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POV GRINDELWALD
22 de maio de 1927

Muitos dos meus seguidores se perguntavam o que íamos fazer agora que estou livre. É claro que eles não tem realmente coragem de me perguntar, mas eles pensam… eu sei que pensam.

Eu estava em uma reunião em minha fortaleza na qual meus seguidores davam suas opiniões. Geralmente eu falo primeiro e ouço suas opiniões logo em seguida, mas hoje resolvi fazer o contrário.

Estou prestando atenção no que cada um está falando enquanto consigo focar em meus pensamentos, confesso que estou com dificuldade de saber sobre a Merlin.

Consigo parar por um momento e ter alguma visão tanto do futuro quanto do passado, mas quando tento saber sobre Merlin é como se houvesse uma parede me bloqueando e isso é uma grande incógnita pra mim.

Ninguém a conhece, ninguém sabe onde mora, nem onde estudou, onde viveu... ela parece cheia de mistérios e de segredos. Quando acesso a mente de quem a conhece não consigo achar nada relevante... é incrível e assustador ao mesmo tempo.

A única coisa que eu sei, assim como todo o mundo bruxo sabe, é que o assassino de seus pais está em Azkaban e que depois disso ela se exilou.

Ninguém sabe nada e aposto que quem sabia, ela fez questão de Obliviar. É como se ela não existisse..... mas ela existe isso é fato.

Em certo momento, todos na mesa pararam e estavam olhando para mim esperando minha resposta sobre alguma coisa que havia sido dito

Todos sabem que seria bom ter Merlin do nosso lado, porém não pretendo contar que não sei como fazer isso. Isso eu nunca direi.

— Acho tudo muito promissor mas já tenho um plano, peço que esperem porque nossa luta requer astúcia e paciência.

Encerro a reunião e saio da sala para assim todos saírem em seguida, depois, vou em direção ao meu escritório para poder respirar e pensar melhor em um plano de como proceder.

Quando chego na porta, percebo que há alguém ali em minha espera então abro-a devagar, de modo a não assustar a pessoa que está lá.

E está lá ninguém mais ninguém menos que a própria Merlin sentada em minha cadeira quase deitada com os pés em cima da mesa... era como se ela tivesse saído dos meus pensamentos e se adentrado em minha sala.

Merlin: — E aí, como vai? — Fala comigo como se eu fosse a visita aqui

Que Audácia

— Você não deveria estar aqui — Digo como se a repreendesse.

Merlin: — Me disseram que você iria me procurar, então aqui estou. Poupei seu tempo, não?O que você quer afinal?

Atrevida

— Merlin… Quero ajudá-la a se libertar, parar de se esconder do mundo... Eu gostaria que estivesse trabalhando comigo, por um mundo onde nós bruxos fôssemos livres para viver plenamente — Digo me aproximando em sua direção.

Merlin: — Ah entendi, quer que entre pra sua seita — Diz com desdém enquanto caminha lentamente até mim

— Não é uma seita…

Merlin: — Como vocês se chamam? Organização? Grupo? Revolucionários? Já sei… máfia? — Diz em tom de deboche

Estou começando a não gostar dela. Paciência, paciência… a cada vez que converso com ela tenho menos paciência.

Merlin: — Porque você odeia os trouxas? — Diz se levantando e vindo em minha direção

— Por que trouxas é uma classe de pessoas completamente inúteis para mim. São uma perda de tempo e espaço desnecessários na minha vida. Não há razão para dar oportunidade para eles, e ainda é melhor se livrar deles rapidamente… — Digo e fico de frente pra ela — você com o seu poder, seu nome.. é raro.. isso é concedido para seres…superiores

Merlin: — Nunca ouvi tanta…. bobagem. — Diz e senta no sofá que tem ao lado

— A verdade é algo que nem todos estão… prontos para ouvir. Ainda assim, acho melhor você refletir sobre meus argumentos e levar a sério minha oferta. O poder… a verdade… e a beldade estão nas minhas mãos, não se engane com aquele pedante Dumbledore. — Me sento no sofá a sua frente

Merlin: — E você se acha o dono da verdade? — Revira os olhos com desdém.

— Em certa forma, sou. Não é à toa que eu estou na frente da Obscura, se não fosse alguém com minha inteligência e sabedoria para liderar as pessoas, eu não teria chegado onde estou.

Merlin: — Que… convencido.

— Não é por uma questão de convicção, mas sim por uma certeza absoluta. Eu tenho o conhecimento e experiência para provar tudo que estou dizendo, e é essa convicção dos fatos que me torna persuasivo.

Merlin: — Quanta palestra estou entediada…

Ok, eu definitivamente a odeio

Ela não mostra nenhum sinal de rendição ou compreensão, apesar de eu não conseguir ler sua mente - E acredite estou tentando fazer isso desde quando ela chegou - ainda acho que posso convencê-la

Ela possui o poder da realidade em suas mãos, já tem um poder sem precedentes, herdando a força de Merlin, essa força se tornaria ainda mais poderosa. E herdando a inteligência de Merlin, ela se torna  ainda mais poderosa e perigosa. Ela seria muito difícil de ser detida, e ela teria a capacidade de mudar o mundo com suas habilidades e poderes mágicos.

Melhor ter como aliada do que inimiga..

Eu preciso dela.



...




Obs:

Azkaban: Prisão ilocalizável do mundo bruxo.

Obliviar: Modificar ou apagar parte da memória de uma pessoa.

Impenetrável - Gellert Grindelwald Where stories live. Discover now