi ouvido e James segurou Aurora enquanto caia no chão. A jovem ainda escutou o vento tinindo em seus cabelos, o que a deixou ainda mais apreensiva por não poder fazer nada que os ajudasse naquela situação.
Justo quando parecia que o destino estava selado, um estranho surgindo das sombras interveio. Vestido em trajes escuros, manejava uma habilidade notável, movendo-se com uma elegância mortal. Quando uma brecha surgiu, os três entraram em um carro e o homem acelerou.
— O que vocês estavam fazendo na estrada a essa hora? — o homem perguntou, tirando o capuz para poder ter uma melhor visão da estrada.
— Eu estava tentando proteger uma suicida — James falou engatilhando uma arma. Ele virou e a entregou para Aurora, no banco de trás. — Você disse que sabe atirar. Pode cobrir Vicent?
— Eu conheço você! — Aurora falou quando pegou a arma. — Foi você quem me salvou no aeroporto!
— Olá de novo! Acho que sou seu anjo da guarda, então, não? — Vicent sorriu.
— Vamos ver se consegue voar então — Aurora abriu a janela do carro e atirou, acertando em cheio o pneu do carro traseiro.
— Você é boa — Do outro lado James fez o mesmo, mas errou, então atirou no para-brisa. — Mas não faça movimentos arriscados quando a prioridade é salvar sua vida.
"Nenhum movimento meu é arriscado, todos são calculados", Aurora pensou, mas não disse nada. Com Vicent no volante e os dois atiradores cobrindo-o, logo conseguiram uma fuga espetacular.
Não demorou e entraram em uma propriedade cercada por segurança. Aurora ficou boquiaberta com a extremidade do local, nem Hunter era tão obsecado assim com a segurança da sua casa...
— Sejam bem-vindos! — Vicent sorriu, então pegou vinho e serviu para os dois. — Estarão seguros aqui, caso precisem do telefone, tem um no escritório, que fica bem atrás daquela porta. Eu preciso fazer uma coisa, volto logo.
— Obrigada! — Aurora levantou a taça de vinho. Quando o homem saiu de seu campo de visão, ela a pousou na mesa.
James bebeu seu vinho de uma vez, estava com sede. Ele foi até a porta do escritório, entrou e trancou-se lá dentro. Aurora sentou no sofá e passou a observar a beleza do lugar com curiosidade.
YOU ARE READING
Contrato duplo
RomanceAurora assina um contrato de casamento sem saber ao ganhar um carro de luxo de presente. Sem alternativa, ela foge de seu noivo para tentar viver sua vida sem barreiras e com seu verdadeiro amor. Hunter precisa se casar para gerar um herdeiro, mas q...