Revelações e Consequências

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MAYA BISHOP

𝗙𝗟𝗔𝗦𝗛𝗕𝗔𝗖𝗞 𝗢𝗡

Era o dia do aniversário da Andy, e ela havia chamado o pessoal: Ben, Jack, Travis , eu e Dean, para comemorar no bar do Joe.

Carina, estava inexplicavelmente ausente o dia inteiro, não tinha visto minhas mensagens e nem chamadas. Eu estava me sentindo péssima, precisando desesperadamente do apoio e conforto dela. Estava chateada, magoada e, sim, com raiva. Como ela pôde me deixar assim?

Decidi ir para o aniversário da Andy, mas não por vontade própria. Fui movida pela raiva e pelo desejo de me vingar. Deixei nossa filha, aos cuidados de uma babá, enquanto eu mergulhava na festa com um coração pesado.

— Maya! que bom que veio — Andy diz com um sorriso no rosto me abraçando

— Feliz aniversário, Andy —digo retribuindo o abraço

— E Carina? Ela não vem?— pergunta gentil

— Está trabalhando— falo sem entrar muito no assunto

— E Lizzie está com quem? —Andy pergunta preocupada

—Ah, ela está com uma babá—digo com um sorriso forçado

Enquanto os outros riam e brindavam, eu estava cheia de ressentimento e amargura. A raiva borbulhava dentro de mim, alimentada pelo vazio deixado pela ausência de Carina. Eu sabia que não era justo descontar minha dor nela, mas naquele momento, era difícil raciocinar de outra forma.

— Está tudo bem? — Andy pergunta se aproximando de mim

— Sim — falo forçando um sorriso

—Maya, eu te conheço — ela fala com uma expressão calma

—Está tudo bem, Andy— digo levantando e saindo

Caminhei até o balcão do bar, sentindo o peso do dia sobre meus ombros. Tudo o que eu queria naquele momento era esquecer, esquecer de tudo o que tinha acontecido aquele dia.

O barmen me cumprimentou com um sorriso gentil enquanto eu me sentava no banco. Pedi uma bebida forte, algo que pudesse me tirar daquele estado de consciência que parecia uma tortura.

Ele preparou três copos de tequila e os deslizou na minha direção. Olhei para eles por um momento, hesitando por um instante. Mas então, a necessidade de escapar era mais forte do que qualquer outra coisa.

Levantei o primeiro copo e o inclinei para trás, sentindo o líquido quente queimar minha garganta. O segundo copo seguiu o mesmo caminho, e então o terceiro.

Olhei em volta e vi todos dançando, rindo e se divertindo, enquanto eu me sentia como se estivesse presa em um pesadelo. Pela manhã, tive o desprazer de ver o rosto do homem que me destruiu por anos, o meu pai, trazendo à tona todas as memórias dolorosas que eu lutava para esquecer.

Além disso, a ausência de Carina durante todo o dia só agravava minha dor. Enquanto eu estava lutando para lidar com tudo o que estava acontecendo, ela estava ocupada com o trabalho, sem nem mesmo se dar ao trabalho de mandar uma mensagem para ver como eu estava.

Sentindo-me completamente destruída e abandonada, virei-me para o barmen com os olhos marejados e a voz embargada. Pedi um copo de vodka pura, sem me importar com o julgamento silencioso que eu podia sentir emanando dele.

Ele me entregou o copo sem fazer perguntas, apenas com um olhar de compaixão que só fez minhas lágrimas ameaçarem cair com mais força. Peguei o copo tremendo, sentindo as mãos trêmulas enquanto levei-o à boca.

A vodka queimou minha garganta, mas era uma queima bem-vinda, uma dor física que temporariamente substituía a dor emocional que eu carregava dentro de mim. Fechei os olhos por um momento, deixando-me afundar na sensação de entorpecimento que a bebida proporcionava.

PS Tudo ficará bem no final (MARINA)Where stories live. Discover now