𝕹𝖔𝖎𝖙𝖊𝖘 𝕴𝖓𝖆𝖈𝖆𝖇𝖆́𝖛𝖊𝖎𝖘

Isso é real?

  Tom acordou eufórico, dizendo que aquela freira teria tentado mata-lo, não acreditei e me joguei no sofá com os olhos vidrados ao nada. Aquilo não poderia estar acontecendo, não quis que ele se assustasse, mas aquilo também teria acontecido comigo. Me acordei de madrugada após um pesadelo esquisito, onde eu visitava aquele lugar novamente, estava tudo tão estranho com um ar sombrio, as paredes caíam e o teto parecia que a qualquer hora iria desabar. Comecei a ouvir barulhos de pratos e segui o barulho, de repente tudo ficou escuro, aquela silêncio me deixava cada vez mais tenso, meu corpo começou a se arrepiar e então, um sussurro surge em meu ouvido.

— Te achei... - Uma voz rouca e deformada, com um odor atordoante. Em segundos senti uma unha longa e quebrada perfurar meu braço, e senti alguma espécie de verme passear pelo meu cangote.

  Aparentemente Tom tinha tido algum pesadelo parecido, mas não soube como reagir então me fiz de sonso. Tudo aquilo me deixava enjoado e ao lembrar daqueles vermes passeando pela minha pele, sinto um refluxo vindo. Me levanto rapidamente, deixando minha visão turva, corro para a pia e vomito, quando minha visão volta a ficar mais clara, vejo vermes se debatendo em meio a comida do dia anterior. Assustado, jogo água por tudo lançando eles ralo a baixo, enquanto isso Tom se aproxima preocupado.

— Jhonatan?? Você tá bem?!

  O tom preocupante de meu irmão faz com que eu me sinta mal pelas mentiras, mas não podia falar, não podia acreditar que isso era real, não entendia o porque tudo isso estava acontecendo.

— Ah, sim... Relaxa, só algo que não me fez bem.

  Sinto meu braço queimar, e sei que a ferida abriu. Preciso pensar rápido, antes que ele também veja.

— Vou tomar um banho... Quem sabe isso me ajuda um pouco.

  Digo rápido, já me dirigindo ao banheiro, não permitindo-me ouvir as palavras de Thomas. Tranco a porta rapidamente, e me encaro no espelho por instantes, meu corpo estava tremendo e não posso negar que tinha medo doque podia encontrar. Sem pensar demais, arregaço minha manga até a altura do meu bíceps e me deparo com um corte, as bordas irregulares rasgadas apresentava o ferimento, o qual continha uma área central de sangramento. Alguns fragmentos não identificáveis dançavam pelo sangue, talvez algum tipo de sujeira? O corte era fundo, logo, podia-se ver o tecido despedaçado e exposto. Além disso, tinha vermelhidão ao redor da ferida, indicando inflamação. A ardência era enorme, a vontade de gritar de dor também. Apenas hiperventilo enquanto cerro os olhos com força, preocupado. Olho em volta e procuro a caixa de primeiros socorros, pegando os itens para o curativo. Aplico em um algodão, um pouco de sabonete neutro e coloco sobre a ferida para limpa-la. Um pano em minha boca me impedia de gritar. Passo um antisséptico para evitar inflamações futuras, cubro a ferida com uma gaze, e fixo-a com fita microporosa. Quando me dei conta, lágrimas escorriam pelo meu rosto esboçando minha dor, troco de roupa rápido e saio do banheiro fingindo ter tomado banho. Mas algo não parava de rodear meus pensamentos.

que porra ta acontecendo?

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Quis especificar bem a dor e o físico do ferimento... Espero que isso não seja um problema futuro, coloquem nos comentários se isso é algo ruim