Ataque

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Aurora estava exausta. A prova do vestido havia demorado mais do que ela havia imaginado. O cansaço a envolvia, e ela ansiava por uma tarde tranquila de descanso. Porém, algo estava prestes a interromper sua paz.

Enquanto caminhava pelo corredor em direção ao seu quarto, um cheiro estranho alcançou suas narinas, despertando sua atenção. Era um aroma metálico, levemente adocicado, mas nada familiar.

Confusa e um preocupada, Aurora parou no meio do corredor, observando os cômodos ao seu redor. Foi então que os primeiros estalos ecoaram, seguidos por ruídos de objetos sendo quebrados.

O coração dela disparou, e a adrenalina começou a percorrer suas veias.

Aurora correu até seu quarto, buscando abrigo e segurança. Antes que pudesse assimilar completamente a situação, a porta do quarto foi aberta bruscamente, e um homem entrou apressadamente.

— Temos que sair daqui agora! — disse James, com a voz tensa.

Ele portava uma arma, que Aurora percebeu, estar destravada. Antes, quando pensava que o ex namorado era um mero segurança, sabia que ele podia e sabia usar uma arma de fogo, mas vê-lo em ação trouxe a ela uma sensação estranha.

O som de passos pesados e vozes abafadas se aproximava cada vez mais.

— O que está acontecendo, James? Por que estão atacando a casa?

James fechou a porta depressa e sussurrou:

— Agora não. Precisamos sair daqui o mais rápido possível. A mansão foi invadida!

Aurora arregalou os olhos.

— Invadida? Mas como? Por quem?

"Ah droga! E o que eu faço?", pensou enquanto observava o ex-namorado procurar algo nas paredes.

— Eu conheço um lugar seguro nos fundos da propriedade. Siga-me e mantenha-se baixa. Não faça nenhum barulho.

James abriu uma porta secreta que Aurora sequer imaginava que tinha ali e juntos saíram e chegaram em silêncio em um corredor.

Aurora agarrou-se ao braço de James, deixando o homem tomar conta da situação. Os dois se moveram furtivamente pelos corredores, evitando os ruídos das buscas dos invasores.

— Como conseguiram entrar? Não há segurança nesta mansão? — Aurora sussurrou.

— Tiveram ajuda de alguém de dentro. Vou investigar isso mais tarde.

Enquanto se aproximam da saída de emergência, ouviram vozes se aproximando. Os invasores estavam cada vez mais perto e escutaram um homem, provavelmente o líder, gritando:

— Onde ela está? Não vamos sair daqui até encontrá-la!

Ouviram um grito feminino e depois outra voz. Aurora queria se mover, mas James a segurou e colocou a mão em sua boca.

— Se você está escondendo alguma coisa, vai se arrepender. Não vamos pegar leve — ouviram outro homem falar.

James e Aurora trocam olhares tensos. Estavam próximos da saída, mas a presença dos invasores era um risco muito grande a se correr.

James a segurou pelo braço com firmeza, enquanto tentava manter a calma. Ele soltou a boca dela devagar e fez sinal de silêncio com o dedo.

— Não é seguro aqui.  Precisamos sair antes que alguém diga que você está em casa — disse ele, conduzindo-a lentamente pelo corredor.

Enquanto seguiam pelos corredores em direção à porta dos fundos, os sons destrutivos aumentavam, acompanhados por vozes enfurecidas.

Aurora sentiu um frio na espinha.

Contrato duploWhere stories live. Discover now