P.O.V Tom
Ao chegar em casa, dei de cara com Gustav e Georg na sala de casa.
-Eu não quero conversar.-falo passando direto por eles e indo para o meu quarto.
-Nao precisa falar, só viemos passar o tempo com você até você ir.-ouço Gustav falando e devia ter imaginado que eles viriam atrás de mim.
Entro no meu quarto e deixo a porta aberta para eles entrarem também, eles não têm culpa do meu desastre amoroso e do meu amor estar doente e eu não poder fazer nada.
Me sento na cama enquanto Georg fecha a porta.
-Olha, conhecemos ele também e também estamos preocupados. A gente sabe que você está muito apreensivo e com medo, também estamos. Também amamos ele.-Gustav fala de maneira calma.
-Podemos falar sobre o que você quiser pra se distrair ou sei lá.-Georg completa.
-Eu não sei exatamente do que falar e...
-Entao podemos ficar sem falar nada. Podemos jogar algum vídeo game.-Gustav me corta.
Acabo concordando com ele e saímos do quarto, descendo para a sala.
-Cara, vc quebrou o nariz do Bobby.-Georg comenta rindo enquanto sentamos no sofá.
-E eu não sinto remorso nenhum. Iria fazer mais que isso se o diretor não tivesse chegado.
Gustav liga o vídeo game e se senta no tapete.
-Ele não vai querer falar do Bill tão cedo.-Georg ri.
-Sinto falta dele.-Gustav fala, acho que sem querer.
Georg me olha apreensivo.
-Eu também sinto muito a falta dele.-comento sentindo meus olhos arderem.
-Ok, chega de falar. Só joguem.-Georg toma as rédeas.
Passamos a tarde jogando e sem muita conversa porque eu realmente não queria falar do Bill e sei que qualquer assunto iria parar nele.
A real é que a todo momento eu esperava que ele fosse entrar pela porta bem e alegre como sempre, mesmo sabendo que isso não é possível.
-Tom, sua mala está pronta?-papai pergunta, descendo as escadas.
-Ainda não, pai.-respondo
-Entao vá arrumar, saímos em meia hora.-ele torna a subir as escadas.
-A gente vai arrumar com você.-Gustav se levanta e desliga o vídeo game.
***×***
P.O.V Narradora
Suas mãos tremiam e suavam, sua cabeça parecia que ia explodir e seu coração... Bom seu coração estava quase saindo pela boca.
Ao seu redor ele via pessoas passando para lá e para cá, com rapidez.
Alguns médicos passavam perto dele e a única coisa que pensava era que horas iam o deixar entrar e ver seu irmão.
A viagem foi tranquila porque seu pai simplesmente deu um calmante para ele dormir durante todo o vôo.
Ele olha para um relógio que está acima de uma porta, nele marcam exatas: 10:00h.
Já não aguentava mais ficar sentado esperando, se fosse maior de idade já teria entrado junto de seu pai.
-Vamos, querido.-ouve a voz de sua mãe e a olha.
Ela tem um semblante cansado mas continua com um sorriso amigável em seu rosto.
Tom assente e segue com sua mãe pelos corredores.
A cada passo à frente, é como se o mundo desmoronasse atrás de si.
Seus ombros estão para cima e rígidos, está muito apreensivo e não sabe o que vai ver lá dentro só sabe que quer ver.
O nó que se formou em sua garganta parece ser uma pedra que dificulta até mesmo sua respiração. Seu coração palpitava tão rápido quanto as asas de um beija flor.
-Querido, ele precisa que você seja bastante forte.-sua mãe aperta em seu ombro e ele assente.
Ela abre uma porta e adentra, chamando ele com a mão.
Ele respira fundo e entra de uma vez no quarto.
Seus olhos buscam rapidamente o rosto familiar de seu irmão, ansiando ver algum sinal de melhora.
Bill está ligado a vários aparelhos ao redor de si.
Ele sente suas pernas faltarem, mas ele respira fundo algumas vezes e consegue chegar perto de seu irmão.
Seu coração está mais calmo e suas mãos ainda tremiam um pouco.
O outro está acordado e rapidamente olha para ele com um meio sorriso.
-Eu ainda estou vivo.-Bill fala com a voz fraca.
-E vai viver muitos e muitos anos.-Tom afirma mais para si mesmo do que para o outro.
Ele aproxima seu corpo do irmão e dá um rápido beijo em sua testa.
-Precisamos conversar.-Bill fala baixinho e Tom o olha apreensivo.
-Hora do remédio.-sua mãe corta a troca de olhares deles.
Bill sorri para sua mãe e Tom ajeita sua postura, ficando reto.
-Querido, pode ficar um minuto com seu irmão enquanto eu vou ali pegar alguma coisa pra ele comer?-sua mãe pergunta de forma gentil e por alguns segundos seu coração parece ter parado.
Ele não sabe sobre o que Bill quer conversar e talvez não queira saber agora, mas não pode desobedecer a ordem de sua mãe.
-Claro, mãe.-Tom responde e logo ela sai do quarto.
-Entao...-Bill fala assim que a porta é fechada.
-Olha, eu realmente não sei se quero ouvir o que você tem pra dizer.-Tom engole em seco e olha para o chão, evitando qualquer contato visual.
-Estao com suspeita de Lupus.-Bill fala de uma vez e ganha total atenção de seu irmão.
-O que?-Tom indaga, incrédulo.
-Sim, com todos os sintomas que eu tenho não esperava que fosse uma gripe.-Bill ri fraco.
O sinal claro de tentativa de piada se transformou em uma pequena crise de tosse que quase mata o seu irmão.
-Bill, pelo amor de Deus, isso é muito sério.-Tom ajeita o travesseiro atrás dele para que respire melhor.
-Nao é um bicho de sete cabeças, Tom. Pelo menos agora tenho outra coisa pra pensar ao invés de... Você sabe.-ele gesticula com as mãos.
-Sim, eu sei. Não precisa lembrar que eu sou apaixonado por você, inferno.-Tom joga as palavras e logo se arrepende.-Desculpe, eu não queria falar assim.
-Tudo bem. O amor é complicado mesmo.-Bill pega na mão do outro e sorri para ele.
Como pode estar tão bem assim?!
Bom, as lutas internas do pequeno Billy estão bem longe de acabar mas também não são tão recentes assim...
ESTÁ A LER
The color of hell
Fanfiction⚠️ATENÇÃO FANFIC KAULITZCEST ⚠️ Tom se vê perdidamente apaixonado por quem não deveria. Um sentimento sujo e profano, mas que não consegue parar de sentir. Enfrentará muitos desafios, mas será que irá conseguir viver o tão sonhado amor?! -SE VOCÊ NA...