seven

37 4 0
                                    

Depois do jantar fui pra casa na maior velocidade possível, vi minha Mt-07 limitar a velocidade nos 260km/h. Vai caralho não limita essa porra, o ódio era tanto que a minha vontade era enfiar a moto embaixo de um caminhão e acabar com todo esse inferno de uma vez. Me controlar agora era algo quase impossível, e a única forma de me acalmar era com uma boceta bem molhada na minha cara ou adrenalina me fazendo grunhir de ódio.

Fiz uma curva fechada numa velocidade absurda quando senti o pezinho raspar no asfalto saindo faíscas, por pouco não perdi o controle. Reduzi e entrei na garagem alugada. Estacionei a moto, fui diretamente em direção a Ferrari e decidi não ir para casa hoje. Abri o carro entrei dentro deitando o banco, peguei meu óleo dentro da mochila, que é a base de THC com CBD não para uso esportivo mas sim totalmente medicinal para controlar minha ansiedade e me acalmar. Tomei o suficiente para capotar em alguns minutos dormi com as mãos cerradas em punhos.

Acordei no outro dia já era tarde nem fiz esforço para ir pra escola. Subi na moto e fui para casa, indo diretamente ao banheiro após pedir bença a minha avó que estava deitada no sofá assistindo televisão despreocupada com a vida. Liguei a torneira da banheira jogando sais calmantes me debruçando ali cobrindo até mesmo meu rosto. Ódio porra ódio.

Fiquei o máximo que consegui e só saí para fora buscando fôlego diretamente ao pulmão que já estava com o abdômen colando nas costas devido o ar em déficit. Sai molhada colocando as mãos sobre a pia me olhando no espelho, e assim que firmei as vistas tudo embaçou quando vi aquele monstro enorme atrás de mim com os braços para trás, para qualquer um seria assustador. Para mim nada além do normal, ele é a materialização do meu ódio, porém só aparece quando estou com ódio surreal.

Distrai o olhar quando ouvi meu celular tocando, era uma mensagem de um número oculto.

"Sei que está com ódio profundo, posso te ajudar a resolver tudo isso".

FUCK IT!

Me sentei na frente do computador puxando tudo sobre a Blair, estava mais que decidida a matar um se preciso for em nome da máfia. Encontrei seu número, mandando uma mensagem de texto "chego aí em 5 minutos".
Vesti meu jeans, um top preto, minha bota coturno de sempre e a minha jaqueta favorita de couro. Subi na minha moto empinando em uma roda por alguns metros, até pegar uma avenida longa e acelerar com toda velocidade possível, até chegar em uma oficina de carros. Já conhecia o dono dali, já concertou minha Ferrari um tempo atrás.

Blair veio ao meu encontro, enquanto eu ainda retirava meu capacete.

— Como sabia que eu estava aqui?

— Não seja ingênua, aquele ali é seu carro? Pelo visto não sou apenas eu que "escondo" valores não é mesmo. — Dei de ombros me direcionando a Lamborghini vermelha. Era uma Huracán lindíssima.

— Sim, esse é meu bebê.

Tá pronta chefia faça o road test, afirmou o mecânico jogando a chave a Blair que rapidamente jogou em minha direção que devido meu rápido reflexo peguei próxima ao meu rosto.

— Você dirige. — Disse Blair entrando no carro do lado passageiro.

Entrei na lambo, ligando-a dando ré virando sua parte fronteia de forma rápida fazendo os cabelos de Blair voar cobrindo seu rosto.

- Pelo que já notei você aumentou a potência dela, para o que seria? Por acaso você corre Blair? Perigoso quebrar suas unhas acelerando por aí. — Sorri sadicamente pisando firme no acelerador cantando pneu criando nuvens de fumaça saindo rapidamente do local deixando o cheiro de pneu queimado, olhei no retrovisor vendo o mecânico gritando no meio da fumaça balançando os braços.

— Sem dúvidas Henry ficou puto. — Blair disse sorrindo quando virei meu olhar para ela, ela desviou rapidamente.

