Sua mão na minha (Swiss x Dewdrop)

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Tudo parecia uma simples brincadeira no palco, algo entre amigos heterossexuais, mas próximos. Dewdrop se concentrava tocando a guitarra e Swiss chegava por trás e o abraçava, as mãos percorrendo seu corpo com aparente malícia. E os fãs iam à loucura com aquelas demonstrações de afeto entre os dois ghouls.

Mas o que ninguém via era que, por baixo das máscaras, os rostos se ruborizavam e se contorciam de prazer quando aconteciam essas carícias. E, dentro do peito dos dois ghouls, um sentimento crescia cada vez mais. Estariam eles… apaixonados um pelo outro?

Uma noite, após um excelente show, os dois estavam hospedados no mesmo quarto de hotel e o clima era de pura tensão. Um não sabia se o outro sentia o mesmo, mas mesmo assim, o nervosismo reinava. O que poderia acontecer, estando os dois juntos entre quatro paredes?

Após um banho e uma cerveja do frigobar, Swiss ficou mais relaxado e parou para admirar Dew, que estava sentado na cama lendo uma revista sobre técnicas de guitarra. Ele sempre achou adorável o quão pequeno e esguio era o corpo do guitarrista, mas naquela noite, algo chamou sua atenção. As mãos de Dew, que folheavam a revista, eram lindas: tinham as veias bem salientes e os dedos compridos e ossudos. Mas eram pequenas, delicadas. Swiss queria tocá-las, senti-las contra as suas e comparar seu tamanho.

O multi-instrumentista não se conteve:

- Ei, Dew. Deixa eu ver uma coisa?

- O que?

- Sua… Mão. Dá aqui, deixa eu ver.

Dew estranhou um pouco o pedido inusitado de Swiss, mas concedeu, deixando a revista de lado e estendendo a mão. Swiss tomou-a ternamente na sua, pressionando as palmas juntas e por fim observando a diferença de tamanho. A mão do guitarrista era, realmente, bem menor e mais esguia que a sua.

Os dois ghouls se entreolharam, corando. Os dois corações começaram a acelerar, e logo o som das batidas era o único som que se ouvia dentro do quarto.

- Será que é verdade… - Swiss quebrou o silêncio, com a voz trêmula. - Aquilo que dizem sobre o tamanho das mãos?

Dew deu um risinho nervoso.

- Não, seu tonto. - Swiss respondeu, também risonho. - Eu tô falando do tamanho do coração, que dizem que é do tamanho da mão fechada.

Alguns segundos tímidos depois, Dew colocou a mão espalmada sobre o peito de Swiss, sentindo o batimento acelerado. O multighoul fez o mesmo, sentindo a pulsação igualmente rápida do guitarrista.

E num ímpeto, os dois rostos se aproximaram até que os lábios se tocassem e se unissem em um apaixonado beijo, dando vazão a todo afeto acumulado em seus jovens corações. As mãos, antes unidas pelas palmas, agora percorriam as costas, nuca e cabelos um do outro, acariciando com vigor e paixão.

Histórias do Ministério (fics curtas do Tumblr)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora