" O crime "

15 2 3
                                    

Tom com a arma apontada para o oficial, sentia uma mistura de coragem e nervosismo, a arma quase caíra de sua mão devido ao suor do garoto. O oficial notando o medo do jovem, decide então confronta-lo, o homem pôs a mão na nuca de seus cabelos levemente grisalhos afastando-se da garota, a mesma em prantos chora sem parar e treme de medo.

— Vamos, atire! E depois? Deixará meu corpo aqui? Ou então, suas digitais nessa arma? Como voltarão para casa? Não pretendem dirigir um carro da policia não é mesmo?.

De alguma forma, o homem sabia das inseguranças do rapaz, envolveu ele nos fatos manipulando perfeitamente a mente do ingênuo a sua frente.

— Me de a arma, se poupe disso. Se poupe do peso de matar alguém. - Ele estende a mão. - A gente finge que nada disso aconteceu, eu libero vocês e vocês não me denunciam. O que acha?.

O armado totalmente manipulado, passa a arma para o oficial, o mesmo puxa rapidamente a arma e engatilha-a, logo mirando ao caçula em sua frente.

— Você é mesmo ingênuo. Pena que isso custará a sua vida. - Um sorriso maquiavélico surgia no rosto do policial enquanto o mesmo mirava para o garoto.

Chloe ainda chorando e tremendo, pega um canivete que se encontrava no painel do carro, ela rapidamente é tomada por uma sensação de bravura, e sem pensar duas vezes ataca o policial com um golpe na garganta. Ainda tremendo, move o canivete de um lado para o outro, fazendo com que o corte se expandisse, o oficial cospe uma grande quantia de sangue e Chloe finaliza a morte rasgando o pescoço do homem, o mesmo que outrora estava lhe estuprando, estava agora em seu colo, sujando o mesmo com sua grande quantidade de sangue. Logo, o carro foi tomado pelo estrondoso cheiro de sangue.

Chloe com os olhos arregalados e veias saltadas olhava assustadoramente para o olhar fixo e sem vida do rapaz, Jhonatan e Tom olhavam perplexos para o cadáver, como que uma garota tão meiga e doce teria matado um oficial após ser estuprada pelo mesmo? A garota friamente olha para os rapazes e manda que ambos descessem do carro, após terem presenciado a
cena de assassinato, não hesitaram em descer, a garota abriu a porta e desceu.

Os garotos com os olhos arregalados e pupilas oscilando, observavam a tranquilidade da garota ensanguentada tirando o corpo que ainda sangrava do carro.

— Não fiquem parados olhando! Me ajudem!.

Em poucos minutos já estavam com o corpo em suas mãos e o arrastando para a floresta. A floresta era silenciosa e solitária, apenas se ouvia os sons das corujas e os sons das folhas que chacoalhavam constantemente. Colocaram o corpo próximo à um riacho.

— Me esperem no carro, logo eu volto. - Disse Chloe friamente.
— Mas... - Tom com a voz trêmula tenta interrompe-la.
— MAS NADA. Só... - Ela se acalma e diz em um suspiro. - Saiam daqui.

Os adolescentes em sua frente que já estavam assustados, obedeceram as ordens da garota e seguiram em direção ao carro. Ficaram por la cerca de uma hora e meia, até que Chloe aparece seminua e sem nenhum vestígio de sangue. A garota entrou no carro e procurou pelas chaves, Jhonatan quem devia dirigir, entrega a ela a chave, talvez pelo choque de toda aquela situação. Chloe deu partida e começaram a viagem, não falaram uma palavra sequer, apenas trocas de olhares entre Chloe através do retrovisor interno, e entre os garotos que estavam um ao lado do outro.

Era arriscado de mais ir com o carro da polícia pela rua, então bolaram um plano. Próximo a cidade, tombaram o carro fazendo com que parecesse um acidente, o sangue do oficial ajudava a manter essa mentira. Seguiram andando até a casa de Chloe, a mesma estava com uma camiseta de Jhonatan, a qual também estava ensanguentada.

Mal trocaram palavras, apenas as necessárias. Tomaram banho e Chloe arrumou um lugar para dormirem, logo depois, estavam decidindo oque iriam comer. Decidiram pedir pizza, pediram metade strogonoff de frango e metade strogonoff de carne, começaram a conversar sobre um programa qualquer que passara na TV, mas em momento algum falaram sobre oque horas atrás havia acontecido, passaram 40 minutos conversando, a campainha tocou e Tom resolveu atender, quando o mesmo pôs sua mão na maçaneta, um calafrio percorreu sua espinha. O garoto abriu a porta, e quando localizou seus olhos no entregador, congelou.

𝕹𝖔𝖎𝖙𝖊𝖘 𝕴𝖓𝖆𝖈𝖆𝖇𝖆́𝖛𝖊𝖎𝖘Onde as histórias ganham vida. Descobre agora