Sai do corredor acelerando ao máximo fazendo um drift 180 alinhando o carro junto com os outros que estavam esperando o sinaleiro se abrir, me mantive atrás de um fusion. E assim que o sinal abri sai de trás passando ao seu lado quando olhei para o lado e vi uma criança com mais ou menos 3 anos de idade de joelhos em sua cadeirinha com as mãozinhas na janela que estava aberta. Tive essa visão rápida demais quando já tinha ultrapassado uns 3 carros que raciocinei o que eu havia acabo de ver. Dei um soco no volante jogando a Lamborghini pro lado direito dando ré e cortando os carros que vinham atrás de mim, ouvia buzinas mesmo nem chegando perto deles, os cuzões com medo de que eu batesse em seus carros, consegui visualizar o fusion parando a lambo atravessada na frente dele. Rapidamente desci do carro abrindo a porta de trás onde estava a criança, logo a mulher começou a gritar desesperada achando que eu sequestraria sua filha. Quando eu disse

— Oi princesinha tudo bem? Você não pode ficar de joelhinhos assim pois é muito perigoso, se você se sentar eu te dou um brinquedo bem legal.

Rapidamente ela se sentou e sua mãe calou a boca, passei o cinto sobre seus bracinhos a prendendo de forma segura. Peguei o meu chaveiro no bolso da jaqueta, retirando a chave da minha moto e de casa. O chaveiro era o crânio de um pequeno esqueleto de corda, quando puxava a cordinha esse crânio batia os dentes no caso as mandíbulas se movimentavam e fazia um barulho bem legal.
Infelizmente era o que eu tinha, e aquela criança adorou por sinal. Dei um beijo em sua testa dizendo

— Se cuida princesinha linda.

Fechei a porta, e o bocal do tanque de combustível daquela senhora que estava aberto. Nisso os carros já estavam buzinando pra mim que tinha travado a pista, cheguei ao lado da Lamborghini olhando por cima do teto mostrando os dois dedos do meio para eles. Entrei na lambo acelerando cantando pneu virando o carro de lado. Blair apenas me observava sem falar um A se quer. Levei ela pra pista de tiro, pegando uma Glock no armário entregando na mão da Blair e o meu colete. Optei por não colocar colete, minha vontade era ver o que Blair realmente queria.

— Você precisa acertar um tiro em mim Blair, se conseguir entro na máfia. Se eu atirar em você, vai fazer tudo o que eu quiser. — Peguei outra Glock colocando nas costas dentro da calça.

Fomos para o campo que ela escolheu que por sinal nunca fui. Me senti bem perdida e conseguia chutar que estávamos distantes. Começou a escurecer então as vozes infernais começaram a me atormentar, senti o cheiro de Blair comecei a ouvir seus passos e sabia que ela não estava tão longe. Peguei uma grande pedra e joguei na direção que eu sabia que ela estava quando escutei um tiro alto. BINGO!

Caminhei em direção ao som, quando peguei outra pedra e joguei pro outro lado quando ela atirou novamente naquela direção. A encontrei de costas e rapidamente dei um mata leão em seu pescoço colocando a arma em sua cabeça.

— Solta a arma Blair.

Segurei em sua mão quando ela soltou, e eu abaixei a minha dando um passo pra trás quando ela se virou e retirou uma .38 da cintura apontando pra mim. Dei risada olhando para ela.

— Você é do tipo que joga sujo pelo visto Blair.

— Eu sou de uma das maiores máfias do mundo, você acha que jogamos limpo sempre? Pelo visto não sou a única ingênua por aqui.

Dei de ombros me virando de costas.

— Pode atirar se quiser, você já perdeu mesmo.
Mas ainda sim o ódio que possuo toma conta de mim, quero saber do que vocês precisam. Já sei exatamente quem são, em troca dos meus serviços eu quero a cabeça de um de vocês.

SlaughterWhere stories live. Discover now