36| 𝐑𝐄𝐋𝐄𝐌𝐁𝐑𝐀𝐑

721 79 216
                                    

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

E MEU TERROR AINDA NO ACABOU

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

E MEU TERROR AINDA NO ACABOU.

Aqui estou eu, esperando a Cris sair  da UTI pra eu poder descer. O médico disse que como eles ainda estão realizando muitos exames nela, no podia entrar todo mundo... e só um de cada vez. Claro que a prioridade é da mãe dela que veio de Hamburgo para visitar a filha.

Quando ela finalmente volta, ela chega com aquele olhar triste, e toca meus ombros me autorizando a ir. Eu no me atrevo a perguntar como ela estava, eu quero ver com os meus própios olhos.

Eu sou guiado por um enfermeiro que me entrega uma máscara branca, na qual eu ajeito sobre o rosto, tampando o nariz e a boca. Ele me entrega também uma roupa de plástico meio esverdeada e pesada. Além de uma luva.

— Até que ela suba pro quarto, não pode entrar na UTI sem proteção.

Ele me alerta, mas eu nem me preocupo com o que ele diz, apenas visto aquela roupa por cima da minha com rapidez, e entro ali.

Aquele ar condicionado deve estar acabando com a Rebeca que sempre foi muito frienta. O enfermeiro arrasta uma cortina que fecha o lugar onde a Rebeca está. Há outras pessoas ali, mas as cortinas os separam muito bem.

Quando eu vejo a Rebeca deitada ali, com milhões de aparelhos ligados a ela, além dela estar no tubo de oxigênio também, o meu coração se quebra em mil pedaços. Eu nunca pensei que pudesse ver a Rebeca nessa situação.

O enfermeio sai daquele espaço me deixando sozinho com a Rebeca, e eu finalmente me aproximo dela.

Cortaram todas as suas unhas, acredito que para medirem sua saturação, tiraram todos os seus acessórios e eu estou com a verdadeira Rebeca aqui em minha frente. O cabelo cacheado arrumado ao lado de sua cabeça.

Ela está coberta com a roupa do hospital, ela se odiaria se visse o que vestiram nela, mas o que mais me impressiona é que ela continua linda aos meus olhos. Ela sempre foi linda. Por baixo daquele umidificador que está sob sua boca, é possível ver que seus lábios ainda estão meio roxeados.

A pele ainda tem manchas por causa da alergia do cloro, e ela dorme igual um anjinho, já que é assim que eu prefiro pensar que ela está. Dormindo... só que sem hora pra acordar.

𝗠𝗜𝗦𝗧𝗘́𝗥𝗜𝗢 ⸺ 𝗔𝗿𝗿𝗮𝘀𝗰𝗮𝗲𝘁𝗮.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora