𝖼𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈 ;; 𝟏𝟎.𝟎

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Após algumas horas, Haru despertou

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Após algumas horas, Haru despertou. Seu corpo estava mais cansado e dolorido que o normal, ela piscou algumas vezes para se acostumar a forte claridade do quarto onde estava. Percebeu  Nobara ao seu lado, cortando de forma distraída uma maçã em pequenos pedaços. — Que bom, você acordou. — Disse a Kugisaki com um sorriso quando notou que a amiga já estava desperta.

Haru olhou para os lados, ela não ligou muito para a bolsa de soro ligada ao seu pulso e sim de suas filhas. — Nobara, onde estão as minhas filhas? — Suas mãos tremiam um pouco, temendo que algo grave tivesse acontecido com suas meninas, mas pela expressão tranquila de Nobara, Haru poderia relaxar um pouco por enquanto.

— Shoko disse que elas estão no neonatal. — A morena coçou o nariz. — Você ainda estava no oitavo mês da gestação, então, Mimiko e Nanako nasceram prematuras. Por sorte elas vão ficar lá por poucos dias, no máximo três ou quatro. — Haru afirmou com um leve acenar de cabeça, sentindo-se um pouco aliviada, um pouco.

A porta foi aberta e Shoko adentrou o quarto de Haru com um sorriso cansado no rosto e uma cadeira de rodas,  ela examinou a garota e falou que iria levar a garota até a sala do neonatal para ela poder ver suas filhas. Um sorriso de orelha a orelha foi desenhado nos lábios de Haru quando foi levada para até o quarto onde Mimiko e Nanako estavam, seu coração palpitando para fora do peito quando foi posta lado a lado com duas incubadoras onde as menininhas estavam.

Haru chorou, não de tristeza ou sofrimento o qual já estava acostumada, mas sim de alegria e felicidade. Lentamente, ela passou a mão pela portinhola da incubadora, tocando o ventre de uma das bebês. A pele era tão macia e fofinha, a garotinha tinha cabelinhos loiros iguais ao de Haru e seus olhinhos castanhos semelhante aos dela. A bebê piscou algumas vezes antes de dormir novamente, seu peito subindo e descendo de forma vagarosa enquanto sua mãozinha apertava o dedo mindinho da mãe.  — Nanako... — Haru sussurrou o nome de sua filha com lágrimas nos olhos, antes de se afastar de seu pequeno toque.

Diante da segunda bebê, Mimiko se igualava a Geto em aparência, com seus cabelinhos negros e olhos avelãs, ela era  a cópia feminina dele. Haru passou a mão novamente pela portinhola da incubadora e tocou a bochecha da bebê, a vendo estremecer pelo toque. Ela não queria voltar para seu quarto, não queria deixa-las aqui, depois de tantos meses em angustia quase eterna, para no final não acabar segurando suas filhas  após o nascimento de ambas.

𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐀𝐁𝐘 ᰔ - s.geto Onde as histórias ganham vida. Descobre agora