Segundo livro da série Lancaster.
Chloe ama sua vida.
Como não amar?
Ela era a filha primogênita do rei e próxima na linha de sucessão ao trono do Reino Unido. Além de tudo, era uma Lancaster. Morar no castelo, sair com seus primos e levar uma vida...
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Estava extremamente quente quando entrei no galpão 255. Eu estava acostumada com os verões quentes, mas era inverno e o galpão estava com a temperatura interna muito mais elevada que o recomendado. Claro que isso era para nossos prisioneiros.
As feridas ardiam mais no calor.
Comecei a repensar na minha decisão de sair do baile apenas para vir aqui no meio da noite, mas minha ansiedade estava a mil e eu precisava de algo para extravasar, então apenas peguei uma das minhas roupas que ficavam aqui, uma calça de couro e blusa do mesmo material, as botas eram pesadas e pretas também, Archer falava que eu parecia a Viúva Negra quando usava.
O galpão ficava a poucos quilômetros das extremidades de Londres, era um ponto estratégico para que não fosse necessárias longas viagens quando emergências acontecessem. Era bom evitar inconveniências assim no meio da noite, sem contar que era muito cansativo atividades como as que praticávamos lá.
A paz era sempre bem vinda principalmente quando eu estava sozinha.
Meus primos queriam vir comigo, falaram que era perigoso pela hora da noite. Hunter até mesmo entrou no meu carro e se recusou sair, mas foi chamado por meu pai para discutir algo com o rei Saint e não podia recusar algo vindo de seu rei.
Consegui convencer meu pai de que estava bem e que poderia fazer sozinha, ele ficou relutante por um momento, assim como meus primos, mas logo entendeu meus motivos e sabia que eu era capaz de fazer isso, então iniciei meu caminho até o galpão.
Durante todo o tempo, eu tinha repensado diversas vezes se realmente queria ter o trabalho de retirar meu vestido apenas para torturar alguém, mas não podia correr o risco de sujar essa obra de arte. Eu também não iria desistir de vir essa noite, realmente precisava disso, e tinha um tempo que não recebíamos prisioneiros.
Sorte a minha que um cara foi burro o suficiente para tentar matar uma mulher perto do palácio onde ocorria o baile, obviamente foi pego pelos guardas que ouviram os gritos e conseguiram captura-lo antes que algo pior acontecesse.
Azar o dele que tinha uma ficha criminal de tentativas de estupros.
A politica da elite era simples e eficaz, para cada crime cometido, era permitido um tipo de tortura. Era como uma tabela, crimes mais leves recebiam sentenças mais leves, crimes mais graves recebiam sentenças mais graves. As torturas iam de socos à morte, não existia prisão na elite, por esse motivo só eram pegas pessoas que cometiam crimes que não eram tão comuns, especialmente crimes contra pessoas com certo tipo de poder.
–Onde ele está? – Pergunto a Sam, um guarda que trabalhava com meu pai a um tempo e que ficava responsável pela admissão de novos prisioneiros. Ele era um cara de meia idade, corpulento e definitivamente forte.
