lost, d. malfoy.

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୨୧ ━ ꪻ𝘶𝘳𝘯𝘢𝘳𝘰𝘶𝘯𝘥

CHARLOTTE ESTAVA PERDENDO SEU TEMPO era nítido, o que estava acontecendo com a garota, parecia que tinha se perdido em seus pensamentos intrusivos, suas notas abaixaram e já foi a terceira vez que Dumbledore enviou uma carta para seu pai, falando sobre suas notas.

O silêncio era perturbador, Charlotte só sentia seu coração batendo e o barulho de madeira rangendo. O velho de barba branca e um óculos meia lua se sentou a frente dela.

— O que aconteceu, senhorita Ludwig? – O mais velho pegou uma pena e mergulhou na tinta, logo subiu seu olhar por cima dos óculos e seus olhos se encontraram com os da garota.

— não sei, nem sei o motivo de estar aqui. – a garota revirou os olhos e se encostou na cadeira.

— Suas notas baixaram.

— Eu sei, senhor Dumbledore. – torceu a boca e suspirou. — Eu estou fazendo oque posso para não reprovar.

— Se algo estiver acontecendo, pode me contar.

Dumbledore acenou com a cabeça e então Charlotte se levantou da cadeira e um sorriso meigo se abriu em seus lábios.

Ela saiu da sala e andou pelos corredores, crabbé estava fazendo uma zoada enorme nos corredores, enquanto passava pelo time de quadribol da grifinoria. Zombando deles, Charlotte olhou para o time da sonserina que passava por ela de forma desajeitada, tentando avistar alguém específico em toda aquela muvuca.

Charlotte quando olhava para o novo capitão do time da grifinoria sentia uma falta enorme de Oliver Wood, sempre de alguma forma ela lembrava dele. Oliver Wood foi como um irmão para a garota, um irmão mais velho, sempre defendia ela de alguma forma.

Charlotte escrevia cartas para Wood que sempre respondia ela de imediato, sempre eram conselhos ou desabafos. Sua última carta foi a garota falando sobre draco, e como ela se sentia com tudo aquilo.

Charlotte foi tirada de seus pensamentos quando alguém esbarrou nela sem querer.

— Desculpe Charlotte. – Sua voz saiu melodiosa. – não é lugar para você está parada.

Ela sorriu.

— Eu me perdi em pensamentos, Draco. – Seu coração desacelerou e suas bochechas queimaram enquanto tomava cores.

— Esses dias você anda perdida, não acha? – ele segurou o pulso de Charlotte devagar e a guiou para um lugar menos movimentado.

— Não, não acho. – Mentiu descaradamente.

Draco parou e a admirou enquanto se posicionava em frente a ela. Charlotte suspirou e se sentou ao lado de draco.

— Estou mentindo. – Bufou. — já é a décima vez que vou para sala de Dumbledore.

— Problemas com a família?

Charlotte pensou um pouco. Sim, ela também estava com problemas familiares. Seus pais iriam viajar para longe e ela e seu irmão iriam ficar com o tio, mas, seu pai a via humilhado ela em uma das cartas.

Todas as ofensas estavam naquela carta, de princípio Charlotte não ligava, mas como ela ficou tão vulnerável a essas coisas.

— Sim. – Sua respiração pesou e seus ombros abaixaram fazendo ela se retrair.

Draco tocou nas mãos brancas da garota e as segurou.
— Eu sei muito bem o que é isso.

Charlotte tentou segurar suas lágrimas — oque foi inútil de sua parte — seus olhos se afogaram nas lágrimas, o brilho de seus olhos sumiram em um piscar de olhos.

— Você? – ela passou a mão em seu rosto limpando as lágrimas. — Você tem tudo o que quer.

— Você ainda não me conhece por completo. – riu o garoto.

Seu braço passou pelos ombros da garota o que fez o rosto de Charlotte encostar no peito do garoto. Charlotte já não tentava mais ser forte, os olhos da garota estavam se afogando nas lágrimas, seu peito subia e descia de forma pesada, o corredor estava vazio então só dava para ouvir o choro melancólico de Charlotte.

Os dedos do garoto roçou pelos fios de cabelo da garota na intenção de acalma-lá, a garota tirou seu rosto do peitoral, draco olhava com atenção e percebeu que Charlotte não era tão insensível.

Draco se sentiu em sintonia com Charlotte, o que nunca tinha acontecido antes com ninguém nem mesmo com seus amigos. Draco via seu reflexo nos olhos castanhos. Que agora estavam vermelhos por conta do choro.

Ela suspirou e levantou seu olhar.

— Sempre que precisar eu estarei aqui. – Suspirou o loiro. — Amigo são para isso.

— amigos?... – os olhos da garota se arregalaram e sua boca ficou entreaberta. — Você, um bruxo de sangue-puro, sonserino, quer ser meu amigo?

— Lógico, aliás..você também é sangue puro. Mas não sou seu amigo por você ser sangue-puro, eu gosto de você.., você é gentil, sinto verdade nas suas palavras.

Charlotte congelou com as palavras de draco, a cor de seu rosto sumiu e seus lábios ficaram pálidos. O sol que iluminava uma das partes dos corredores se direcionou para o rosto de draco, seus olhos brilhavam como oceano e sua pele fazia contraste com o uniforme preto e verde escuro.

A menina Engoliu seco e ainda admirando Malfoy viu o quanto seu cabelo brilhava, a pupila de Malfoy dilatou por conta da luz do sol.

Charlotte deu um pulo da cadeira ao perceber o que tinha acontecido o que fez Draco se assustar também.

— O que aconteceu? – Draco Malfoy perguntou enquanto deu um passo para trás.

— Nada, eu só me assustei.

Draco a olhou e um sorriso surgiu em seus lábios rosados e molhados e mais uma vez, Charlotte foi pega admirando ele.

Ela fugiu, saíu correndo pelos corredores se distanciando de draco. Ela tentava trazer seus pensamentos de volta, se recuperar daquele transe.

— O que foi isso Charlotte? – Perguntou para si mesma enquanto deu um leve tapa em sua cabeça.

Um vento frio percorreu pelo seu corpo fazendo ele estremecer, antes dela entrar no salão principal, ela respirou fundo e limpou seu rosto.