Para Ava, sua vida era rotina, ao crescer cercada por muros de colégios internos, obedecendo normas, e preste a completar a maior idade e se ver livre de muros de colégios, ela se vê perdida e entediada, ela queria poder mudar isso, e mais que tudo...
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Ava Volkers Cannes - França
Lá fora, o clima estava acizentado. Nuvens densas e opacas. Evidenciando uma possível chuva. Embora ainda fizesse sol. Ao sentir o vento tempestuoso, entrei para debaixo das cobertas e fechei os olhos para tentar dormir.
Mas ouvi alguém na porta. E para minha total surpresa era Olívia amiga de Ally. Nunca tínhamos nos falado, então era estranho a ver ali parada sorrindo de um jeito simpático para mim.
— Oi — a voz dela era primorosa.
— Oi — eu respondi sem entender.
— Desculpa aparecer aqui, de repente é que Ally pediu para eu vir te buscar para irmos assistir o jogo. — sua explicação me surpreende.
— Oh eu não irei, desculpe te fazer perder seu tempo. — a respondo pronta para acabar com esse assunto e voltar para minha cama.
— Você irá sim. Bom, se troque, vista algo quente e confortável e te esperarei aqui. — ela sorri denovo simpática e eu balanço a cabeça derrotada, dormir não será um opção.
Logo entro para o quarto e ponho uma meia calça quentinha, um suéter branco e uma saia preta. Sou apaixonada por saias. Calço meus sapatos da mesma cor do suéter, ajeito meus cabelos com um laço, e saio para fora encontrando Olivia.
— Vamos. — ela sorri calorosamente.
Caminhamos para fora do residencial e me deixei ser guiada até o campo. Sentamos em uma das arquibancadas onde Ally nos esperava. Sem querer vaguei meus olhos a procura de Kai, mas não o vi.
Após alguns minutos sentada, eu queria ir embora. Não estou me entretendo. Na verdade estou entediada. Jogos não me são interessantes.
— Acho melhor eu ir embora.
— Não, você vai ficar até o final do jogo.
— Não estou afim.
— Ava você nunca sai, e quando finalmente sai quer ir embora? E ainda mais quando um cara te chama para assistir ao seu jogo, ainda mais o cara mais gato da escola, você quer ir embora? — suspiro aceitando que vou ficar, afinal é verdade não gosto muito de sair, mas não ligo se Kai me chamou para o assistir, ou se ele é bonito.
Reviro os olhos para ela, e me acomodo onde estava. Só mais dez minutos. O jogo era contra outra escola. Isso só acontece uma vez no ano. Então todos estavam animados.
Ainda assim, eu permaneci assistindo. Então tudo piora quando o outro time entra, era o time de Kai. Por algum motivo me senti entusiasmada, não estava mais fingindo.
Agora não era mais intedioso ficar sentada ali assistindo garotos correrem atrás de um bola, agora tudo havia se tornado mais agradável. Kai estava com uma camisa azul e o short preto. Ele conversava com Isaac e outro rapaz. Enquanto calçava a chuteira pude o ver sorrindo. Ele não me viu e nem se atreveu a olhar para as arquibancadas.
Todos os jogadores assumem suas devidas posições, antes que o jogo comece. Meus olhos automaticamente se prendem em Kai. Eu não entendo muito bem sobre futebol. Mas fiquei assistindo e torcendo em silêncio para Kai.
Kai fez uma boa investida, deixando o adversário confuso e aquilo resultou em um gol. A arquibancada estremeceu todos gritavam.
Eu sorri. Logo de cara os adversários, começaram a expressar uma expressão caótica ao se sentirem ameaçados. Eles começaram a jogar de um jeito mais violento. Especificamente estavam perseguindo Kai e outro garoto, os impedindo de investir na bola.
— No que esses caras estão pensando?! Ele está partindo pra cima do Hanpeki. Cadê o idiota do treinador? — diz um garoto ruivo.
— Os seus amigos vão acabar ficando cansados e vocês vão perder. — outro garoto diz, acredito que seja da outra escola.
— Vamos ver até onde seus amigos irão testar a paciência deles. — rebate o garoto ruivo.
Volto minha atenção ao jogo. É claro que o jogo continua, e todos ali continuavam jogando. Mas eu sabia que Kai estava ficando impaciente.
Meu celular começa a tocar, e quando vejo o nome na tela, percebo que é a minha mãe, lá vem coisa, e boa não é. Atendo.
— Ava, vá para o rescindencial pegue oque precisar, e vá até a recepção. Lian estará à sua espera. — ela desliga sem eu ter tempo de responder. Logo me levanto me despedindo das minhas amigas.
Ao chegar no quarto pego só algumas coisas, aliás tenho mais coisas em casa. Embora minha casa tenha mais coisas, aqui é praticamente minha verdadeira casa, só vou para casa nas férias, ou quando temos que ir a algum evento. Eu praticamente moro aqui e visito minha casa, essa é a verdade.
Ao descer avisto Lian, motorista da minha família. Não somos ricos, apenas temos uma boa estabilidade financeira. Ao chegar em casa vejo meus dois irmãos, Sienna a mais velha e Max o do meio, e bom eu sou a caçula. Depois de nós cumprimentarmos, subo para o quarto pra finalmente poder dormir.
