𝖼𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈 ;; 𝟏𝟑.𝟎

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A escuridão do quarto era evidente, aos poucos, Haru foi acordando, falando palavras desconexas e murmúrios grogues

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A escuridão do quarto era evidente, aos poucos, Haru foi acordando, falando palavras desconexas e murmúrios grogues. Ela percebeu que estava em seu quarto, em sua casa. O relógio marcava 22:00 PM, sobre o criado mudo, uma cartela de comprimidos e uma garrafinha de álcool e um lenço úmido. Sua cabeça latejava, mas não muito e ela pôde sentir a presença de um curativo em sua testa,  indicando um ferimento. Céus, como ela veio parar aqui?

Sua mente tentou puxar as lembranças agora reduzidas em grãos de areia, mas ao escutar vozes abafadas do outro lado da porta sussurrando sobre "festa" e "Geto", Haru entendeu a causa de seu apagão. Com esforço, ela se colocou de pé, não chegando a abrir a porta pois, tanto seu corpo quando sua mente paralisaram antes mesmo de tocar a maçaneta de carvalho.

Uma voz soou atrás da madeira, não era a voz de Yuuji, não era a voz de Nobara, não era a voz de Mimiko ou Nanako, mas sim a voz de: — Geto... — Haru murmurou de forma trêmula e assustada. Então aquele homem era realmente ele? Não era uma ilusão ou pesadelo, era real, Geto havia retornado para Tóquio estava ali, na sua casa, na sua sala e a poucos centímetros dela.

Haru sentiu o coração descer ao estômago, por instinto, dando um passo para trás e desejando voltar para cama. Foi então, que percebera algo, apenas agora, suas filhas. Céus! Suas filhas, suas duas meninas estavam ali, naquela casa, crianças essas que Haru afirmou estarem mortas com todas as letras da frase: "Eu abortei." Geto estava ali, atrás daquela porta com elas? Geto estava furioso? Descobrindo que as suas filhas não estavam mortas, pelo contrário, estavam bem e não faziam ideia de que aquele visitante era o seu pai biológico.

Não, Geto não tinha o direito de se irritar. Ele as negou antes mesmo de nascerem, ele não tinha o direito ficar com raiva por causa daquela mentira boba sobre o aborto das crianças.

Sem pensar duas vezes, ou talvez sim, Haru abriu a porta do quarto, encontrando Geto em pé e frente a frente para Yuuji, ambos com um semblante tenso. Os olhos avelãs de Suguru encontraram os olhos castanhos de Haru, mas dessa vez, ela manteve os pés fixos no chão para não desmaiar pela segunda vez. Ela o viu abrir a boca para falar algo, mas Yuuji o interrompeu sem propósito.

𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐀𝐁𝐘 ᰔ - s.geto Where stories live. Discover now