O Coelho e a Raposa - hyunin e minsung

Raposa Dianthus - 2

ALERTA DE GATILHO : Não é nada gráfico, mas se não se sentirem confortáveis com a situação prestes a ser mostrada eu vou colocar um ( ★ ) para indicar onde a cena começa e onde termina. Agradeço a atenção.

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Eu tinha as mãos entrelaçadas com as de Hyunjin, agora sua palma estava quentinha.

— Você consegue, Innie - Minho me deu um sorriso de confiança, ele era um dos que mais entendia o que eu estava passando - Nos deixe carregar um pouco da sua angústia também.

Eu respirei fundo, virei o copo de água que tinha em cima da mesinha e limpei os lábios com a manga da blusa. Eu estava determinado a acabar com meu sofrimento silêncioso.

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Yang Kihyun era meu irmão mais velho. Era um rapaz naturalmente bonito, mesmo sendo pobre ele continuava com seu ar elegante.

Ele namorava diversas pessoas da vila, era conhecido justamente por conhecer a maioria das garotas, elas não davam a mínima sobre ele as traindo descaradamente. Kihyun era lindo de morrer, o cabelo mal cortado e rosto fino lhe deixavam muito estiloso, eu admirava isso nele.

Exatamente, eu admirava muito meu irmão mais velho. Tinha orgulho dele, além de bonito era um rapaz muito esforçado. Depois da minha mãe ele era o que mais cuidava de mim, acreditava mesmo que ele tinha algum respeito por minha pessoa, por mais ridículo que parecesse.

Quando íamos em direção ao trem que nos tiraria daquele fundo do poço eu senti muita vontade ir ao banheiro, então pedi ao meu pai.

— Senhor, eu posso sair um pouquinho? Estou muito apertado... - eu nunca chamei meu pai pelo seu honorifico obvio, não sentia que eu realmente era seu filho.

O Yang mais velho era um homem silencioso, só o vi sorrir para minha mãe. Ele fazia de tudo por ela enquanto ainda estava viva. Depois disso ele mal falava, só dava ordens claras e coisas do tipo.

Quando meu pai me via apanhar ele se suspirava cansando. Não queria nenhum de nós ali, nem eu, nem qualquer um dos meus irmãos.

— Ande logo, nosso trem chega em 10 minutos. - ele nem me olhou, eu observava seu rosto neutro ansiando alguma palavra de conforto - Não quer ir sozinho? Chame o Kihyun, garoto.

Eu assenti e fui até o meu irmão mais velho, fazia tempo que não passava um tempo a sós com ele.

— Hyung, você pode me acompanhar até o banheiro? Aqui tem muita gente e eu-

— Para de falar, eu já vou - ele digitava algo em seu telefone de botão, era um objeto estranho, nunca tive a oportunidade de mexer em um.

Enquanto caminhávamos eu contava a ele sobre meus dias, como estava a minha cabeça desde o último acontecimento. Eu sabia que ele não dava a mínima, fingia escutar, então nem liguei muito e soltei tudo que tinha vontade.

— Sabe, eu acho engraçado... - ele parou de caminhar enquanto mantinha os olhos no vão dos trilhos do trem - Porquê mamãe escolheu te ouvir?

De novo aquela história. Eu já me culpava o bastante, não precisava de alguém para lembrar os meus erros.

— Não sei, mas me arrependo por isso, já é alguma coisa - ele revirou os olhos e deu um sorriso irônico.