The color of hell

9- Definitivamente é uma péssima ideia

Capa nova e definitiva!! O que acharam?!

Capa nova significa que a autora aqui quebrou o bloqueio ❤️❤️❤️❤️🎉🎉🎉
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P.O.V Tom

Não sei ao certo quanto tempo se passou, acho que parei de contar os dias. Só sei que cá estamos nós quatro atrás de um pequeno palco numa praça.

A ideia brilhante foi do nosso pai que ficou extremamente entusiasmado quando nos viu tocando e Bill cantando.

Ele tratou rapidamente de nos apoiar a todo instante e isso nos fez criar coragem para subir no palco hoje.

Foi uma sensação surreal. A sensação de tocar em si foi maravilhosa, mas ver o meu irmão cantando livremente e tão feliz me fez viajar muito longe no universo.

Ele cantou tão bem que poderia fazer o show sozinho e eu poderia ser sua única plateia que mesmo assim eu ficaria até o segundo final.

Mas haviam algumas pessoas no local e estava tendo uma reportagem para a tv que acabaram filmando a gente. Eu espero que dê tudo certo.

-Voces foram demais.-papai fala nos abraçando muito empolgado

-Voce viu, pai?! Aquelas pessoas nos aplaudiram.-Bill fala extremamente animado e com lágrimas nos olhos.

-Eu vi, meu filho. Vocês farão muito sucesso. Agora vamos, o jantar é por minha conta.-ele grita e todos nós comemoramos.

Ele segue com Gustav e Georg e eu seguro o Bill pelo braço para ele esperar um pouco.

-Voce foi incrível.-falo o olhando nos olhos dele que estão brilhando.

-Voce também foi...

-Voce não tá entendendo. Você não foi feito para o palco, o palco que foi feito para você. É como se você estivesse em casa. Você estava tão perfeito. Você é perfeito...-paro de falar porque não sei exatamente onde essa conversa vai acabar.

-Obrigado.-ele me abraça.-So tenho a agradecer por ter você em minha vida. Você é muito mais do que eu poderia pedir ao universo.-ele me olha nos olhos e estamos perigosamente perto.

-E...eu preciso te falar uma coisa.

-Pode falar.-ele me encoraja.

-Eu...

-Meninos, vamos!-ouço papai nos chamando

-Depois voce me fala, vamos.- ele se desvencilha do abraço e me puxa pela mão.

Eu realmente acho que fiz merda. Não devia ter nem iniciado essa conversa e tenho certeza de que me arrependerei porque Bill não esquecerá tão cedo disso.

Agora preciso urgentemente pensar no que vou falar para não falar o que eu realmente queria.

***×***

-Eu não consigo dormir.-ouço a voz de Bill na porta do meu quarto e ele logo vem e deita na minha cama.

-Eu também não.-falo enquanto deixo um cigarro de lado.

-O que você queria me falar aquela hora?-ele pergunta enquanto se ajeita no meu edredom e me olha curioso.

-Eu ia te falar que tô com medo da fama.

-O que?! Isso nem faz sentido...

-Se você parar pra pensar bem, faz sim. Vai que você fica famoso e me deixa de lado.- ele ri fraco e bate no meu ombro.

-Eu sei que não era isso que você queria falar, eu te conheço desde o útero da mamãe.

-Nao era nada importante, eu até já esqueci pra falar a verdade.

-Uhum, sei!-ele se levanta rapidamente da cama e me estende a mão.-Vem, quero te mostrar uma coisa.

-Ta muito frio, Bill. Não quero levantar.-falo me aninhando no edredom.

-Deixa de ser molenga, vamos logo.-ele pega minha mão e me obriga a levantar da minha cama macia e quentinha.

-Isso é um absurdo, além de invadir meu quarto, deitar na minha cama ainda me leva contra minha vontade.

-Deixa de resmungar e faz silêncio.-ele fala baixinho enquanto andamos cautelosamente pelo corredor para nossos pais não acordarem.

-Onde tá me levando?

-Shhhhh!

Reviro os olhos e apenas o sigo. Ele me leva para o seu quarto, onde entramos e ele fecha a porta.

-Fascinante! Eu tenho um quarto assim também.-falo e sorrio logo em seguida.

Ele acende a luz e agora posso ver seu olhar de tédio para mim.

-Cala a boca, Tom.

Ele segue para o seu guarda roupa onde tira um caderno pequeno e bem rasurado.

-O que é isso?! Um diário?-pergunto pegando o caderno de sua mão.

-Meu diário eu taquei fogo. Eu escrevi algumas coisas que podem ser usadas para fazer músicas.

Me sento em sua cama, abro o caderno e começo a ler.

-"É automático quando você diz que as coisas vão melhorar, mas elas nunca melhoram!" "Em cima do telhado o ar é tão frio e tão calmo." "Eu digo o seu nome em silêncio, mas você não quer ouvi-lo agora." "Os olhos da cidade estão contando as lágrimas que caem, cada lágrima é uma promessa de tudo que você nunca saberá."-olho para ele.-Ok! Isso é bem forte, mas com certeza dará músicas boas. Onde conseguiu esse tipo de inspiração?

-Voce não vai querer saber.

-Agora eu quero saber ainda mais.-falo, deixando o caderno de lado.

-Nao é preciso ir muito longe quando se tem uma mente fodida.-ele dá de ombros.-Só de transformar pensamentos em letras de músicas, já me sinto melhor.

-Certo...- me levanto.-Agora eu preciso ir dormir.

Passo por ele e ele segura meu braço.

-Eu sei o porquê de você estar assim.-ele me olha nos olhos.

Engulo em seco e posso sentir o sangue se esvaindo do meu corpo nesse exato segundo.

-Co...como assim?!

-Sei que está assim porque nunca beijou e agora eu sei disso.-ele me olha estranho agora, parece preocupado.

E devia mesmo estar preocupado porque por pouco meu coração não para de bater.

-Ah, Bill. Deixa isso pra lá. Não é algo que me incomode tanto assim.-falo e solto meu braço de sua mão.

-A gente tem que resolver isso. Eu posso te ensinar a beijar.-ele sorri como se isso fosse uma ideia brilhante.

Sinto meu corpo congelar novamente, sério com mais uma dessa eu morro.

-Por mais que eu aprecie sua boa vontade, não podemos fazer isso.

-Nao tem problema nenhum!

-Como não, Bill?!

-Claro que não. Eu só iria te ajudar em um problema que te deixa mal.

Eu poderia aproveitar esse momento?! Poderia, mas só de pensar que ele está falando isso na inocência me deixa muito mal.

-Acho que você tá com sono e precisa dormir.- beijo sua testa e saio rapidamente dali antes que meu corpo pare de responder meu cérebro.

Tenho certeza de que ele ficou com aquela cara de confuso de sempre...

Não posso fazer isso. Definitivamente, eu vou morrer...