12.

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Minhas mãos congelavam com o frio da madrugada, mesmo que, eu esteja com um cobertor em volta do meu corpo. Esse telhado parece ser o melhor lugar na casa, sabe, aqui eu posso ver como as coisas funcionam. Poucas pessoas andam na rua, e as que andam não andam sozinhas, estão sempre acompanhadas, de suas famílias, amigos, amores...

O fato é que, Harry pediu para mim fazer uma observação sobre "a dor". E aqui estou, em seu telhado, enquanto ele dorme, com o seu caderno em minhas mãos, tentando pensar no que realmente "a dor" é pra mim.

Talvez, ela não seja nada.
Talvez, ela seja tudo.

Isso me faz lembrar de tudo, de Meus momentos bons no orfanato, dos meus momentos ruins, dos MEUS momentos. Eu posso ter passado por situações constrangedoras e por conflitos, externos e internos, mas eu realmente não trocaria minha história por nada! Isso faz parte de mim, me torna quem eu sou. Um homem bom, honesto, gentil e um pouco confuso.

Eu gosto de pensar que tudo isso vai me trazer um bom resultado, eu gosto de sentir que as coisas vão ficar boas no final, eu gosto de imaginar que TUDO isso seja por uma boa causa. E talvez...Liam!

Sim, Liam. Depois que ele me mandou aquela mensagem eu não o respondi, já que, Harry começou a falar desse "projeto" comigo, e eu não quis deixá-lo falando sozinho.

(1:00 17/04)

Agora, eu queria que você estivesse aqui comigo :( 💔

-Enviado

É tão estranho como Liam e eu temos essa ligação, parece que nascemos pra sermos irmãos! Enquanto eu e Harry... Bom, não parecemos ser tão irmãos assim. As vezes eu penso que se eu me apaixonasse por Liam tudo seria mais fácil, nós poderíamos sair de lá juntos e criarmos uma família... mas isso não parece que iria dar muito certo.

(01:03 17/04)

Eu também :( Boa noite amore ❤️

-Baby ❤️

[...]

-Bom dia Baby! -Ouvi uma voz, um pouco rouca, me chamar. Reconheci o "apelido" e logo deduzi que era Liam.

-Liam? -Me levantei da cama, bem confuso, porém, com um sorriso largo em meu rosto, piscando repetidamente, afim de recompor minha visão.

-Nah, é só eu! -Vi que era Harry e meu grande sorriso logo se transformou em um pequeno. - Ei! Por acaso só o Liam te faz sorrir? -

Harry fez biquinho por um momento, mas logo senti suas mãos envolverem minha cintura fazendo cócegas em mim, e me arrancando uma gargalhada escandalosa.

-Harry? -Ele saiu de cima de mim, encarando Anne que estava parada na porta. -Desculpe atrapalhar, mas, precisamos conversar!

Harry saiu do quarto me deixando sozinho, confuso e com as mãos ainda em minha barriga me recuperando das cócegas. Assim que me senti melhor, peguei meu celular afim de mandar uma mensagem para Liam.

(10:20 17/04)

Hey Baby! Tudo bem?

-Enviado

Harry P.O.V.

Minhas mãos tremiam ao que eu andava atrás de minha mãe e minha cabeça parecia explodir de tanto pensar no que ela queria me falar. Vi que estávamos indo pra sala de musica mas eu não conseguia encontrar nenhum motivo certo para tal ato.

Ela abriu a porta pra mim entrar e em seguida trancou-a, fazendo meu coração querer pular de meu peito. Que Diabos ela quer conversar comigo aqui?

-Então filho... -Anne caminhou lentamente, parando ao lado da minha mesa, que estava cheia de folhas, e retirando uma qualquer de lá - "Eu não me importo se você não pode ser meu, eu te amo do mesmo jeito"- Ela recitou de uma das minhas interpretações, não entendi o por que disso, apenas vi ela bufar após alguns segundos.- Filho... por favor... -Ela parou de falar por uns segundos e talvez esses tenham sido os segundos mais longos da minha vida. -Você ainda gosta do Zayn?

-Eu? Gostando? Do Zayn? -Cai em uma gargalhada que parou logo que percebi que ela me olhava seriamente. - Mãe... eu nunca gostei e nem vou gostar do Zayn ok? Eu sou hetero! -Mesmo sendo bissexual preferi manter essa minha mentira, já que essas coisas sempre afetavam meus pais, e eu, definitivamente, nunca gostei de Zayn, mas do que um amigo, ele sempre foi um irmãozão pra mim.

-Ok então filho! -Minha mãe respirou fundo e se dirigiu à porta.- Só não me decepcione. -Disse enfim saindo da sala e me deixando sozinho.

Eu não sei e nunca soube o por quê dela ser assim, sabe, meus pais tem sérios problemas com opção sexual. Minha mãe ainda consegue aceitar, mas meu pai... aquele homem é capaz de coisas horríveis!

Sai da sala rapidamente, já que, pela primeira vez na vida eu não queria ficar sozinho. Eu queria ver Louis, fazer cócegas nele, ser amigo dele e principalmente perguntar como anda a "observação" dele.

-Louis? -Chamei-o antes de abrir a porta e encontrar um ser pensativo sentado em sua cama. -O que te atormenta Baby? -Falei sentando-me na cama dele e logo fui surpreendido por uma atitude do mesmo, Louis saiu de lá e começou a andar lentamente pelo quarto, vasculhando o local com os olhos como se procurasse por algo.

-N-nada- Disse enfim parando de costas para mim encarando a janela.

No começo eu até achei que poderia estar acontecendo alguma coisa com ele, mas pra mim, naquele momento a melhor opção foi comer o resto da comida que estava na bandeja em cima da cama de Louis.

Ouvi um barulho de porta rangendo e vi que ele não estava mais no quarto, então apenas coloquei minha caixa de som pra tocar.

And You can stay with me forever (E você pode ficar comigo pra sempre)

Or you could stay with me for now (Ou você pode ficar comigo por enquanto)

[N/A]

Aqui estou eu novamente, resolvi para de cu doce já que a história está só começando. E muitoooo obrigado mesmo por vocês estarem lendo, o número de pessoas está aumentando e eu To tipo MUITO FELIZ MESMO.

O órfão (l.s.)Where stories live. Discover now